Até Te Ter Em Minhas Mãos - 𝐏𝐀𝐑𝐊 𝐒𝐄𝐎𝐍𝐆𝐇𝐖𝐀 (Cinquenta Tons de Cinza)

𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 32

❨❨ ⏜⏜

As pessoas mais difíceis de se encontrar,
são as mais fáceis de se perder.
Eu não sou uma louca.

⏝︶

Eu não entendo o Seonghwa... Ele mesmo tinha me falado que nunca teve algo sério com alguém, então por que ele quer comigo? Eu não acredito no amor dele.
Quando o conheci ele demonstrou ser egoísta e mandão, e ultimamente ele está mudando muito essas atitudes, mas... Apaixonado por mim? Isso não é possível. Eu estou me esforçando para acreditar nele, não só sobre gostar de mim, mas também sobre a Anny, sobre não ter feito nada grave com ela. Eu estou muito mal com tudo isso, e também me sinto culpada pelas coisas que joguei na cara dele... Sobre seu pai e ter o acusado de ter feito algo com a Anny mesmo sem saber completamente da história deles dois.
Um telefonema misericordiosamente breve para ele seria ótimo, já que não é tão tarde da noite e podíamos conversar sem a presença da minha mãe porque depois da minha discussão com Seonghwa, ela me fez muitas perguntas e disse que ele quase não foi embora de tanto chorar na sala dela. Eu sinceramente fiquei impressionada ao imaginar ele chorando.

Peguei meu celular e procurei pelo nome dele na lista de contatos, ao encontar cliquei em "chamar" e esperei até que ele aceitasse a ligação. Se ele não atendesse de uma vez, eu não ligaria mais.
Seonghwa estava demorando muito para atender, acho que estava me ignorando... Não resta dúvida de que ele está totalmente chateado por eu ter interpretado mal suas palavras, eu não o julgaria por isso. Desliguei a chamada e deixei o celular em cima da cama e, quando fui me levantar, ele tocou. Provavelmente ele deve estar ocupado... Com certeza transando com outra e quer que eu tenha pena dele para que eu volte pra sua casa e ele me faça de objetinho sexual. Tentei tirar a raiva que eu senti ao pensar essas coisas e atendi a ligação. Ele não falou nada, eu também não queria ser a primeira a falar, então fiquei calada apenas ouvindo alguns ruídos do outro lado da linha.

"Não vai falar nada?"

Ele começou. Sua voz estava calma e baixa.

"Por que me ligou?"

— Queria falar com você. – Eu tomei coragem e falei

"Então pode falar. Estou ouvindo."

Ele parecia muito neutro e isso me machucou um pouco.

— Não pense que vou me humilhar para você, apenas queria pedir desculpa pelas coisas que eu falei com você sobre o seu pai.

Ele riu baixo

"Não estou magoado com isso."

— Não? – Eu ergo uma sobrancelha, não acreditando nele

"Não, isso não me afeta. Eu estou magoado por você não acreditar em mim sobre os sentimentos que tenho por você. Estou chateado com você sobre as coisas que pensa a meu respeito. Eu sei que não sou o tipo de homem que você sempre sonhou e que não fui um verdadeiro romântico com você, mas eu realmente queria tentar, Gracy... Eu realmente queria tentar com você."

Suspirei. Eu não sei o que dizer.

"Gracy, se você não gosta de mim da mesma forma, é só falar. Eu vou entender."

Ele diz calmo. Eu zombo por dentro porque de nós dois eu fui a primeira a me apaixonar.

— Você acha que eu não gosto de você? – Pergunto meio debochada

"Baseado no modo que você está agindo... Sim."

— Yunho não te contou? Pensei que ele até te falava os horários que eu ia no banheiro. – Revirei os olhos. Ele riu e concordou