cap. 233, cap. 234, cap. 235

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Capítulo 233

Cassius permaneceu na sala de reunião, sentado ao lado de Beliarde, ambos estavam dispersos com um corpo de uísque em mãos.

— Você até que é bem compassivo, afinal eu matei o marido da minha filha.

— Do que está falando? Eu não descartei a ideia de matá-lo, mas neste momento... — Sorri sem jeito.

— Ele está em uma hierarquia tão alta, que se você matá-lo, você perde sua posição como o Don, é! Eu sei como as coisas funcionam.

— Exatamente, e querendo ou não, se eu deixar de ser o Don, parte de minha família toda irá ser executada.

— Acredito nisso, todos os pequenos querem matar os grandes, então se o predador cair, as presas vão lá e acabam com sua vida.

— Então é isso, sua posição como Don se tornou algo em que você pode proteger a sua família, a que ponto você chegou, você deixaria se não fosse isso?

— Não sei... — Sorri desconcertado. — Às vezes, sim, para cuidar de alguém e me dedicar a ela, e às vezes não, porque estar nessa posição me ajuda a obter recursos que podem ser difíceis e impossíveis para alguém que não tenha todo esse poder em mãos.

— Análises sabia para alguém que só quer proteger quem ama. — Murmura deduzindo. — E falando sério, espero que um dia você consiga sair disso sem ser morto, você já fez história.

— Não dá para sair depois que entra, ainda mais estando em uma posição como a minha e... algumas informações... — Cassius silencia cerrando os punhos, aqueles disquetes perdidos ainda lhe tira o sono.

Enquanto isso, Brady já estava de pé e recuperado, porém ainda disperso sentado no chão na varanda do quarto ao lado de Ayrlon apenas observando o céu, desanimados.

— Da próxima vez vamos deixar Lilith se ferrar sozinha. — Resmunga Ayrlon quebrando o silêncio.

— Da próxima vez? Não vai ter próxima vez, eu vou deixá-la sozinha, ainda mais com o castigo que vamos receber amanhã.

— Mas... não vou mentir não, me divertir vendo vocês fora de si, apesar de terem me visto como um minotauro.

— Ah... nem me lembre, a gente não levou a missão a sério nem um pouco, não é? — Resmunga Brady.

— Nem um pouco.

Lilith por sua vez estava acordada também, mas assim que se levantou da cama percebeu que estava sem suas roupas, então se lembrou do que havia acontecido e corou envergonhada, em seguida percebeu que não estava sozinha quando percebeu um homem alto de costas em frente a cômoda mexendo em algumas folhas de papel, o mesmo estava sem camisa, ainda vestido com a calça social preta e sapato na mesma cor.

— Droga... — Resmunga baixinho se jogando na cama se enfiando debaixo da coberta, encolhida.

— Agora você está se escondendo? — Pergunta com a voz mansa enquanto tira o relógio do braço indo vagamente em direção a cama.

— Não estou aqui... — Engole em seco.

— Você... — Rosna puxando a coberta, mas ela segura com mais força o tecido. — Lilith, não se atreva a se fingir de tímida agora, o que você estava tentando fazer mais cedo?

— Não sei do que você está falando.

— Você sabe, sim, se lembra muito bem, não é certo me provocar e depois fugir.

No mesmo segundo ela solta a coberta e o encara séria.

— Do que está falando? Isso não é pior do que viajar sem me avisar para onde está indo. — Resmunga de joelhos na ponta da cama de frente para ele.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora