CAPÍTULO 50

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PRIMEIRA VEZ - PARTE I

ALERTA DE CENAS SENSÍVEIS: SEXO E INSINUAÇÕES SEXUAIS EXPLÍCITAS, NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS (caso não se sinta confortável, pode pular este capítulo)

Alice Schmitz
Estados Unidos | 19:05 - 19/03/2007

Desligo o chuveiro, me sentindo aquecida pelo vapor quente da água, que embaça o espelho em cima da pia e o vidro do box. Me enrolo na toalha, secando o cabelo e voltando para o quarto

Da grande janela logo acima da minha cama, tenho uma boa visão da área externa das piscinas, e vejo que ainda está funcionando, cheia de pessoas curtindo as músicas lá em baixo, dançando e pedindo martinis. Então concluo que, como nenhuma das meninas voltou ainda, estejam todos lá, o que me dá tempo de sobra para me arrumar com tranquilidade.

Simplesmente odeio precisar fazer as coisas enquanto alguém me apressa. É tão sufocante...

Abro minhas malas sobre a cama, escolhendo o que vestir. Está calor e o ar continua abafado, mesmo agora à noite, o que me leva a conclusão perfeita de um vestido simples e escuro, de alças bem finas, que vai até um pouco acima dos joelhos, e que comprei em uma super liquidação de verão no ano passado.

Sorrio satisfeita.

Hoje é a primeira noite dessas "férias". A primeira vez que vamos todos jantar juntos e sentir todas as emoções possíveis. Meu coração palpita animado apenas imaginando, enquanto espalho loção hidratante de baunilha e morango sobre a pele, antes de me vestir.

Desembaraço meu cabelo com o creme da L'Ocitane que ganhei de natal da minha vó, então penteio, me contentando em deixá-lo úmido e liso, por pura preguiça de usar secador.

O jato de ar quente na minha cabeça com certeza iria me deixar suada e grudenta, o que destrói totalmente o conceito de banho.

Paro de frente para o espelho da parede, me observando ainda descalça, até que alguém dá três leves batidas na porta.

Provavelmente Mia deve estar querendo tomar banho também... e esqueceu das chaves. Não duvido nada.

Mas quando destranco a fechadura, me surpreendo e dou um sorriso.

- Oi - digo - Pensei que estivesse na piscina ainda.

- Na verdade eu... sei lá, enjoei sem você lá.

Tom me faz rir.

Fico olhando para ele durante alguns segundos, vendo que se trocou, vestindo uma camiseta branca e vermelha seca.

- Não vai me convidar para entrar? - pergunta, apontando para o lado de dentro do quarto.

- Não, na verdade eu estava pensando em te deixar aqui em pé plantado.

Ele ri e me empurra de leve, me fazendo dar alguns passos para trás. Então fecha e tranca outra vez a porta.

- O que está querendo, hippie? - pergunto, mas sei exatamente o que é.

Porque eu também quero.

Também quero.

Muito.

Absurdamente.

- Só passar um tempo com você. Sozinhos.

A forma como ele diz isso. Como sua voz soa irresistível com essa pitada de embriaguez e rouquidão. Como ele inteiro parece irresistível nessas luzes amareladas do quarto. Tudo me faz sentir um pouco... animada (para não dizer outra coisa).

SCREAM | Tom Kaulitz (Tokio Hotel)Onde histórias criam vida. Descubra agora