Capítulo 25

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Beatriz

Depois de tudo que aconteceu e tudo que eu precisei e preciso superar todos os dias,a mãe do desgraçado do Luan ainda veio me intimidar, me mandando mensagens em tom de ameaça pelo whatsapp, me ligando pra fazer insinuações, e como se não bastasse botando meu nome na boca do morro

Pra ser bem sincera eu sei que ela nunca me aceitou, tão pouco fazia gosto do meu relacionamento com o Luan - se eu tivesse dado ouvidos a ela teria evitado tanta decepção - mas o que quero dizer é que na verdade ela nunca fez questão de esconder que eu não a agradava, mas depois de tudo ela vem fazendo um verdadeiro inferno na minha vida, creio que tá achando pouco tudo que passei por culpa daquele lixo que ela colocou no mundo

Ela me pintou de tudo que é nome, saiu falando o que fiz e o que não fiz, já que como mulher do Luan ela não tem nada pra falar de mim, saiu por aí tentando achar motivos pra justificar a merda que o filho fez. Cada esquina que ela passa, tá sempre falando de mim,até aí tudo tranquilo até porque foi eu mesma quem matei o monstro nojento do filho dela, e não carrego nenhum remorso por isso. Só que depois que ela disse que "eu ia sofrer a mesma dor que ela tava sofrendo por ter pedido um filho" aí o bagulho ficou doido, como que essa velha desgraçada pode comparar uma criança inocente, com um invejoso, traidor, imundo que foi o filho dela, coragem a dela tocar no nome do meu menino depois do que eu fiz com quem teve a capacidade de mexer com os meus.

Em momento algum fui desrespeitosa com ela, até porque mesmo diante das circunstâncias, o Luan era filho dela não posso esperar que ela não sofra,só que apartir do momento que colocou meu filho no meio, eu viro até o diabo se for preciso. Seria muito mais fácil ela me deixar no meu canto, respeitar o Lucas que infelizmente é sangue do sangue dela, seria bom assim pra nós duas, mas ela insiste em querer justificar o injustificável, se o Luan não morresse nas minhas mãos, teria uma fila pra fazer o serviço, mas pra ela é mais fácil procurar um culpado pra todas as atrocidades do filho, e a escolhida por ela fui eu.

Mandei ela pra casa do caralho e falei que se ela continuasse tocando no nome do Lucas em tom de ameaça, ela ia pro inferno fazer companhia ao filho. Deixei ela bem avisada de que quando eu batesse de frente com ela eu iria resolver da melhor forma, ela me disse mais algumas coisas e eu fui lá e bloqueei, não vou mais perder minha cabeça com nada que diga respeito aquele verme - mulherzinha vagabunda dos infernos vai perturbar o cão porra.

Hoje eu fui na pista resolver uns assuntos importantes, e agora tô aqui na casa da minha mãe com ela com o meu menino e com a dona Lúcia conversando - Lucas até semana passada estava em prantos chamando pelo pai, meu coração doía muito por ver meu bebê daquele jeito, mas expliquei pra ele direitinho que agora o papai era uma estrelinha e acho que dessa vez ele entendeu, me corta a alma ver meu filho desse jeito por uma pessoa que se quer pensou nele. Quando o Lucas tiver grande o suficiente e tiver discernimento pra entender as coisas, eu vou sim contar pra ele o que de fato aconteceu, não vou esconder do meu filho essa parte da historia dele, por mais que eu queira, prefiro que ele saiba por mim, escute da minha boca, da forma que aconteceu, do que ouça por aí, de qualquer jeito.

Já faz um mês que tudo aconteceu , e falar a verdade por mim eu faria um festão em comemoração - quem sabe eu não peça pra os meninos fazerem um baile, só não fiz ainda em respeito a morte do meu pai, que ainda é recente. Mas pelo que conheço do meu gatinho, ele também iria querer comemorar a morte daquele imundo - na realidade a sensação que ficou é de que nós tiramos um peso imenso das costas, não sei se era o fato das dúvidas em ralação a morte do meu pai que agora já foram esclarecidas e resolvidas,ou se era a energia pesada que o Luan emanava, o que sei é que a sensação que temos é tiramos uma tonelada das costas, apesar de ainda doer, de ainda lembrar, estamos todos seguindo.

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