CAPÍTULO 14

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REDEN: BEM VINDA AO HOTEL

Recomendações: Vejam a tradução da música "Reden" antes de ler.

Alice Schmitz
Alemanha | 01:15 - 19/02/2007

- Você é louca!

Tom está rindo ao meu lado, me vendo virar um shot de vodka sem as mãos.

- Diz isso porque ficou impressionado - respondo, batendo o copo na mesa.

Estamos jogando beer pong. Aquele jogo em que juntamos vários copos cheios de vodka de dois lado de uma mesa, e precisamos tentar acertá-los com uma bolinha de ping pong. Bebemos caso o outro consiga.

Estou ganhando.

Tom só tem mais um copo. Ele é péssimo nisso.

Procurei Mia para jogar conosco, mas não a vi desde que saiu com Georg para o bar. Quando Tom e eu voltamos, eles já não estavam mais aqui. E meu celular descarregou, então não consigo ligar ou mandar mensagens de texto.

Porém, parece que Tom tem muitos amigos nessa festa. E chamou alguns para jogar conosco.

Estou fazendo dupla com um loirinho, acho que se chama Gustav, mas não tenho certeza, apenas a vaga sensação de reconhecer o nome de algum lugar. Ele é legal, apesar de não beber tanto quanto Tom e eu, e ser mais quieto que nós.

Tom está com um outro cara, da qual esqueci o nome faz tempo, e reclama a cada cinco minutos de não achar o irmão. Dizendo que eu preciso conhecer seu gêmeo.

Da primeira vez que me contou isso comecei a rir, imaginando um Tom 2.0, com dreads e bonés combinando com os dele. "Vai se surpreender, loirinha. Meu irmão não tem nada a ver comigo" foi o que me respondeu quando eu disse isso. "Sei que você queria mais um gostoso como eu, mas vai ter que se contentar com apenas um Tom. Sou único no mundo"

"Graças à Deus!" eu falei. "Se você sozinho já tem todo esse ego, como seria viver com dois Tom?"

"O paraíso, com certeza"

Revirei os olhos.

"Você é uma pessoa muito convencida, sabia?"

"E mesmo assim consegue ganhar de mim, né, Alice?"

Acerto a bola de ping pong outra vez. Zerando o jogo e parando de relembrar a conversa de alguns minutos atrás.

- Parece que temos uma vencedora, Tommy! - levanto as mãos para o alto, comemorando e indo até ele - Toma essa.

Tom apenas sorri, derrotado, bebendo. E eu me sinto muito contente. Levemente eufórica com a proximidade e um pouco (levando em conta a relatividade da palavra "pouco") bêbada. E isso é legal. Muito legal.

Estou rindo como uma retardada para o vento. Ou talvez seja para o Tom. Não sei mais.

Hippie idiota, para de me fazer sentir assim, por favor. Desse jeito vou ficar viciada...

Se bem que talvez eu não queira que você pare. Gosto de como estou.

Não disse nada disso em voz alta, disse?

Minha cabeça parece girar devagar, mas para quando o pego olhando para mim.

E de repente minha atenção se dispersa outra vez.

SCREAM | Tom Kaulitz (Tokio Hotel)Onde histórias criam vida. Descubra agora