Me confessa-Festa

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REGIANE ALVES

Depois daquela noite, acordei com um peso de culpa pelo meu ato. Não posso negar que foi um momento maravilhoso para mim, mas fiquei profundamente culpada por causa do Duda. Ali estava eu, fazendo algo daquele tipo ao lado dele, enquanto ele dormia, e pensando em outra pessoa. Apenas refletir sobre isso me fazia sentir ridícula.

Ao mesmo tempo, outra parte da minha mente sussurrava que, ultimamente, o Duda vinha me tratando de forma muito negligente. Ele não estava dando o devido valor a mim, e isso começou a afetar o nosso relacionamento. As palavras ásperas e a falta de consideração se tornaram uma constante, e eu me vi ansiando por um pouco de atenção e carinho.

Não justifico meu comportamento, pois sei que aquilo é algo imperdoável. Se eu estava insatisfeita no meu relacionamento, deveria ter tido uma conversa sincera com o Duda e tentado resolver nossos problemas juntos. -Mas pera aí nem isso ele se programa aquele dia quando queria sair para jantar com ele , e ter uma conversa  , ele simplesmente ficou jogando videogame.

A culpa me consome, pois sei que causei dor e desrespeito a alguém que, apesar de seus defeitos, ainda é uma pessoa importante para mim.

Daqui a uma hora, tenho uma reunião marcada no Projac, e eu sei que a Priscila estará lá. Neste momento, sinto a necessidade de evitar o contato com ela, pelo menos temporariamente, até que as coisas na minha cabeça se acalmem . Confesso que me sinto ridícula agindo assim, mas acredito que é o melhor a fazer para evitar coisas desnecessárias.

Eu sei que a Priscila merece uma explicação, e quando eu estiver  mais estável, irei conversar com ela e explicar o que está acontecendo , óbvio que não vou falar exatamente o que aconteceu, nunca né .

Sei que, ao adiar essa explicação, corro o risco de magoá-la, mas acredito que será melhor para ambas as partes lidar com isso quando estivermos mais calmas e preparadas.

Espero que a Priscila compreenda minha necessidade de espaço e tempo para organizar meus pensamentos e sentimentos. Valorizo nosso relacionamento e não quero que ele seja abalado por coisas que eu sinto .

Chego no Projac e vejo todos ali na reunião, tendo conversas animadas. Logo avisto ela, a Priscila, engajada em uma conversa. No momento em que entro, percebo que nossos olhares se cruzam. Sinto uma imensa saudade dela, afinal, já fazia um tempo que não nos falávamos pessoalmente.

No olhar dela, percebo que ela estava à espera de um cumprimento meu. No entanto, com um nó no coração, decido não me aproximar e acabo me juntando a outra roda de conversa. Por mais que eu desejasse falar com ela, algo dentro de mim me impedia naquele momento.

Enquanto conversava com outras pessoas, eu não conseguia evitar olhar de relance para a Priscila, desejando que ela entendesse a complexidade da situação..

Espero sinceramente que a Priscila compreenda minha atitude e que ela saiba que, apesar de não ter me aproximado naquele momento, a saudade e o carinho que sinto por ela continuam intactos.

Logo perto de ir embora, decido tomar coragem e me aproximar da roda de conversa onde a Priscila estava. Respiro fundo e, com um sorriso educado, trocamos algumas palavras.

Enquanto interagimos com a roda ,minha mente está dividida entre escutar a conversa ao redor e me preparar para a festa que ocorrerá mais tarde. Sinto um misto de emoções, pois, por um lado, queria poder conversar tranquilamente com a Priscila, mas, por outro, sei que preciso de mais tempo para organizar meus sentimentos.

Após um tempo, decido que é hora de me despedir. Digo adeus com um sorriso e me afasto, deixando a roda de conversa para trás. No fundo, sinto um certo alívio por ter dado um pequeno passo em direção à Priscila, mesmo que tenha sido apenas uma troca de palavras educadas.

Regiane e Priscila -Amor por trás das câmeras Onde histórias criam vida. Descubra agora