Inverno de Jeon • [ Jikook ] ❄️

Strange - V

— Chegamos — Hoseok avisou adentrando a casa.

— Obrigado. Ótima ideia você me abandonar aqui, né, seu cretino — Apontei para meu irmão.

— Não mandei você dormir e outra, deveria era me agradecer por ser um ótimo irmão e expulsar Hoseok da própria casa.

— Aí, quanta lenga lenga, bando de mimizentos — A pequena garotinha entrou colocando ordem.

— Caraca — Me escapou com a boca entreaberta

— Ela tem entre quatro e quarenta — Jungkook riu a chamando para o colo.

— Oi titio... — Ela olhou para mim do colo do seu papai ao meu lado no sofá.

— Oi pequena — Sorri meigo.

— O titio tá melhor? Ontem passou mal — Ela fez bico.

— Estou sim, foi apenas um mal estar.

— Pai, vamos levar o tio conhecer nossa casa! — Ela brincou com as bochechas de JungKook — Quero mostrar meu quartinho para ele.

— Vamos sim, meu amor. Não é Tio? — Jungkook deitou sua cabeça para atrás e sorriu com ar sarcástico para o teto.

— Se prepara Jimin, você não vai imaginar o que te aguarda — Hoseok gargalhou indo para a cozinha.

— O que é? — Olhei para Yoongi buscando uma resposta.

— É segredo — Ela tinha uma voz sapeca.

— Tal pai, tal filha — Yoongi deu de ombro e foi atrás de Hoseok, sumindo da minha vista.

Fiquei perdido no assunto enquanto via a pequena brincando ao meu lado com seu pai, até jungkook avisar que ao banheiro, a menina se virou em pé para mim depois da saída do seu pai.

— Tio?

— Oi, pequena — Me sentei adequadamente para ficar mais próximo dela.

— Colo?

— Que? Quer meu colo? Eu nunca peguei uma criança...

Ela subiu sem mais nem menos e começou a me explicar sobre sua casa, o quão fabulosa e grande ela era, talvez por ela ser minúscula o tamanho do lugar era triplicado ma sua visão. Quando notei já estava rindo dela falando que estava nervosa porque iria entrar na escolinha no próximo ano, mas não gostava de criança porque eram todas bobas e chatas e provavelmente não teria amiguinhos.

— É verdade tio — Ela murmurou de braços cruzados.

— Eu sei que é — Falei enquanto controlava uma gargalhada.

— Papai, porque está ai parado olhando a gente?

— Sua fofoqueira, não era para ter falando — Ele se aproximou a fazendo cócegas como castigo.

Ela se contorcia no meu corpo e eu me divertia com as risadas de desespero dela. De repente tudo ficou quieto e notei os dois me observando.

— Guerra de cócegas contra o tio! — Ela deu um gritinho e os dois começaram a me sufocar de desespero.

— Não, não! — Não sabia se ria ou chorava pela sensação.

— Você se rende? — Ela soou como uma ameaça

— Eu me rendo, eu me rendo! — Ergui as mãos com o resto das minhas forças.

— Você está satisfeito com isso, capitão pai? — Ela o olhou.

— Acho que não foi o suficiente, capitã.

O joguei um olhar estreio e cheio de ódio.

— Acho que foi o suficiente sim, capitã!