Atlantis - II

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— HoSeok! — Exclamei com o resto do ar de meus pulmões.

— Hey! — Ele se aproximou — O que aconteceu?

— Eu esqueci que você estaria na estação, então peguei um táxi e tivemos que correr até aqui porque paramos longe — Ri da minha infame escolha.

— Vejo pelo estado de vocês. Ela é a Haydée? — Ele intercalou seus olhos.

— Sim.

— Oh, Hello Haydée — Ele a cumprimentou com reverência.

— Hi Hobi, how are you?

— I'm fine, and you?

— I'm fine too.

Ela abriu um sorriso carinhoso a ele.

— Vamos para casa? — HoSeok me chamou.

— Vamos — Concordei cordialmente.

Ele entrou em uma cafeteria e se dirigiu a um porta mais ao fundo, nos acenando para seguir ele.

— Vejo que não fui só eu que realizei meu sonho.

Ele apenas deu uma risadinha virando as costas para mim.

— Fiquem a vontade na minha humilde residência.

— Bem humilde em, me sinto em um hotel cinco estrelas — Coloquei nossas malas ao lado do sofá.

— Vejo que teremos que ensinar coreano para ela — Ele aprontou com o nariz para Haydée.

— Ela sabe algumas frases, mas tem vergonha de falar.

— Quanto ela sabe? — Ele questionou.

— Básico do básico, se largar sozinha, ela definha na fome.

— Coitada — Ele gargalhou — Mas, enfim, eu só tenho um quarto com cama de casal para visitas, vocês se importam em dormirem juntos?

— Isso é o de menos, estamos acostumados.

— Certo, vou preparar comida pra vocês, querem?

— Eu aceito. Haydée? Tu veux manger?

— Oui.

— Ela também quer.

— Vejo que teremos um intérprete em casa — Ele riu dá sua própria frase.

— Ela disse o mesmo mais cedo — Ri apontando para a Haydée.

A mesma me repreendeu com o olhar por não entender nada.

Estreitei o nariz em sinal que não era nada importante.

Os vínculos com Hoseok eram os mesmos desde a infância, embora foram mais de dez anos longe, a tecnologia tinha avançado e os celulares nos deram a  oportunidade de permanecer colados como sempre.

Depois de fugir do holofotes vindo para a Coréia, decidi usar meu dinheiro e planejar uma casa.
Haydée moraria comigo até meu suposto hiatus passar, acho que ela também queria fugir da vida na França e recomeçar.

— Então, como o senhor Jeon deseja a casa? — O arquiteto me chamou.

Todos meus anos falando em público nunca me preparar para esse momento, estava tão nervoso imaginando uma casa confortável o suficiente.

— Hmm, três quartos... Quatro! Eu acho que vou receber bastante visitas — Ri disfarçando a gagueira — Dois banheiros. Será que devo ter uma sala? Não assisto televisão... Haydée? Chérie, notre maison devrait-elle avoir un salon?

— Nous ne regardons pas la télévision, mais je suppose qu'une maison n'est pas une maison sans cette pièce, n'est-ce pas ?

— Tu as raison! — Olhei para o arquiteto novamente — Sim, vamos ter um sala, mas não muito grande.

— Certo.

— Quero uma cozinha bem espaçosa... Uma área externa com a vista do oceano e com espaço para redes. Lavandería e um quartinho para depósito... Eu falei que quero closet embutido em dois quartos? Sim, amo closet... Estou esquecendo de algo?

Foi uma longa conversa, achei que era apenas chegar e dizer os cômodos. Um engano, mas o cansaço valeria a pena.

Não demorou muito após fechar negócios, a planta da casa foi criada rápida e passada pela aprovação. Logo encaminharam para os construtores.

O prazo foi de dois anos para a conclusão, mas subi o preço da mão de obra se fosse entregada em um ano.

— Daremos o nosso melhor senhor Jeon, obrigado por confiar em nossos serviços!

— Foi um prazer — Desliguei a ligação e me deitei no sofá da casa de Hoseok. A mesma casa que eu habitava fazia um ano e pouco, segundo meus cálculos de fuga da França.

— Levanta essa bunda daí, seu folgado! — Hoseok gritava aparecendo na sala — Vem me ajudar no café!

— Aquela cafeteria vira poeira sem mim, trabalho igual os escravo na época ocupação japonesa!!

— Meu escravo não estaria morando em minha casa, comendo da minha melhor comida... — Seu olhar lateral me julgava.

— Certo, espero que meu avental esteja limpo pelo menos — Saltitei pela porta até o estabelecimento.

Embora nunca tivesse trabalhado no caixa ou atendente, assim evitando ser visto por toda aquela multidão. Estava muito feliz com meu trabalho na cozinha, era calmo.

— Você está queimando a panqueca americana, seu filhote de satanás!! — Hoseok gritou entrando pela porta fazendo um barulho estrondoso.

Paz...

— Amo como sou amado aqui, denunciar você por maus trato...

— De animais? Só se for, seu jumento.

— Oh rapaz — Ameacei apontando com a espátula em sua direção.

— Apenas humor, meu jovem rapaz.

O telefone em meu bolso tocou.

— Primo, toca aqui — Entreguei a espátula a ele.

— Certo.

Peguei meu celular saindo pela porta dos fundos.

— Alô?

— Oi filho.

— Oi tia! Que saudades!

— Saudades digo eu, seu pirralho. Você e Hoseok nem vem me ver mais.

— Ele tem me feito de escravo! Mas esse mês temos que ir até a fornecedora de Gwanju ver coisas para a cafeteira, vou ver com ele de passarmos aí!

— Fico feliz, me avisem o dia para eu preparar uma refeição bem deliciosa.

— Te aviso sim, mãe! Tenho que desligar agora, estamos abertos já!

— Nem é uma dá tarde ainda!

—  estamos aproveitando o fluxo de clientes, beijo tia!!

Desliguei o celular olhando pelo vão do teto para o céu cinza, por que ninguém me avisou que em Mokpo chovia tanto antes de eu vir para cá?

Chacoalhei a cabeça para dispersar o sorri e voltei ao serviço.

Continua...

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⭐⭐⭐⭐⭐

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Inverno de Jeon      • [ Jikook ] ❄️Onde histórias criam vida. Descubra agora