ERA PRA SER

Capítulo 20

Lonca.

Nós sai pra rua e já vejo vários mano reunido esperando nosso comando, mais pra baixo ja tem outros espalhados, cada um na sua função, nós ta fortão. - achei sinceramente que o artilheiro ia brecar a Beatriz, que ia mandar ela vazar pra casa, mas o mano não questionou nada, se pá ele tá ligado que não iria adiantar dizer que não, já que a mina tava decididona e no mais, eu tô ciente também que é foda pra ela essa parada toda que tá rolando

pelo pouco que eu peguei a visão dela, já me liguei que a mandada é daquelas que não espera ninguém fazer no seu lugar, creio também que o artilheiro levou em consideração o fato de ter sido o marido da mina que levou o pai dela de ralo. e isso deve ter contado pra ele não falar nada em relação a ela querer tá presente quando nós botar a mão no verme

Já percebi que ela é uma mulher tinhosa, marrenta e acha que o mundo gira ao seu redor, o artilheiro também me deu a ideia que que ela era a princesinha do pai, papo de que o cara fazia tudo que é gosto dela, dava o mundo nas mãos, é de se entender porque ela é assim né pô.

Observo ela toda posturada segurando uma pistola, e com a AK atravessada nas costas, cara fechada, não sei se é o momento, mas pelo que percebi ela não é muito de risadinha não - quero só ver se ela vai sustentar o bagulho mermo, tá muito cheia de marrentice pro meu lado, quero ver na hora que tiver no meio do fogo.

Tô tão concentrado olhando pra mina, e pensando vários bagulho que tenho pra resolver, que só me dou por mim quando escuto ela falando

Beatriz: que foi que tá me olhando com essa cara? - pergunta e eu pago de doido desviando o olhar pro artilheiro e passando uma visão pros mano, só pra tirar ela de tempo mermo - parece doido aí me olhando, nunca viu mulher amarda não, ou só homem que pode?

Pergunta cheia de grosseria na voz, já vou me virando no ódio pra responder essa mandada, mas na mesma hora escuto meu rádio me chamando, dou uma encarada nela e me afasto de todos ali, atendo e o paçoca já vem falando na rádio frequência

Radinho📳

Paçoca: Aê lonca, vou te passar a visão, achamo a Patrícia lá mermo onde a patroinha falou, tava lá no Pinheirinho, toda amarrada, a cara toda fodida mano, e baleada na perna, papo de tá perdendo sangue pra caralho, mas a parada é que ela se negou a ir pro postinho, disse que não ia e bateu o pé falando que queria ser avisada quando nós tivesse com o Luan, e que ela iria tá presente lá, te falar que o local onde a bala pegou não parece ser muito grave não, mas tinha muito sangue, e pelo jeito que ela tava parece que o cara não ia perdoar não, mas acabou deixando ela pra trás, só sei que ela ta toda exclulachada, e quando chegamos lá não tinha ninguém, nem sinal do rato.

Lonca: porra, só tem mulher tinhosa nessa família caralho. Paçoca faz o seguinte parceiro, eu tô ligado que aqui tem uma mulher que faz uns corre de enfermeira pra vocês quando vocês não conseguem chegar no posto, aciona ela e manda ela ir pra casa da Beatriz, a Giovanna e a mulher que cuida do pivete tão lá, o pivete também, leva essa mulher pra lá, vocês tão com a Patrícia aí?

Paçoca: Nós deixamo ela lá na casa da Beatriz, ela mermo disse que queria ir pra lá, o Luan pegou ela metendo terror irmão, papo de dizer até que não ia perdoar nem o menor filho dele, assim que pegamos a Patrícia, ela já pediu pra ir pra lá ver o moleque. Sobre o arrombado, cheguei no Pinheirinho e não tinha nem rastro do rato, nem de ninguém dele. Mas vou fazer isso mermo que tu tá mandando, vou acionar a enfermeira e vou mandar uns moleque levar ela lá em segurança.

Lonca: Falar desse verme de qual foi desse tiroteio aí, não é gente nossa.

Paçoca: Nós tá aqui na rua 2, eu e a tropa que veio comigo, e o papo é que o D20, aquele da vk,tá invadindo e veio pra fortalecer o Luan, os cara tão trepadão, não mais que a gente, mas tem muito cara e muito bico, vai ser um pouco mais difícil do que nos imaginou mano