Até Te Ter Em Minhas Mãos - 𝐏𝐀𝐑𝐊 𝐒𝐄𝐎𝐍𝐆𝐇𝐖𝐀 (Cinquenta Tons de Cinza)

𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 10

Mais tarde eu fui ao mercado comprar umas coisas que estavam faltando em casa, mas fui surpreendida por Seonghwa que também estava lá escolhendo as suas compras. Pelo visto ele está passando uns dias em algum apartamento seu por aqui.

Fingi que não o vi e passei as coisas no caixa, mas então tombei em alguma pessoa aleatória quando ia saindo, chamando a atenção dele que não estava muito longe.

— Oh, me desculpe! – Peço perdão a moça que dei um pisão no pé sem querer

— Tudo bem! – Ela sorri e eu começo recolher as minhas coisas que caíram no chão, com a ajuda dela

Ver os olhos puxados dela automaticamente me fez lembrar do asiático que me persegue.

— Precisa de ajuda, Gracy? – Inquiriu Seonghwa, pegando um dos meus produtos que caiu no chão sujo de supermercado

Oh merda, eu rezei para que ele não me visse!

— Obrigada, mas não precisava se preocupar. – Eu redarguí

— Que isso, Gracy. – Ele diz me dando um olhar, depois coloca todas as minhas coisas em uma sacolinha do supermercado

— Até mais! – A moça que eu esbarrei fala. Seonghwa acena para ela e eu faço o mesmo

— Até! E me desculpe o alvoroçoa. – Eu digo enquanto fazendo uma pequena reverência. Ela retribuí e responde com um "Sem problemas".

— Bateu em algo outra vez? – Ele interpelou num tom de piada

— Engraçadinho. – Digo revirando os olhos, como se ele estivesse me ofendendo – Olha, Seonghwa... Eu preciso de um tempo pra pensar sobre isso. – Falo com um tom ranzinza

— Isso o quê? – Ele pergunta desalinhado

— Você sabe. – Eu respondo fechando os olhos impacientemente

— Mas eu não estou falando sobre isso, Gracy. Vi que você esbarrou na moça e suas coisas caíram, então vim ajudá-la. Mas você pensou sobre?

— Tudo bem, Seonghwa... E sim, pensei sobre. – Respondo

— Eu entendo que é algo novo pra você, Gracy. Não precisa se preocupar, não estou te forçando.

— Sim, e obrigada por me compreender. – Ele sorri como um "disponha" – Bom, eu vou indo agora.

— Eu te levo. Meu carro está na estacionamento do mercado. – Ele indica para atrás dele com o polegar

Parece que é o destino; sempre o encontro em algum lugar. Isso é estranho.

Será que devo aceitar a proposta dele?

Seonghwa me deixou em casa assim que saímos do mercado. O caminho ele me fala sobre coisas da sua empresa, mas eu admito que nem prestei muita atenção.
Ao chegarmos, ele se estica para abrir a porta do carro pra mim e seu corpo toca um pouco o meu, senti aquela forte corrente me percorrer igual no dia que fui entrevistá-lo.

— Em casa. – Ele sorri satisfeito. Quando eu ia sair, ele segura meu pulso, me puxando para um beijo

Não foi nada muito grande, apenas um selinho demorado com algumas bitocas, mas me fizeram arrepiar.

— Se aceitar a minha proposta, te beijarei de um modo bem melhor e em lugares melhores. – Ele diz como uma prece. Sorriu e eu engoli em seco, imaginando o que ele deve saber fazer com essa boca

— Você quer mesmo que eu aceite? – Eu pergunto desordenada

— É tudo que eu mais quero, Gracy. – Ele diz sincero. Suspirei e saí do carro dele, fechando a porta depois