𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 25

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— Você está tomando uma pausa agora que você terminou a faculdade de Serviço Social e está de folga? – Seonghwa pergunta, um pouco preocupado

— Eu estou pensando sobre ir para Busan... – Eu respondo

Seonghwa olha para mim piscando levemente, sua expressão é confusa. Eu realmente não comentei isso com ele.

— Busan? – Ele murmura

— Minha mãe mora lá e eu não a vejo há algum tempo... Ela quer que eu passe uns dias com ela. – Disse irônica as últimas palavras

— Pretende passar muito tempo por lá?

— Não, no máximo uma semana.

— Quando você ia me dizer que está indo viajar? – Seu tom é suave, mas ele está mostrando sua indignação

— Eu vou ver minha mãe e eu ainda estou pensando sobre isso. – Ele suspira

— Essa conversa ainda não terminou. – Ele diz ameaçador e sai até provavelmente a sala

Ele está chateado mesmo? Eu não sei se realmente irei ver minha mãe, eu na verdade não quero ir.

— Seonghwa... – Eu vou até ele que se senta no sofá da sala

— Você vai mesmo? – Ele pergunta chateado

— Bom... Eu ainda não sei exatamente. Eu meio que estou com medo de ver minha mãe...

— Medo? Por quê? – Ele pergunta confuso

— Ela... – Suspiro para criar coragem de falar sobre isso – Ela me expulsou de casa quando eu tinha 17 anos.

— Mas... Por qual motivo?

— É uma longa história... Ela é narcisista e começou dizer que eu tinha "me tornado" lésbica porque eu estava muito próxima da Raquel.

— Como é? – Seonghwa junta as sobrancelhas e faz uma expressão de "isso não tem nada a ver"

— Exatamente. – Eu suspiro e reviro os olhos – Ela é abertamente homofóbica. – Seonghwa ergue uma sobrancelha pra mim e revira os olhos

— Sinto muito por ter uma mãe assim, Gracy.

— Está tudo bem. – Eu reflito um pouco – Bem, ela disse que tem o dinheiro para eu ir.

— Mas não tem o para você voltar? – Ele pergunta

— Meio que sim, e eu não quero voltar a morar lá, por isso estou pensando em não ir.

— Posso te dar o dinheiro para você voltar... – Ele diz com uma certa tristeza, mas não queria ser tóxico em dizer "Você não vai, Gracy." porque com certeza isso afastaria qualquer sentimento bom que tenho por ele.

— Não, não, não! Nem pensar. Isso é bom porque tenho mais um motivo para não ir. Eu digo que estou sem dinheiro e ela para de pedir para que eu vá.

— Você não precisa ir se não quiser, Gracy. Se a sua mãe te magoou e você perdôo, tudo bem! Mas se não quer contato com ela, não precisa ter.

— Eu já a perdoei por... Tudo. – Eu suspiro – Mas acho que o melhor é não ficarmos muito próximas.

— Entendo. – Ele deu um sorriso para me confortar –Pode contar comigo para tudo que precisar, está bem? E peço perdão por ter agido daquela forma na cozinha.

— Está tudo bem, não precisa se desculpar, sei que foi chocante pra você. – Eu sorri e ele também, agradecido

— Então você vai ficar?

Até Te Ter Em Minhas Mãos - 𝐏𝐀𝐑𝐊 𝐒𝐄𝐎𝐍𝐆𝐇𝐖𝐀 (Cinquenta Tons de Cinza) Onde histórias criam vida. Descubra agora