Inverno de Jeon • [ Jikook ] ❄️

Sleep Weel - XI

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Eles se levantaram e foram correndo para o outro lado, onde aparentemente era os campos. Jimin parecia estar recuando ir junto, mas Jin o puxou junto, me senti meio culpado.

Começava a escurecer, busquei envolta alguns gravetos e acendi a fogueira. Tomei todo o cuidado de fazer um círculo de pedras e ver a direção do vento para não termos problemas.

"Quem diria que livros de romance me ensinaram isso?"

Ri do meu próprio pensamento.

Fiquei lendo por mais um tempo, até sentir fome.

Tínhamos algumas salchichas, as peguei e coloquei com água para cozinhar. Fiz um molho com elas. Deixei elas prontas e fui no banheiro me banhar.

Quando sai os meninos estavam voltando, mas ao invés deles tomarem banho no chuveiro, decidiram pegar as lanternas e tomar banho na cachoeira. Segundo HoSeok e Yoongi, essa era a essência do acampamento.

Depois que eles voltaram, nós jantamos as salsicha com molho e pão. Geralmente eu não comia esse tipo de comida, acho que por isso meu estômago revirou no decorrer da noite.

Mais tarde foi a hora dos marshmallows, alguém surpreso? Acredito que não.

Ficamos até tarde conversando. Quando decidimos dormir, todos ajudaram a guardar as coisas e depois nos deitamos.

Jimin parecia uma pedra ao meu lado, nem sequer tentou me abraçar alguma vez.

— Tá cansando? — Me virei o olhando, apenas uma luz fraca emanada de fora da barraca iluminava seu rosto.

— Estou... Eles me quebraram no basquete...

— Tadinho do neném — Passei a mão em seu rosto.

Ele fez bico.

— O que foi? — Susurrei.

— Beijinho — Ele sorriu de canto — Só um — Ele fez sinal com o dedo.

— Só um — Respondi tentando não parecer temeroso.

Seu sorriso iluminou, ele entrelaçou nossos dedos.

— Eu estava brincando — Ele me deitou e colocou sua cabeça encaixada no meu ombro, pude sentir sua respiração batendo no meu ouvido.

— Eu sei que você quer...

— Que bom que sabe.

Não demorou muito e notei sua respiração pesada, ele estava dormindo. Pela primeira vez fiquei a noite em claro dormindo com ele.

Os pensamentos foram embora, eu só escutava sua respiração e o som dá cachoeira.

Adormeci já amanhecendo, acordei extremamente tarde como resultado.

— Oi amor — Ele passou a mão tirando o cabelo do meu rosto.

— Oi, que horas são.

— Meia tarde.

Arregalei meus olhos.

— Tudo bem?

— Tudo, desculpa acordar tarde. Passei a noite acordado.

— Porque não me chamou? Ficaria conversando contigo.

— Você dormiu em dois segundos.

Ele riu.

— Quer comer — Ele me ajudou a sair da barraca.

— Quero.

— Guardei um prato com o almoço pra você, deve estar frio.

— Tudo bem, não ligo — A fome que eu estava, era possível comer um boi inteiro.

Ele me encarava sentado na minha frente.

— Porque você fica me olhando comendo? É estranho — Limpei minha boca.

— Eu fico feliz, eu fiquei muito preocupado quando notei que você não comia.

— Isso já passou.

— Mas você pode ter recaída.

— Faz tanto tempo, nem eu me lembro disso direito.

— Hmm... — Ele balbuciou algumas coisas, mas não entendi absolutamente nada.

— Cadê os meninos?

— Estão na cachoeira.

— Só você ficou aqui?

— Sim, você estava dormindo, decidi ficar cuidando.

Senti meu coração ficando quentinho.

— Então vamos na cachoeira daqui a pouco — Enfiei uma colherada de arroz na minha boca.

— Não, você não pode entrar na água logo após comer, pode fazer mal.

Chacoalhei a cabeça em negação.

— Vamos esperar o seu estômago trabalhar ai vamos lá — Ele ordenou estreitando os olhos

— ok.

Não tive escolha a não ser esperar ele supostamente me permitir ir na cachoeira, me senti uma criança pequena esperando a autorização do pai.

Depois de tamanho sofrimento, fomos na cachoeira. Me fizeram dar bons goles de água, mesmo eu sabendo nadar.

"Cachoeira e sete adolescentes é um prato cheio para uma tragédia"

Depois de me hidratar, sem querer, eu não entrei mais na água.

Segunda foi a mesma coisa dos dias anteriores, comemos e depois íamos na cachoeira ou jogar nos campos. Geralmente eu ficava lendo enquanto eles jogavam.

Terça ao entardecer voltaríamos para casa, então aproveitamos no limite. Pela primeira vez no acampamento eu fui o primeiro a acordar.

Ainda estava escuro, mas o céu já dava sinais claros da manhã que chegaria. Abri uma cadeira de praia perto da casinha iluminada e fiquei lendo meu livro.

Podem pensar "nossa, ele é obcecado em ler", vocês estariam lendo isso se não fossem como eu?

Continua...

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