Salvation ● Pedro Guilherme

forty eight ● 48

-- você esta reclamando de quê mesmo? pelo o que eu saiba o cabelo é meu, então. -- Rose questionou Yuri Alberto e quase, juro foi quase, eu não calei a boca dela por me fazer passar vergonha

-- eu apenas disse que é muito grande e só acho que deva cortar, só isso.

-- só isso? -- ela questionou arqueando a sobrancelha indignada

-- mulher, para de dar chilique -- Yuri disse e sentir pena dele ao ver a expressão de brava no rosto da ruiva

-- chilique? -- voltou a questionar indignada

-- sim, chilique -- o corintiano deu de ombros -- apenas dei minha opinião.

-- acontece que ninguém aqui pediu a sua opinião. -- Rose retrucou rapidamente tirando seus óculos escuros da blusa e colocando nos seus olhos e o moreno sorriu divertido descendo seus olhos de cima a baixo para ela -- ei! não me olhe assim.

-- assim como?

-- você sabe como

-- não, não sei. -- ele disse curioso e engraçadinho ao mesmo tempo, rolo os olhos sem paciência para os dois e sinto uma sensação de Déjà Vu com Mika e Gerson, o que acaba me arrancando uma risada sincera e os olhares confusos de alguns que estavam ao redor. -- pelo visto não é so a ruivinha que é maluca -- disse o jogador olhado dentro dos meus olhos

-- é o que? -- perguntei furiosa

-- eu maluca? ruivinha? que intimidade é essa?

-- meninas, já chega né -- Luciana disse se intrometendo ao lado de Cezar que claramente implorava por mais discursão já que ele amava uma fofoca -- vamos embora já desse aeroporto.

-- passar bem! -- Rose disse arrumando a postura e os óculos em direção do jogador

-- nos vemos por ai ruivinha. -- ele disse alto pelo fato de já estarmos longe

-- eu maluca? -- perguntei aos meus colegas insatisfeita com o comentário

-- Bella, nem liga para isso -- Cezar disse passando o braço ao redor do meu pescoço -- ele é um gato viu, pena que é hetero. -- ele se lamentou jogando sua cabeça no meu ombro

-- ele é um babaca isso sim -- Rose disse brava

-- pessoal a gente vai pedir uber ou pegar os taxis que ficam por aqui mesmo -- Luciana perguntou mudando de assunto

-- acho mais fácil pegar os taxis daqui mesmo -- falei encarando aquela multidão de carros em frente ao local

--o que vamos fazer amanha? -- Cezar perguntou enquanto Rose conversava com o motorista

-- trabalho?! -- Luciana questionou o obvio e rir baixo vendo a careta do outro

-- a gente devia explorar um pouco essa cidade, deve ser uma maravilha -- ele disse puxando a mala até a porta-malas do carro

-- é realmente maravilhosa

--eu não entendo o porque de você ter contestado tanto vir para aqui

-- é complicado -- disse entrando dentro do taxi -- vai ficar quanto a viagem? -- sussurrei a pergunta no ouvido de minha amiga

-- cinquenta e oito reais, cada um paga quatorze e cinquenta centavos -- ela disse para todos ouvirem e concordamos

-- a gente podia ir em uma baladinha hoje a noite não é? -- Cezar voltou a dizer esperançoso de uma resposta positiva e rir de sua carinha de cachorro abandonado

-- eu não vou, estou muito cansada -- Luciana disse se jogando para trás

-- concordo com ela

-- eu também -- Rose disse apoiando sua cabeça no meu peito

-- oxente, ave maria também viu -- ele reclamou e rir de sua reação e mandei um beijo no ar -- que tal amanha?

-- amanha vamos trabalhar até tarde -- Luciana disse bufando e revirando os olhos cansada do assunto

-- depois de amanha?

-- vamos trabalhar a semana inteira, Cezar. -- dessa vez foi eu quem disse me jogando para trás

-- no final de semana, então?

-- domingo? -- Luciana perguntou colocando o corpo para frente

-- eu não tô afim em dia nenhum --a ruiva disse brincando com as pontas de seus cabelos

-- domingo não posso, meus amigos inventaram de fazer um churras em comemoração da minha volta. -- falei me sentindo nervoso e com medo

medo de lá estar ele.

Pedro

-- a gente pode ir? -- Cezar perguntou com os olhos brilhando

-- até que é uma boa ideia -- falei pensativa