Regiane e Priscila -Amor por trás das câmeras

Discórdia

— DUDA. Sai de perto dela , POR FAVOR! - Regiane gritou.

Em todos os meses de relacionamento com
Duda, Regiane nunca havia presenciado esse lado explosivo dele. A camisa, agora suada e respingada de bebida, era um reflexo do descontrole que tonara conta
dele.

Seus cabelos, antes meticulosamente arrumados, estavam agora em desalinho, pois ele passava as mãos pela cabeça em um gesto de nervosismo e raiva.

A cena se desenrolava diante dos olhos
incrédulos de Regiane. Duda se aproximou de Priscila com passos pesados e decididos. A garrafa de vidro em sua mão foi arremessada com força contra o chão, fazendo com que os cacos se espalhassem em todas as direções.
Alguns fragmentos atingiram o pé de Priscila, que arfou de dor enquanto o sangue começava a escorrer, manchando o chão e criando uma situação de caos.

Aquele era um momento que Regiane jamais poderia ter previsto. Ela estava atordoada diante da explosão de fúria dele. E sua preocupação com Priscila aumentou, pois agora ela tinha certeza que ele poderia ser capaz de fazee qualquer coisa.

Ela se aproximou dele na tentativa de acalmar a situação e encerrar aquele tumulto. A preocupação estava evidente em seus olhos, e sua voz soou incerta quando começou a falar:

— Duda, você está ficando louco? Olha o que você...

Antes que Regiane conseguisse concluir sua frase, Duda a empurrou com força, quase a fazendo cair. Ela deu um passo para trás, desequilibrada, para evitar uma queda iminente. A surpresa e o medo eram visíveis em seu rosto, enquanto ela olhava para Duda, atônita com a reviravolta inesperada naquela situação.

Duda continuou a se exaltar, gritando com raiva:

— Sai daqui, porra, antes que eu faça coisas piores!

Priscila, apesar de seu pé sangrando e machucado pelo caco de vidro, não hesitou ver ele fazendo tudo aquilo e não fazer nada. Com uma força que surpreendeu a todos, empurrou Duda com firmeza, fazendo-o recuar até bater nas portas de entrada do apartamento. O barulho ecoou pelo corredor, deixando Regiane preocupada com o que os vizinhos poderiam pensar.

Priscila não estava disposta a engolir as palavras de Duda. Ela o encarou com olhos faiscantes e respondeu com determinação:

— Seu imbecil. Vai embora daqui se você não sabe ter uma conversa saudável.

Duda, por sua vez, estava visivelmente perturbado, mas não estava disposto a admitir sua culpa. Ele retrucou com um tom rispido:

— Conversa saudável? Como você quer que eu tenha uma conversa saudavel, chegando e dando de cara com uma vadia quase comendo minha mulher?

Regiane tentava falar mas não era ouvida pelos dois.

Aquelas palavras foram o estopim. Priscila explodiu:

Ela olhou diretamente nos olhos de Duda e continuou com uma voz firme:

— Pois eu achei foi pouco, Duda! Eu e a Regiane começamos a trabalhar juntas, a nos ver quase todos os dias. Criamos uma amizade, um vínculo, uma conexão, mas queríamos mais do que isso. Sentíamos algo diferente, algo especial quando estávamos juntas. Eu queria estar ao lado dela o tempo todo, e ela se sentia bem comigo, ao contrário de você.