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O pastor logo prosseguiu:
- Hoje, amados irmãos, meditaremos e aprenderemos. Pois a palavra do Senhor se renova todos os dias!
Vamos abrir nossa bíblia em Lucas, capítulo nove, versículo vinte e três, até o vinte e cinco.
Bem, não tinha ouvido falar naquele livro, a bíblia, é significativamente grosso, e sua divisão é diferente de qualquer livro que li. Fiquei observando de longe timidamente um Senhor que abria o referido livro do meu lado.
Então o pastor prosseguiu, iniciando a leitura.
- Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.
Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará.
Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?
Aquelas palavras, com aquele significado e contexto eram totalmente novas para mim, "negar a si mesmo", "tomar a cruz", "seguir". Agora o mais estranho nesse contexto era "quem perder a vida por minha causa, este a salvará"?, aquelas palavras eram estranhas para mim, não faziam sentido, eram contraditórias e opostas.
O pastor Adriel prosseguiu...
- Há uma grande necessidade de se falar sobre seguir a Jesus; andar, acompanhar, estar ao lado. E principalmente sobre como, e os passos para fazer isso da maneira correta. Seguir a Jesus exige de nós uma postura, que é apontada no texto que lemos. Isso significa que não se segui Jesus de qualquer maneira, não é só andar com ele, não é só ser adepto de suas ideias ou simplesmente concordar com o que ele diz, apoia e defende. Mas é necessário assumir uma postura, praticar algumas coisas que Ele aqui no versículo vinte e quatro ao vinte e cinco nós ordena. Hoje chamaremos de passos fundamentais para se seguir a Jesus.
O primeiro passo é negar a si mesmo, abrir mão, deixar de lado, abandonar. Muitos podem se perguntar. Como assim? Terei que negar-me, abandonar-me? E a resposta é só uma. Sim, você terá que deixar de fazer suas vontades. Não é sobre deixar de cuidar de si, se abandonar literalmente; mas é sobre não fazer sua vontade, e viver a vontade e princípios de Deus. Temos que sempre nos lembrar que a nossa natureza é inimiga de Deus, não posso seguir a Cristo e fazer o que quero e penso, então, para resolver esse impasse terei que viver como Cristo viveu ("tornando-se obediente até à morte e morte de cruz; Filipenses 2.8").
A resposta está no seguinte exemplo, eu tenho um copo cheio, com suco de acerola.
O pastor Adriel parou por um tempo, olhou com os olhos meio baixos e acrescentou:
- E do agrado da igreja!?
Alguns riram. Então ele continuou:
Só que, eu estou precisando colocar água nesse copo. Para isso, terei que esvaziar ele por completo, para por água. Mateus nove e dezessete nos traz que "ninguém colocaria vinho novo em velhos recipientes de couro. O couro se arrebentaria, deixando vazar o vinho, e os recipientes velhos se estragariam" e que "ninguém remendaria uma roupa velha usando pano novo. O pano rasgaria a roupa, deixando um buraco ainda maior. O exemplo que dei partilha do mesmo princípio, é necessário esvaziar-se, para encher-se.
Assim, não podemos seguir genuinamente a Cristo, se não negar-nos a nós mesmos.
Logo após, Cristo nos chama a tomar nossa cruz e só então segui-lo. Só há vida cristã através de Cristo, "ele é o caminho a verdade e a vida". Se não fosse a morte e sacrifício de Jesus na cruz por cada um de nós presente aqui, o que seria de nossa vida? Ele nos deu a possibilidade de escolha, de andar no caminho correto, da luz, bondade, amor, graça genuína, verdade, paz, e o melhor, de ter a mesma plenitude que Cristo teve enquanto esteve na terra, estar genuinamente inteiro, conectado com nossa essência e com o Espírito de Deus que gera vida abundante em nós, logo, não teremos falta de nada. Temos a possibilidade restaurada por Cristo, de viver seus sonhos e princípios.
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Voo | O chamado
RomanceNós, seres humanos, somos tantas faces e tantas cores. Somos euforia, alegria, determinação, esperança, um oceano de possibilidades. Mas, em alguns tempos também somos revolta, raiva, angústia, medo. O personagem (Darwin Kay) exemplifica bem isso...