Capítulo 27

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Beatriz.

Saio da boca com o meu rosto pinicando de raiva pelo o que o lonca disse - eu ainda não tô pensando em me envolver com ninguém, mais se caso acontecer eu juro que não vai ser com ele.

Entro na salinha e vejo a puta da Valentina, sentada na cadeira com cara de choro. Eu até poderia deixar passar batido mais tenho que botar moral, Porque daqui a pouco as vadias daqui tão achando que eu sou alguma puta que elas podem tirar onda com a minha cara

Paçoca: aí patroa ela é toda sua pô - fala no deboche, e eu vejo o desespero dela no olhar - pode brincar a vontade! quer começar por onde?

pergunta no puro deboche é eu Olho pra trás observando o lonca encostar na parede todo posturado com cara de mal - odeio essa marra que ele tem, minha vontade as vezes é de dar um socão na fuça dele - vou ate a mesa e pego a maquininha de corta cabelo, e falo olhando pra cara dela

Beatriz: vamos começar deixando a Barbie careca, Porque aí toda vez que ela pensar em querer arrumar caô pro meu lodo ela vai lembrar que eu não tô de brincadeira e que quem manda aqui nesse morro ainda sou eu - falo seria e escuto a respiração dela ficar ofegante

Ela começa a chorar compulsivamente e me olha com o olhar mas amargo que já vi

Valentina: PELO AMOR DE DEUS MEU CABELO NÃO, EU JURO QUE NUNCA MAIS MEXO COM VOCÊ - fala desesperada e minha paciência vai se acabando - Eu juro, eu juro por tudo

Quando eu ia retrucar o pedido dela, o lonca me interrompe - ele é muito intrometido mano - ele caminha até onde ela estar e agarra no pescoço dela, olhando com um olhar horrível

Lonca: tu vai calar essa boca de vagabunda, e vai sustentar tua bronca no peito porra - fala sério e vejo ela ficar sem ar - na hora de bater de frente tu foi mulher pra caralho né, agora sustenta tuas gracinhas

Ele solta ela cheio de ódio, e sai da salinha me deixando novamente retomar o controle da situação.

Eu ligo a maquininha e vou fazendo o trabalho de um barbeiro de respeito. Tipo eu não me agrado nem um pouco em estar fazendo isso, só que foi ela quem veio mexer no meu vespeiro primeiro, então infelizmente eu tô pouco me fudendo pra ela

Começo a raspar e vejo vários cabelos loiros e grandes, caírem no chão e no ombro dela. Escuto ela fungar e logo em seguida um choro agoniante - isso não ameniza nem a mete da dor que foi ouvir meu filho, perguntando o que significava a palavra "assassina" por mim eu torturava ela até o último suspiro.

[...]

Termino de raspar o cabelo dela e mando ela meter o pé de morro dou 48 horas pra ela vazar, não quero mas essa puta do caralho no mesmo ambiente que eu e meu filho - saio da salinha passando a responsa pro paçoca cuidar de tudo.

vou descendo o beco e escuto barulho de Kenner vindo atrás de mim - que caia um raio na minha cabeça se não for o intrometido

Lonca: coe marrenta, quero trocar um papo com você - fala me segurando pelo braço e namoral o perfume dele veio invadindo meu nariz e puta que pariu que cheiro bom - vai poder falar comigo ou não?

Perguntou e eu me virei dando de cara com ele me observando

Beatriz: pode falar - falo sem olhar pro rosto dele, não sei mais quando tô perto dele fico meia desconcertada - o que você quer ?

Lonca: pô vamos brota dali do bar, preciso conversar contigo sobre umas questões de melhoria aqui pro morro - fala me soltando, e eu concordo andando na frente dele - aí Dener fica na contenção, e avisa o paçoca pra depois que terminar lá com a mina é pra ele vim na minha direção.

Olho pra trás vendo ele falando com os meninos, e vindo na minha direção tirando o celular do bolso - não suporto essa marra dele, AFF

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