Capítulo 11 - Essa mulher é um acontecimento!

177 19 0
                                    

Bella

— Puta que pariu! — Vero exclamou parecendo abismada, olhando alguma coisa pela janela de vidro do chão ao teto atrás de mim, que dava para o estacionamento do restaurante.

Finalmente chegou o dia do tal almoço e nós duas estávamos esperando pela Lexa em um restaurante que ficava não muito longe do Roni's e que também era as margens do Lago e mesmo que hoje estivesse chovendo, ainda era uma vista muito bonita.

— Essa mulher é um acontecimento, Branquela! Meu Deus, eu não tenho mais certeza se sou hétero vendo isso. — A morena parecia hipnotizada.

Não entendi seu estado até me virar para contemplar o que estava acontecendo e tive que me controlar para não ficar de queixo caído com o que encontrei. O tempo parecia passar em câmera lenta enquanto a Lexa trancava o Porsche, antes de começar a caminhar em direção a entrada do restaurante elegantemente, trajando um terno azul-marinho e segurando um guarda-chuva negro. Nós assistimos extasiadas como o ambiente pareceu passar a existir para ela desde o momento em que ela adentrou o interior do restaurante e foi encaminhada para nossa mesa.

— Hey! Desculpa a demora, eu peguei um engarrafamento por conta dessa chuva — nos informou enquanto tirava o paletó e o colocou na cadeira dela, antes de se voltar para a Baixinha. — Acho que já te vi algumas vezes na companhia da Bella e acho que na faculdade da Luíza também, mas nunca fomos devidamente apresentadas. Muito prazer, Alejandra Rivera! — A Vero se levantou e as duas trocaram um aperto de mão, trocando sorrisos educados.

Ainda não entendo de onde ela tirou esse nome, porque até onde eu sei o nome dela é Maria Helena Rivera Alves.

— Verônica Fernandes, e o prazer é meu! — a Baixinha disse enquanto as duas se sentavam. — Mas pode me chamar de Vero.

— Sendo assim, me chame de Lexa, por favor. — A Baixinha assentiu e a outra olhou para mim. — Oi Bella, tudo bem? — Foi a minha vez de assentir em resposta. — Vocês já pediram? — chamou discretamente um garçon já de idade que estava por ali.

— Não, a gente estava esperando você chegar — respondi.

— Olá Maria, já faz algum tempo desde que você passou por aqui. Como você está? — um senhor a cumprimentou cortês ao se aproximar e percebi que ele não era um garçon.

Mas minha atenção estava no fato de que ele a chamou de Maria e não Alejandra.

Será que ele a conhecia de antes?

— Estou bem, e por favor José, já te falei para me chamar de Lexa — A Infeliz pediu e o senhor sorriu assentindo. — E como estão você, a Ester e os meninos?

— Bem. O Heitor pediu a Fernanda em casamento no mês passado... — A morena sorriu genuína e surpresa com a informação. — E o Arthur você conhece, sempre em uma nova empreitada e aventura pelo mundo. Na semana passada ele estava na Irlanda, quando conversamos, agora eu não tenho mais certeza. — Ambos trocaram sorrisos conhecedores. — E a Ester está aí hoje, se você quiser falar com ela.

— Claro. Quando estiver saindo, eu passo lá na cozinha rapidinho pra não atrapalhar ela. — O homem assentiu. — E pode falar pro Heitor que eu vou fazer as fotos do casamento dele e que eu não aceito não como resposta.

— Pode deixar — respondeu divertido. — E como está sua família? Eu só tenho notícias da Luíza, que passou aqui há umas três semanas para almoçar.

— Estão todos bem. A Sara acabou de voltar da viagem de lua de mel dela e já roubou meu filho novamente. — O senhor riu da frase da morena. — O Luiz tá trabalhando no Roni's e fazendo sabe-se Deus o que mais e, hum... e o meu pai continua na mesma.

Galáxias AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora