Inverno de Jeon • [ Jikook ] ❄️

Sleep Weel - II

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- Ele não tá em casa.

- Não?

- Ele saiu com um menino antes, até me chamou para ir junto.

- Namorado?

- Quem sabe? Desde a última vez que você veio aqui ele não falou mais nada sobre você - Ele se deitou no sofá, pousando sua cabeça em mei colo.

- Entendo.

- E você como tá em relação a isso?

- Isso?

- Sua homofobia burrinho.

- Tenho melhorado bastante...

- Que bom, saiba que eu te apoio!

- Tá me chamando de gay?

- Tô!

Comecei a rir

- Claro, claro. Todo apoio é bem vindo.

- Falando nisso, descobri que aqui na cidade tem uma balada que tem festas LGBT no sábado.

- Sério?

- Aham! Ela fica mais afasta, indo em direção as montanhas, é bem bonita, pena que só maior de idade anos possam entrar.

- O que tu quer fazer em uma balada gay nessa idade menino?

- Pegar gente, é o futuro primo.

- Vou contar pro Yoongi.

- Ja falei que não estamos juntos, o combinado era a gente se pegar e pegar outros, vem com essa não.

- Que bagunça, saudades de antigamente, não tinha essa putaria - Falei de maneira irônica.

- Vamos dar um caminhada?

- Vamos!

E fomos mesmo, caminhamos até a padaria e voltamos, padaria qual estava a duas quadras de distância.

- Cansei - Ele se apoiou no portão como se estivesse quase morrendo.

- Que drama.

- Faz pouco caso do meu sofrimento!

- Jamais! Entra, entra! - O empurrei.

Antes de eu entrar vi o portão da casa de Jimin abrindo, um garoto alto de cabelos negros saiu de dentro, o sorriso malicioso dele me revirou o estômago. Ele colocou suas mãos no bolso da calça e continuou seu caminho até virar na esquina e sumir da minha visão, nem sequer se importou com o portão escarrado da casa que havia saído.

"Um espiadinha não faria mal né?"

HoSeok poderia me esperar, me aproximei ao portão e passei ao lado de dentro, um silêncio intenso dentro da casa que só emitia sinal de pessoa dentro pela luz ligada.

Observei pela janela, mas não havia ninguém na parte de baixo. Até me questionei se o garoto que saiu havia ido mesmo embora ou voltaria logo, tentei elevar minha visão ao cômodo lá no fundo, a cozinha da casa.

Jurei que vi uma sombra, milésimos de segundo, porem vi. Entrar não era uma opção, então me virei para sair, dei passos silenciosos até o portão.

Quando passei pelo portão dei de cara com o pai de Jimin, ombros largos e postura confiante, chegava a botar medo em qualquer um.

Lembro que ele trabalha em outra cidade e só volta sexta a tarde para casa, saindo pela madrugada na segunda, poucas vezes o vejo nas férias.