𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 36

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Seonghwa e eu descemos do carro e entramos na casa dos seus pais, era linda assim como a dele.
Dando alguns passos, chegamos na porta de entrada. Eu noto as sobrancelhas de Seonghwa juntas e ele estender o braço à minha frente para pedir que eu ficasse parada e em silêncio. Prestando mais atenção, eu noto algumas vozes.

"E como você pode ter tanta certeza que ele é seu filho?!"

Eu junto as sobrancelhas, prestando atenção nas vozes que vinham da sala. Seonghwa continuou  com a cabeça baixa, ouvindo atento a conversa.

"Olha bem! Não tem como dizer que ele não é meu filho! Aqui, veja! Eu tenho uma foto dele com a idade que tinha quando vocês roubaram ele de mim!"

"Roubamos?! Se não estou esquecida, Seonghwa estava jogado em uma praça sozinho quando o encontramos!"

"Está na cara que você voltou para procurá-lo quando soube que seu filho foi adotado por uma família rica, não é? Seonghwa já é registrado com meu nome como mãe dele e você nunca vai conseguir ocupar esse espaço! Ele é meu filho!"

A expressão de Seonghwa mudou para uma muito séria, ele nem ao menos falou nada quando caminhou rapidamente até a porta e a abriu sem hesitar, eu caminho rapidamente até ele e seguro em seu braço para acalmá-lo.
Os pais de Seonghwa estavam surpresos e se calaram quando o notaram na porta comigo do lado, eu estava tão surpresa quanto eles. A mulher que estava de costas antes discutindo com eles, se virou e olhou diretamente para Seonghwa. Um silêncio horrível ficou na sala e eu não tinha nenhum local de fala, mas estava tentando deixar Seonghwa mais tranquilo porque era a única coisa que eu podia fazer naquele momento.

— Filho... – A mulher que eu acreditava ser a mãe adotiva passou a mão no rosto impaciente, buscando o sofá para se sentar

O pai se virou de costas e passou as mãos nos cabelos, suspirando em um tom muito audível quando notou a presença de Seonghwa.

— O que está acontecendo? – Seonghwa conseguiu perguntar

— Vai lá, fala com seu filho! Você não estava tão interessada?! – A mulher sentada diz e o marido caminha até ela, se sentando e a acalmando

— Mãe, o que é isso? – Seonghwa pergunta também impaciente

— Eu nem sei por onde começar... – A outra mulher diz, estalando os dedos. Inquieta.

— Eu já entendi. – Seonghwa diz calmo e caminha até a mulher sentada, se acomodando ao lado dela – Mas eu estou perguntando para a minha mãe, e eu só tenho uma.

Eu me encolho, sentindo a dor da outra ao ouvir tais palavras.
Não julgo Seonghwa de rejeitá-la, ela o abandonou ainda pequeno.

— Filho, escuta o que ela tem para falar pelo menos. – Soomin diz, quase chorando

— Não, eu não quero ouvir. – Ele diz e agita a mão pra mim – Venha, Gracy.

Eu passo pela a outra mulher a encarando, ela me olha também e seus olhos estavam inchados, como se ela tivesse passado um bom tempo chorando.
Ela tinha exatamente o rosto de Seonghwa... O formato, os olhos...

— Seonghwa não era o nome que eu te dei. – A mulher inicia baixo – Era Jinwoo.

— Meu nome é Park Seonghwa. – Ele diz, olhando diretamente para a mulher – Sempre foi e sempre será.

— Seonghwa... – Eu aperto um pouco seu braço e ele vira me olhando, eu dou um olhar para ele

Seonghwa suspira, baixando a cabeça para processar alguma fala.

Até Te Ter Em Minhas Mãos - 𝐏𝐀𝐑𝐊 𝐒𝐄𝐎𝐍𝐆𝐇𝐖𝐀 (Cinquenta Tons de Cinza) Onde histórias criam vida. Descubra agora