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Depois que Hanma foi embora, eu recebi uma visita que eu não estava esperando. Papai estava parado na minha porta com seus óculos e uma expressão irritada.
— Bom ve-lo — Sorrio mas meu sorriso se desfaz com o tapa que eu recebo, o senhor Tachibana me deu o meu primeiro tapa, desde que me adotou.
— Sua irmã, quase foi atropelada, e você está aqui de pijama? — ele diz — Hina esta chorando assustada no hospital, e você aqui!
Meu tempo parou, não tive reação, o olhar de desprezo, a forma que ele me olhava com nojo, como se eu tivesse cometido o pior dos crimes no mundo.
— Eu não sabia — murmuro e ele coloca a sua mão no meu ombro apertando com o polegar, as bandagens se tornam vermelhas, posso sentir os pontos sendo abertos com esse gesto e seguro a dor.
— Acha que só por que recebeu um tiro, pode simplesmente ignorar o resto? — ele me olha — eu não te tirei daquele asilo e dei roupa e comida apenas para que você viva confortávelmente.
— então por que me trouxe para dentro da sua casa? — murmuro e ele me encara com ainda mais raiva
— Vá ver a Hina — ele ordenou
— Não! — digo
— O que? Você disse não? — papai me olhou e me segurou pelo pescoço.
— Ficou surdo senhor Tachibana? — murmuro e sinto sua mão fechar em volta do meu pescoço.
— Ukiyo, acho que esqueci... — Hanma diz mas para ficando completamente sombrio — agora eu entendo por que você pergunta se vamos te matar.
— se envolvendo com má influência — O senhor Tachibana diz
— poderia soltar ela? Sabe ela é uma paciente vítima de um tiro — Hanma sorriu, mas seu sorriso era assustador.
— MINHA FILHA ESTA NO HOSPITAL POR ATROPELAMENTO — Ele gritou
— ela morreu? — Hanma pergunta
— Não, o carro desviou no último instante — meu pai adotivo responde
— Que chato, deveria ter passado por cima — Hanma o encara — agora solte ela por gentileza, eu ainda to tentando ser educado.
Hanma então se aproximou dele, e sussurrou algo em seu ouvido que eu não fui capaz de ouvir, mas o senhor Tachibana me olhou com os olhos arregalados e me soltou. — Hanma ficou a minha frente e eu apenas deitei a cabeça em suas costas, ele era alto e meus Instintos me diziam para confiar nele e eu confiei, Hanma gentilmente segurou minha mão e se virou para mim, afastando os fios do meu cabelo.
— Os pontos abriram — ele sussurrou
— eu sei.
— Vai doer pra fechar de novo — ele diz
— tudo bem!
— Ukiyo — Hanma me chamou e eu finalmente foco o seu rosto na minha frente.
— Hm?
— Precisa mudar de prédio — Hanma diz — esse aqui já não serve mais pra você.
