𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 33

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𓊈  Eu viajarei amanhã, Seonghwa depositou na minha conta o dinheiro da minha passagem de volta para Seul. Eu usei, mas xingando todos os nomes possíveis porque eu não queria usar o dinheiro dele, mas eu queria vê-lo, ver a Raquel e também me resolver com ela... Eu estou com saudade dela e quero dar uma boa lição de moral ao Yunho por ter ficado de conexão com o Seonghwa e falando as coisas sobre mim.
Eu arrumo todas as minhas coisas dentro da mala e desço as escadas arrastando-a até a porta.

— Tchau, mãe! – Eu digo para ela que estava na porta me esperando

— Você sabe que sempre será bem-vinda, não sabe? – Ela diz com os olhos lacrimejando

— Eu sei sim, mãe. – Dou um leve sorriso para a mesma

— Tome cuidado, por favor!

— Diga isso ao piloto do avião. – Rimos e eu a abracei – Tchau mãe, eu te amo. – Lhe dei um beijo na bochecha e saí

Por um momento olhei para trás e ela estava tocando no lugar onde eu tinha beijado e com um olhar quase chorando ali mesmo, acho que ela estava surpresa pela minha atitude, já que meio que eu deveria odiá-la. Eu a odiei por muito tempo, mas chega um momento que todos esses sentimentos ruins saem e ficamos bem, mas continuo não concordando com muitas coisas vindas dela. Nunca trocamos carinho assim, mas eu fico muito feliz em saber que agora nossa relação está diferente, mudando para melhor. Parece que a minha vida e a do Seonghwa são meio que parecidas, só que a minha mãe não chegou a me abandonar igual a mãe dele, por mais que ela me odiasse por eu ser muito parecida com o meu pai, ela tem sentimentos por mim.

Eu sigo até a área de check-in e fico na fila esperando pela minha bagagem. Entrego a minha passagem e meus documentos. Eu quero um assento perto da janela.

— Certo, senhorita Hathaway. Pode ir. – O rapaz sorri para mim e eu retribuo o seu sorriso

Ele me entrega um cartão de embarque e eu sigo na direção da sala de embarque. Seonghwa vai pirar quando souber que eu não estou na primeira classe. Uma jovem mulher se aproximou com um sorriso mostrando belos dentes brancos.

— Bem, é hora de decolar!

Eu fui a única a sorri para a moça que comunicou, ela estava tão animada, mas o pessoal aqui não deu importância. Odeio estar perto de pessoas mal educadas.

Assim que cheguei no aeroporto de Seul, Seonghwa já estava a minha espera.

Meu Deus, como sempre um controlador!

— Você sabe o quanto me desagrada que você gaste dinheiro comigo. Sim, você é muito rico e tudo mais, mas isso me deixa desconfortável, é como se você me pagasse por sexo.

— Lá vamos nós... Já disse para não se preocupar com isso, Gracy! Eu tenho até outro presente para você. – Ele ergueu uma sobrancelha e eu o olhei desconfiada

— O que você andou aprontando dessa vez, Seonghwa? – Digo em tom de cansaço e ele pega a minha mala para me ajudar

— Aposto que você vai gostar. – Ele garante

— Gastou muito com esse presente? – Eu pergunto depois de um suspiro impaciente

— Não muito para me fazer chorar e dizendo que estou sem dinheiro.

— Se for algo muito caro, eu devolvo. – Eu aviso

— Você voltou estressada da casa da sua mãe? – Ele arrastou a minha mala até onde estava seu carro

— Claro que não, eu me senti mais leve depois da nossa conversa de ontem. – Peguei a mala para ajudá-lo

— Às vezes fico bravo com você porque quando coloca distância entre nós, você fala abertamente e honestamente comigo. Por que não faz isso quando nós estamos juntos?

Até Te Ter Em Minhas Mãos - 𝐏𝐀𝐑𝐊 𝐒𝐄𝐎𝐍𝐆𝐇𝐖𝐀 (Cinquenta Tons de Cinza) Onde histórias criam vida. Descubra agora