SCREAM | Tom Kaulitz (Tokio Hotel)

CAPÍTULO 34

FESTA, CARONA E CEREAL

Alice Schmitz
Alemanha | 12:45 - 02/03/2007

Tom está em cima de mim, subindo beijos lentos e molhados por todo o meu corpo. Deslizando minhas roupas e as tirando devagar, mantendo o contato visual comigo o tempo inteiro. Seus olhos são tão lindos. Seu rosto. Sua língua mexendo no piercing dessa maneira tão provocante e gostosa.

Meu corpo formiga e esquenta, sentindo que estou prestes a começar a gemer, até ouvir uma buzina ressoar do lado de fora da casa, me fazendo abrir os olhos assustada, acordando num pulo.

Que merda foi essa? Eu... estava... tendo um... um sonho... NÃO! COM O KAULITZ NÃO. COM QUALQUER UM, MENOS COM ELE!

AH, QUANDO FOI QUE EU ME PERDI ASSIM!?

Sonhos eróticos com Tom Kaulitz significam apenas uma única coisa: meu cérebro derreteu e escorreu pelo nariz, até desaparecer completamente. Perdi meu pescoço e me tornei uma mula sem cabeça. Estou maluca, drogada, chapada para caralho.

Droga, hippie, o que fez comigo?

Fecho meus olhos automaticamente, apertando bem forte por conta da luz. Tudo está em completo silêncio e paz, então entendo que provavelmente estão todos dormindo.

Sinto uma mão sobre a minha.

Arregalo os olhos imediatamente.

Não, não, não... que droga!

Vejo Tom ao meu lado, dormindo serenamente, segurando minha mão. Nós estamos deitados no sofá, com nossos pés se tocando. Estou com meias listradas cor de rosa, e ele está de meias brancas. Seria fofo, se não fôssemos nós dois.

Seu rosto está tão tranquilo, que nem parece que vai morrer de ressaca e dor de cabeça assim que acordar. Fico observando por um tempo, vendo seus lábios e suas sobrancelhas, o nariz, os cílios escuros e a pintinha na bochecha.

Tão lindo.

Porra é o Tom.

Ah, não aguento mais.

Seus dedos apertam os meus um pouco mais firmemente, me dando um susto. Finjo estar dormindo durante alguns segundos, mas percebo que ele ainda não acordou de verdade.

Há pouco tempo eu era eu, Alice Schmitz, que ficava com quem quisesse e não se apegava à ninguém. Mas agora? Agora quem eu sou?

Flashes da noite de ontem surgem em minha mente, me fazendo sorrir. Georg requebrando ao som de Britney. Mia e eu fazendo competição de bebida e Gus gritando "QUERO DAR MEU BUMBUM", no meio da rua, de madrugada.

Aquela velha esfarelenta nos ameaçando e eu a xingando. Isso foi engraçado. Tom brigando comigo e me parando, nós correndo juntos para dentro de casa.

Por que tudo que penso envolve esse otário?

Sento no sofá, olhando em volta, vejo Mia abraçada de conchinha com Georg, o que me tira um sorrisinho real. Gustav está caído no chão com várias almofadas em volta da sua cabeça e Bill está desmaiado com a cara dentro de uma caixa de pizza vazia. Quando nós pedimos pizza? E que pizzaria funciona até de madrugada?

Forço minha mente e me lembro de Tom sendo desafiado a ligar para a pizzaria mais próxima e dizer que queria comprar calcinhas fio dental com sabor de peperonni. Foi hilário. No fim acho que compramos pizza de verdade.