CAPÍTULO 20

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UMA PEQUENA MENSAGEM AUMENTA TODOS OS MEUS PROBLEMAS

Alice Schmitz
Alemanha | 14:00 - 22/02/2007

- Não, eu não aceito! - quase grito - E nunca, nunca, vou aceitar.

- Sabe que você tentar impedir não vai mudar nada, não sabe?

- Era para isso me animar, Dorota? - levanto uma sobrancelha - E não ligo se muda ou não - declaro, cruzando os braços com força acima do peito - Se meu pai vier morar aqui com aquela famíliazinha falsa dele eu juro que faço da vida dos três um completo inferno! E você sabe o quanto sou boa nisso.

- Talvez ele queira apenas realmente se reaproximar de você. Provavelmente acha que com a convivência você, sua madrasta e sua irmã comecem a se dar melhor também.

- Ela não é minha irmã! A Valentina não é nada minha - bufo, sentando na cama e abraçando uma almofada - E, fala sério, o meu pai querer se reaproximar de mim? Estamos falando do mesmo Hãns Schmitz? Ele nem me ligou no meu aniversário! Não me liga há meses, na verdade. Além de que aquelas duas vacas oxigenadas que vivem com ele me odeiam mais do que tudo. Aposto que a Paola doaria o silicone dela para uma mendiga caso pudesse me ver sumir para sempre, ela nunca vai querer se dar bem comigo.

Dorota solta uma risada que me faz sorrir também.

- A srta. deve bem admitir que fez por merecer o ódio dessas duas. Não pegou nada leve no aniversário de quinze anos da Valentina.

- E você bem adorou quando eu te contei! E vivia me ajudando a escapar do castigo que minha vó me deu.

- Shiii! - Dorota checa a porta rápido - A sra. Heidi me mata se souber de uma coisa dessas.

- O quê? Que você também detesta as mocréias magrelas?

- Exatamente.

Acabo rindo, enquanto pego mais uma bala fini azedinha do pacote em cima do cobertor. Há algumas horas cheguei em casa de táxi, sozinha, e me recusei a falar com a minha vó desde então. A única que deixei subir para o meu quarto e com quem me dispus a conversar é a Dorota.

- Ah - me jogo de costas pelos travesseiros - Eu queria tanto que a Mia estivesse aqui. Por que a mãe dela precisa ser tão controladora?

- Na verdade - Dorota se deita ao meu lado - Ainda não entendi direito porque a srta. Sperb ficou de castigo, ainda mais por todo esse tempo.

Hum, por dormir com o gostosão, talvez?

- Bem... - enrolo uma mecha de cabelo no dedo durante um longo tempo, fazendo graça.

- O que as duas crianças fizeram aqui sozinhas? - ela me encara.

- Aqui? Nada. Mas, bom, talvez eu não tenha sido totalmente sincera quando falei para a vovó que não aconteceu nenhuma merda.

- Ah meu Deus - ela me olhar com cara de repreensão - Não tentaram nadar peladas em uma piscina pública outra vez, não né?

Reviro os olhos sorrindo.

- E você acha que a Mia concordaria com isso? Ela é certinha demais.

SCREAM | Tom Kaulitz (Tokio Hotel)Onde histórias criam vida. Descubra agora