Cap.225
— Eu disse para você não pegar tantos doces, o que está fazendo? — Pergunta enquanto ela continua sentada balançando as curtas pernas enquanto mastiga balinhas de goma.
— Não quer um? — Pergunta indiferente.
— Não. — Suspira pesadamente se sentando ao seu lado.
— Sabe que as meninas jogaram o aleijado nas minhas costas, não sabe? Elas disseram para não fazer nada até você vir me orientar sobre ele, parece que é seu tipo raro.
— Você é esperta demais para alguém que só tem dez anos, isso não é normal.
— Eu estou aqui desde meus oito anos, você não sobrevive a uma selva como essa sendo fraca e boba.
— Uau... a sua irmã Jáck tem sido dura com você, não é?
— Você sabe que perdemos a mamãe e o papai, ela só quer o melhor para mim, porque ela sempre diz que...
— Se ela morrer, você terá que se proteger, espero que leve isso a sério.
— Estou levando! — Diz com convicção.
— Mas não vim falar sobre isso, mas te dá orientações, faça o que quiser com aquele carinha, mas não encoste nas pernas dele, ok?
— Posso cortá-lo? — Pergunta ansiosa.
— Não matando, pode.
— Amarrá-lo, açoitá-lo, esmagá-lo, fazer picadinho dele?
Cassius nem crê no que está ouvindo de uma menina de dez anos, engole em seco, ajeita a gola da camisa e pensa.
— Parece que... como eu disse, faça o que quiser, mas não mate ele. — Sua voz embargou ao pigarrear.
Após conversa com a minúscula de gênio forte, ele segue para casa, Laysa por sua vez já estava arrumada o esperando, assim que ele entra em casa e segue para seu quarto, fica sem reação ao vê-la em seu lindo e longo vestido bege com detalhes em pedraria, decote taça e cabelos ondulados com metade de suas mechas presas fazendo um ramo de cachos no topo da cabeça.
— Uau... me lembre de quando voltar, levar você para jantar mais vezes, eu não vou me importar nem um pouquinho em te ver linda assim todos os dias. — Murmura encantando ao ir até ela a abraçando pela cintura.
— Você não muda nada.
— E eu não tenho que venerar a mulher que amo? Amar cada parte dela?
— Cada falha, cada problema... — Suspira mantendo seu olhar fixo ao dele.
— Você está bem? — Pergunta ele engolindo em seco.
— Estou, e muito feliz que vamos sair depois de tanto tempo.
— Ok, eu vou me arrumar e vamos.
Cassius seleciona seu melhor terno, em seguida segue para o banheiro e após um breve banho se arruma de forma impecável, a altura e elegância de Laysa, antes de sair do quarto com ela, sem que ela perceba, abre a gaveta e pega uma caixa pequena a colocando no bolso.
Cassius a leva até seu restaurante, onde ele ama comer comida francesa, Laysa fica perplexa com a forma como aquele lugar estava diferente.
— O local está tão diferente, até parece um palácio. — Diz sem fôlego.
— A cada dia está mais lindo, é até um crime eu não te trazer aqui, além de um grande salão vitoriano, tem decoração que trazem um pouco da elegância russa e também da era vitoriana, eu gosto disso com a mistura da comida francesa.
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Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.
Romancehistória para os leitores que já estavam acompanhando, novos capítulos serão postados aqui.