Sua resposta foi um abraço, um forte abraço. Sua mão afagou minhas costas, eu podia sentir seu coração acelerado, entre os tecidos, latejar na minha pele.
De repente o medo sumiu, o anseio passou. O abracei de volta e pude sentir seu cheiro, o seu calor, o seu toque, as coisas pelas quais eu supliquei a Deus e outras divindades para me devolverem. Eu mal podia respirar choroso, eu não sabia o quanto doía aquela saudade...
— Jimin... — O chamei gaguejando.
— Tá tudo bem — Ele subiu sua mão pelo meu pescoço e massageou minha nuca — Respira devagar.
Como eu ia respirar devagar enquanto um grito queria estourar meu peito? Ele sabia o quanto eu esperei? Depois de tantos anos eu me desenganei em o rever, eu tentei viver, mas agora ele estava ali, eu não posso perder ele de novo.
Permanecemos abraçados até ele garantir que eu havia parado de chorar, um bom choro que molhou todo o seu ombro.
— Você vai manter contato comigo, você salvou meu número né? Me passa o número do seu irmão ou da sua mãe! — Eu me atrapalhei todo falando, pareci uma corrida onde eu era meu próprio oponente.
— Devagar, não precisa se acelerar todo — Ele sussurrou se afastando do abraço.
Seus olhos estavam vermelhos, então notei que ele havia segurado tudo para ele, apenas isso me fez ficar quieto. Eu me senti insuficiente, incompetente, como eu podia ter um chilique na frente dele, mesmo sabendo que não foi uma opção dele partir, ele provavelmente ficou pior que eu, talvez até se culpava pelo ocorrido...
— Você não pode ficar aqui? Tem espaço suficiente na minha casa, se o problema é dividir o quarto, eu posso decorar o quarto de hóspedes, a gente tem até o quintal atrás se você gosta de mais natureza!
— Eu também tenho uma casa.
— Mas...
— Desculpe atrapalhar os pombinhos, mas a Hyuna quer usar o banheiro — Haydée aviso já dentro da sala.
Nos viramos de maneira involuntária. Era como se ainda fossemos criança, depois de termos assistido um filme de terror a noite e um barulho ecoou pela casa.
Jimin e eu caímos na risada, grande parte do susto e do nervosismo de termos sidos pego em um momento íntimo e vulnerável de ambos. As lágrimas ainda tinham presença húmeda em meu rosto, mas Haydée não perguntou sobre.
— Vou tomar meu banho... — Tocou meu ombro com uma breve massagem.
— Pode usar o chuveiro do meu quarto — Sorri.
Me joguei no sofá assim que ele sumiu dá minha visão, pude recuperar meu fôlego, meu corpo fervia pelo pico emocional que passei segundos atrás.
— Você está bem? Vocês estão?
— Estou sim.
— Por que está se abanando então?
— Meu corpo tá muito quente — Eu só notei o movimento quando ela havia perguntado.
— Febre?
— Ansiedade.
Ela permaneceu em silêncio após notar minha falta de vontade em responder, se sentou ao meu lado e ficou no celular. Do outro lado estava eu, cutucando minhas cutículas até doerem.
— Voltei! — Hyuna anunciou aparecendo em minha.
— Oi, sentiu saudades do papai? — Abri os braços.
— Claro! — Me abraçou e já se soltou novamente — Onde está o tio? Quero abraçar ele também.
— Traidora, já está me trocando assim? — A olhei de boca aberta.
— Foi tomar banho, filha — Haydée avisou, acenando para a pequena subir no seu colo — Vamos esperar.
— Está bem, mamãe.
O suposto foi a longa viagem, fofocando com jimin, até a casa de Hobi. Eu não sabia com quem eu me senti traído, com Hyuna por sentir mais falta do loiro do que jimin ou se com o loiro, pois em vez de se sentar comigo na frente, optou por se sentar com ela atrás.
— Todos vocês, traidores — Murmurei estacionando o carro em frente a cafeteira.
— Que absurdo — Jimin cochichou bem audível com a pequena.
— Ele é sempre dramático assim — Haydée avisou.
— Eita — Ele virou seus olhos apressados para a mulher — Primeira vez que te escuto falando em coreano.
— Je ne parle plus non plus — Pegou sua bolsa e caminhou na nossa frente.
Jimin me olhou pedindo uma explicação.
— Traîtres — Respondi me juntando a Haydée, os deixando para trás.
— Eu não sou um traidor! — Pude ouvi ele reclamando depois de pedir tradução para Hyuna.
Não consegui evitar rir anasalado.
— Boiola apaixonado, eca — Haydée me cutucou sorrindo.
— Quem? — Me fiz de bobo.
— Vocês — Seu indicador rodou sobre mim e depois apontou para a fachada da casa do meu primo.
A cena que vi me deixou totalmente chocado. Hoseok estava sentado na mesinha da área externa, enquanto Yoongi lia um livro em seu colo.
Haydée e eu nos encaramos. Avisando, de maneira mímica, para os que estavam atrás fazerem silêncio para que os dois não nos notassem.
Nos aproximamos pisando levemente, até que a distância fosse suficiente para gritar algo aleatório, os assustando.
— Três pragas e uma pestinha — Yoongi nos apontou de cara fechadas.
— Estragamos o romance do conto de fadas? — Jimin cruzou minha frente, chegando em seu irmão.
— Sai pra lá seu coisa.
— Nem para me contar né — Jimin posicionou suas mãos como garras e avançou no irmão.
Um ataque de cócegas começou, Yoongi correu adentrando a casa, Jimin foi atrás e ambos sumiram da nossa visão. Só os gritos e xingamentos de desespero de Yoongi eram audível, nos fazendo rir
CONTINUA
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Inverno de Jeon • [ Jikook ] ❄️
RomansaA vida do pintor JK é muito mais que aquelas telas leiloadas e seu supostos talentos artísticos. Jeon decidiu trazer sua adolescência para o mundo em cada letra de um novo livro, para assim, nunca se esquecer do cara que o ensinou o que era amar nos...