cap.223

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cap.223
Os meninos estavam no campo, Lilith estava na academia cuidando de algumas reuniões de seu pai, sem ter ideia alguma dos planos dele, já estava tudo organizado, Laysa tinha arrumado suas malas, esperando apenas o momento dele ir.
— Não sei como vamos fazer para esconder isso de Lilith, o que nossas mulheres vão dizer? — Pergunta Frederick.
— Só sei que ela vai nos procurar até no quinto dos infernos. — Comentar Braston.
— Ela já está bem grandinha para entender que não deve se meter nessas coisas. — Resmunga Cassius.
— Você está falando da menina que quer te suceder como o Don. — Rir Kaleu. — Acredito que se a queda das potências fosse na sucessão dessa menina ela já teria levado toda a cia para a cova.
— Verdade. — Concorda Cassius bem humorado.
— Esse nem é o maior problema. — Murmura Ramis com seriedade. — O pior de não te encontrar… — Ele para de falar com um ar preocupado.
— É não te encontrar, no mínimo ela vai pensar que você está nas valquírias.
— Claro que não, já estamos certo de que a única informação é que vamos estar em missão.
— A missão que vai garantir que nossa família vai ficar segura. — Diz Alan. — Eu estou começando a ficar preocupado, se seu plano não de certo, já era, se pararmos na cadeia, não vamos sair tão facilmente, então quando a bomba explodir eu já tenho planos de fugir daqui com a minha família, então tenha seu plano de fuga. — Ele o alerta.
— Não vamos deixar Rowland.
— Tudo bem, façamos de acordo com o plano.
— A conversa está boa, mas eu tenho que visitar alguém. — Avisa Cassius.
— Já sei que aquele moleque está na academia, ele chegou em uma cadeira de rodas, pensei que você estava tentando salvá-lo.
— Ele está salvo, mas nem tudo sai como queremos, ele vai começar a treinar aqui, eu vou levá-lo para conhecer Ayrlon e dá a missão a ele de treinar o gênio da computação.
— Você não precisa dele. — Comenta Ramis.
— Se você não sabe… akin e akan não são da máfia e eu não tenho controles sobre eles já faz tempo, apesar deles continuarem, em nome de nossa amizade, eles não querem envolver suas famílias na máfia.
— Tudo bem.
Cassius segue até o consultório de Nate, onde encontra o menino sentado na cadeira de rodas em frente a mesa de Nate que faz algumas anotações, mas se levanta assim que vê Cassius.
— Quais as novidades? — Pergunta Cassius com frieza, sem encarar o menino que mantém seu olhar fixo e admirado nele.
— Boom… mostre a ele, Filipe. — Ordena Nate gentilmente, então o menino se apoia na cadeira e se levanta se pondo de pé.
— Pensei que ele não poderia ficar de pé. — Diz surpreso.
— Bom… descobrir que quanto mais ele pratica, faz exercícios e fisioterapia ele consegue ficar de pé mais tempo, mas isso não significa que ele vai poder andar como a gente, ele ainda vai depender da cadeira de rodas, porém… tem suas chances de ficar de pé por um determinado tempo até seus movimentos falharem por causa das articulações.
— Entendi, então você vai precisar se esforçar bastante. — Sugere Cassius ao menino que sorri com orgulho.
— Sim! Eu vou, até ter idade para trabalhar para o senhor.
— Muito bem, agora vamos. — Chama ele então Filipe segue a pé levando com ele a sua cadeira até finalmente entrarem no elevador.
Cassius o observa com curiosidade, ele permanecia de pé, mas ele conseguia perceber que ele estava se esforçando ao máximo.
— Já não está sentindo que deve se sentar?
— Eu estou bem… — Suspira pesadamente fazendo careta.
— Não ponha a perder sua cirurgia, até onde sei você não se recuperou ainda. — Assim que fala as pernas do menino falha, ele o segurou pela gola antes de caísse no chão e o coloca sentado na cadeira. — Aprenda a ser obediente, é uma das primeiras regras, você ainda é novo, se esforce até o limite tolerável, afinal eu não preciso de suas pernas, mas de seu cérebro.
— Então porque me ajudou com a cirurgia?
— Isso não é importante para você?
— Sim… mas não para você.
— Bom… eu te ajudei em algo que é importante para você, então você me ajuda em algo que é importante para mim, eu vi todos aqueles livros, seu irmão investia pesado em materiais que eu sei que não era ele que estudava, certo?
— Certo. — Concorda abaixando a cabeça.
— Você fazia isso, estudava todos aqueles códigos.
— Meu irmão só fazia o básico, eu quem fazia o trabalho complexo como evitar que fossemos descobertos, eles nunca saberiam onde estávamos se não fosse por aquele celular.
— Mas só descobriu porque você não queria mais saber de se esconder, você sabia, não era? Sabia que alguém iria te rastrear, eu estive investigando.
O menino abaixa a cabeça e sorri, apreensivo.
— Sim… mas não esperava que fosse o Don, eu queria que as pessoas que mataram meu irmão fossem la me matar.
— E eu fui.
— Mentira. Não foi você que matou ele.
Cassius se vira ficando frente a frente com o rapaz.
— Por que você acha isso?
— Intuição, mesmo se fosse não faz diferença por causa de tudo que ele fez. — Diz indiferente.
Cassius leva ele até o andar feminino onde Ayrlon trabalha e o instruir a ensinar o menino ali mesmo, o que ficou bastante estranho para as meninas, mas Cassius não confiava deixar filipe no andar de baixo, mas o andar feminino não deixava de ser rigoroso, porém na cabeça de felipe, Cássius estava o subestimando, mas ele nem sabia o que te esperava sendo um garoto em meio a um bando de garotas com várias especialidades perigosas.
— Você estava louco? — Pergunta Ayrlon seguindo Cassius até o elevador enquanto Filipe assiste as meninas lutando no ringue.
— Não estou, aqui é o lugar mais adequado para ele.
— As meninas vão comer ele vivo.
— Elas ainda não fizeram isso.
— Isso porque não seria tão fácil, além disso elas me amam, mais do que te amavam, modéstia parte.
— Que seja, a diferença para nós dois é que eu sei onde é o lugar adequado para mim. — Cassius sorri de forma leviana.
— Eu nunca traria a Leydi.
— Não é da minha conta e não me interessa, só tome conta do garoto, deixe ele ter a sua lição, tudo que acontecer com ele aqui, ele merece. — Diz indiferente seguindo para o elevador.
— Uou… seja o que for que esse garoto fez… Cassius pegou pesado. — Murmura indo em direção ao menino.
— Isso parece até uma piada, me colocar para treinar com meninas? — Pergunta com arrogância, então Ayrlon segura o riso e entende o motivo de Cassius manda ele.
— Cara… é realmente patético, mas vai ser bom para você.





Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora