Cap.15:Odia da invasão.
Ramis seguiu até uma sala particular onde podia permanecer na ligação sem levantar suspeitas.
/ Estou pedindo esse único favor... — pedia ele incomodado em falar com aquela pessoa.
/ Ora essa... pensei que tinha sido claro, mas por que você quer algo do tipo?
/ Preciso resolver uma coisa naquele lugar.
/ Você sabe que se eu fizer isso, estarei traindo minha família, não sabe? Se eu for descoberta, receberei uma punição à altura por traição.
Ramis suspirou pesadamente, apertando as pálpebras.
/ Tudo bem, não precisa mais fazer.
/ Eu não disse que não ia fazer, só disse que você está pedindo algo tão caro que eu terei que cobrar por isso. O que você me dá em troca?
Ele sorriu cético em meio a essa pergunta.
/ Diga o que você quer.
/ Eu vou providenciar tudo que você precisa, depois disso eu te direi o que quero. Espero que cumpra sua palavra. — anunciou em seguida encerrando a ligação.
Naquela mesma noite, quando Lilith estava dormindo, ele saiu sutilmente e seguiu viagem até um prédio pouco conhecido há vinte minutos de distância dali.
A pessoa que ele foi encontrar o estava esperando na recepção.
— Por que aqui? — perguntou ele desconfiado.
— Reservei uma sala, não se preocupe. — avisou ela, indicando para ele seguir.
Assim que entraram na sala, ela colocou sobre a mesa uma mala e abriu. Ramis observava atentamente cada objeto: um cartão, o fardamento e um par de luvas.
— Um par de luvas? — perguntou Ramis confuso.
— Essa é uma tecnologia bem útil da Enginer Prince, você vai precisar. — comentou ela com um sorriso malicioso.
— Uma luva? — perguntou ele com deboche.
— Não ria, você está tendo acesso a uma tecnologia bem útil. Com essa luva, você pode ir a qualquer parte daquele lugar, eu tenho acesso a tudo ali e pode abrir quaisquer coisas.
— Está dizendo que essa luva tem suas digitais gravadas? — perguntou ele confuso.
— É sua funcionalidade. O que está em sua mão é algo que abre a porta que você quiser em qualquer lugar, só com a minha digital.
— Você está realmente me dando isso?
— O preço disso é extremamente alto e por isso... estou cobrando. Você tem que cumprir sua palavra, eu vou pedir o que eu quiser.
— Nada que viole as leis do meu casamento. — sugeriu ele com seriedade.
— Quem sabe... quem sabe. — murmurou ela em seguida se retirando.
— Isso vai ter que servir. — murmurou ele pensativo.
Na madrugada antes do dia da invasão, eles se reuniram na mansão de Cassius, parecia ser o lugar mais seguro para conversar sobre o assunto.
— Tem um caminhão que leva os funcionários para a base, temos que seguir até lá e entrar naquele veículo, caso contrário não conseguiremos entrar. — anunciou Cassius ao lado de Frederick, Braston, Laysa, os que ficariam no pátio e próximo à área de serviço antes dos corredores onde os seguranças de elite podem entrar.
Todos concordaram e naquela mesma madrugada cada um tomou seu fardamento e seguiram até um ponto em que se separariam e seguiriam sozinhos sem levantar suspeitas.
— Pai... — murmurou Lilith ansiosa antes de se afastarem. — Eu não vi Ethan desde a última discussão, será que ele vai ficar bem por ter ficado de fora da missão?
— Infelizmente ele tem que ficar, ainda mais por causa do seu antigo relacionamento. Isso pode se virar contra a gente se algo acontecer e ele for reconhecido por Ofelio.
— Bom... não vamos discutir sobre nada disso. Afinal, agora temos que agir. —
Eles seguiram até ao ponto indicado onde seria a recolha dos empregados, na empresa Enginer Prince, em um grande galpão passando pelo estacionamento no subsolo. Era o primeiro momento que Cassius e sua equipe tinham que se identificar com seus cartões e seguir para uma fila de funcionários. Cada um sentou-se lado a lado. Todos os funcionários estavam de boné e mantinham a cabeça baixa, ninguém encarava o rosto de ninguém como algum tipo de protocolo a ser seguido.
Lilith e sua equipe entrariam com a equipe da limpeza, que poderia seguir até o centro. Ainda assim, sem acesso à área restrita. E era ali que eles teriam que invadir o sistema e entrar na sala e abrir o cofre cujo qual akan e akan deu o código de identificação.
— Vamos ter que esperar até que o local esteja com menos funcionários. — sussurrou Lilith pelo transmissor para seus parceiros enquanto fingia limpar o chão.
Eles estavam separados enquanto fingiam limpar, andavam por cada setor, averiguando se o caminho descrito no mapa que eles estudaram estava correto.
Cassius, seus irmãos e Laysa estavam um pouco distantes do local. Apenas podiam observar o fluxo de pessoas e seguranças.
À noite, os carros começaram a sair levando todas aquelas pessoas, assim como a maioria dos seguranças.
— O bom de sermos seguranças é que eles podem liberar armamentos pesados para que a gente faça a segurança máxima. — Brincou Braston após escolher sua arma.
— Ué? Foi por isso que akan escolheu essa função, assim poderíamos ter acesso às armas, caso contrário... Como sairíamos daqui vivos? — perguntou Cassius de forma irônica.
— Eu vou fazer a ronda com Frederick, proteja a sua mulher. — sugeriu Braston.
Eles tinham que fazer a ronda de todo o pavilhão, tinham que dar a volta em toda a base, averiguando possíveis invasores, o que os fazia até mesmo querer rir. Foi tão fácil entrar que eles mal podiam acreditar, mas a questão era sair. Nem mesmo o portão se podia abrir tentando arrombar com um carro blindado, nem mesmo o tiro de um fuzil. Aquele portão de entrada foi criado para proteger aquela área de qualquer intruso e a única possibilidade deles saírem.
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Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.
عاطفيةhistória para os leitores que já estavam acompanhando, novos capítulos serão postados aqui.