𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐍𝐀𝐌𝐄 𝘵𝘰𝘬𝘪𝘰 𝘩𝘰𝘵𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤𝘵𝘪𝘰𝘯
𝐄𝐌 𝟐𝟎𝟎𝟔 ⸻𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐁𝐈𝐋𝐋 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙 passa a frequentar uma loja de CD's e se vê interessado pela funcionária de meio período do local.
⸻𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐃𝐇𝐀𝐑𝐀...
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𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐄𝐈 𝐍𝐎 𝐂𝐇𝐀̃𝐎. Caí da cama no meio da noite pelo simples fato da Dhara se remexer muito enquanto dorme, estava cansado demais pra sequer mover um único músculo quando a queda aconteceu então resolvi permanecer aqui. O que essa desgraçada tem de bonita, tem de espaçosa, vai se foder. Praguejei em pensamento e me pus sentado no chão, piscando um pouco até me acostumar com a claridade do quarto. Merda, que horas são? Por que esse quarto tá com tanta luz...?
Ainda meio cambaleante por conta da sonolência insistente, me levantei e fui até às janelas do meu quarto, fechando as longas cortinas num único puxão. É bom vir pra casa, até consigo me imaginar como uma pessoa "comum" de novo. Se estivéssemos num hotel em turnê, com certeza a câmera de algum dos curiosos acampados na nossa porta teria capturado o simples feito, surtaram em gritos só de ver minha cara de sono por três segundos. Ou talvez eu esteja exagerando... Parece tão egocêntrico pensar assim, apesar de literalmente já ter acontecido. Soltando um suspiro, soltei o tecido fino da cortina e passei a mão na cara, tirando um pouco de cabelo do rosto. Em seguida, caminhei sem pressa até a cama, me sentando na ponta do colchão.
Dhara ainda estava totalmente adormecida, mas não era uma típica expressão serena que estava em seu rosto. Ela estava franzindo as sobrancelhas, como se não estivesse gostando muito do sonho que estava tendo ou algo do tipo. Cuidadosamente, levei a ponta dos meus dedos até sua bochecha, deixando um carinho, antes de começar a tirar os fios de cabelo que estavam caídos sob seus olhos.
Por fim, quando terminei e tentei afastar minha mão, ela a puxou de volta para sua bochecha de forma possessiva, lentamente abrindo os olhos.
- Bom dia, raio de sol. - Sussurrei e sorri pra ela, mas Dhara permaneceu com as sobrancelhas franzidas. Seus olhos estavam em mim, mas ao mesmo tempo, curiosamente, não parecia que ela estava realmente olhando pra mim.
- ...Bom dia o caralho... - A loira resmungou ainda de expressão fechada e virou de lado na cama, puxando minha mão junto.
Simplesmente não a impedi, então fiquei ali, todo torto, mas não tive coragem de puxar minha mão de volta de imediato. Em segundos, senti o calor de sua bochecha esquentando minha mão, geralmente gelada.
- Amo quando quando você acorda assim, tão doce. - cantarolei em tom irônico, sentindo seu aperto em minha mão afrouxar um pouco.
É, ela caiu no sono de novo em segundos, como mágica. Pensei e cuidadosamente puxei minha mão de volta. Amaciando meu pulso enquanto olhava pra ela. Bom, pelo menos ela não tá mais com cara de tão puta agora. Descansei minhas mãos no colo e foi quando ouvi um toque familiar, um celular tocando. Meus olhos imediatamente correram até minha cômoda e eu peguei o celular. "Número desconhecido". Franzi o cenho ao ler, mas sem pensar muito, simplesmente cliquei para atender, levando o aparelho até minha orelha.
