Capítulo 14

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Pov Helena.

Depois que Júlia saiu da minha casa voltei pra falar com Gustavo. Acabamos discutindo e por fim ele disse que ia embora.

G - Não fale besteira, vai terminar nosso namoro por causa daquela sem futuro?

- Olha o jeito que você fala dela Gustavo! Você tá achando que pode agir dessa forma baseado em quê? _ pergunto revirando os olhos - E a gente nem namora, você é louco.

G - Não seja por isso _ fala se ajoelhando - Quer namorar comigo? _ pergunta segurando minha mão.

- Isso não pode ser possível _ falo massageando as têmporas - Sai da minha casa por favor.

G - Só saio se você for mais tarde no restaurante pra gente conversar _ fala, me fazendo respirar fundo, onde eu fui me meter?

- Eu vou, agora sai daqui.

G - Obrigado _ diz me roubando um selinho e saindo da minha casa.

Coloco a mão no rosto e respiro fundo, me lembrando de Júlia.

Pego meu celular e disco o número dela, tentando ligar, mas deu na caixa postal. Tentei mais algumas vezes mas nenhuma deu certo.

Vendo que não estava dando certo ligar pra ela guardo o celular e subo pro meu quarto, indo tomar um banho pra esfriar a cabeça.

40 minutos depois saio com a toalha pelo quarto procurando uma roupa pra vestir e decido ver se já dava pra ligar pra Ju, mas continuava caindo na caixa postal.

Eu deveria ter falado alguma coisa, ela pode estar pensando que eu não me importo, mas eu me importo até demais...E ela não é como nenhuma outra aluna que já tive em todos meus anos dando aula. E agora Gustavo tinha enchido a cabeça dela com um monte de bobagens. Eu precisava acabar o que tinha com ele logo, não ia ficar com alguém como ele jamais.

Troco de roupa e pego meu carro, indo em direção ao restaurante, e ao chegar lá procuro por Gustavo. A moça da recepção disse que ele estaria numa salinha próximo à cozinha e me deixou lá na porta, e assim que abri vi a cena mais nojenta de toda a minha vida. Ele ao me ver ali veio correndo até mim.

G - Eu posso explicar _ diz segurando em meu braço.

- Me larga, a gente não tem nada mesmo. _ falo saindo dali apressada.

G - Eu esperei tanto tempo pra ter algo com você _ diz vindo atrás de mim.

- E quando a gente começa a ter algo você faz duas merdas em 1 só dia _ falo irônica.

G - Foi mais forte que eu, mas não vai mais acontecer, eu juro.

- Vai ver se eu tô na esquina, seu babaca _ vejo a expressão dele mudar para raiva em instantes. - Pensei que você fosse mais inteligente, me chama pra vir aqui e fica transando com qualquer uma.

G - Olha aqui...

- O quê? Vai falar um monte de merda pra mim também? Eu quero que se foda! _ falo destrancando a porta do meu carro e saindo dali o mais rápido possível, não queria nunca mais olhar pra cara dele.

Ligo o rádio e vejo que estava tocando "Quando bate aquela saudade" sinto meus olhos marejarem, desde a aula dinâmica que fiz dupla com Júlia essa música me lembrava dela.

Eu precisava me afastar, mas não conseguia. Sempre acabava cedendo à aquele sorriso que ela tinha, era mais forte que eu.

Dirijo até a casa da minha única amiga. Eliza e eu éramos amigas desde a barriga de nossas mães, por elas serem amigas desde crianças acabamos convivendo juntas também.

Chego no apartamento dela e como o porteiro já me conhecia me deixou passar, apenas avisou para que ela deixasse a porta aberta.

Cheguei no apartamento dela e contei tudo o que tinha acontecido, estava deitada em seu colo chorando feito uma criança.

- Eu juro que não sei mais o que fazer.

E - Você precisa decidir algo, se vai querer tentar algo ou apenas esquecer tudo isso, fingindo que não sente nada.

- Não posso simplesmente ficar com ela, somos professora e aluna, é muito mais complicado do que tudo, e não sei se ela sente o mesmo em relação à mim, não teriam motivos para sentir...

E - Pelas coisas que você contou é óbvio que ela sente, e eu já falei pra você parar com isso, o seu único defeito é achar que alguém não te amaria do jeito que você é.

- Você sabe o que aconteceu no passado, não quero que isso aconteça de novo _ falo me sentando.

E - Você tem que dar chance para amar novamente.

- Já te disse, somos...

E - Aluna e professora, eu sei, mas também sei que são maiores de 18 anos, e são pessoas maduras.

- Queria que todos pensassem dessa forma. _ digo limpando meu rosto com as mãos.

E - O que você tem que fazer agora é falar com ela sobre o que aconteceu na sua casa, para que vocês se acertem. E sobre seus sentimentos, você o que irá fazer depois. _ diz, me dando um abraço apertado, era tudo que eu mais precisava naquele momento.

Passei o resto da tarde ali com ela, e acabei dormindo por lá também.

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Adaptei o nome!

Fúria do amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora