cap.147

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Cap.147
— O que você está trazendo em mãos? — pergunta Lilith assim que Ramis segue seu caminho.
— leia você mesmo. — avisa antipático ainda tentando assimilar após ver ramis, era difícil crer que ele estava realmente namorando com sua filha.
— um aviso sobre a transferência?
— Sim, coloquei eles na lista, mas não se preocupe, eles terão um bom cargo, e viveram na minha antiga casa, nosso pai a mantém bem conservada.
O coração de Lilith quase parou com o choque, sabia que o pai tinha controle disso e parecia que Ramis havia aceitado essa situação.
Ela não teve nenhuma reação, apenas saiu da sala a passos lentos mantendo o papel em suas mãos trêmulas, seguiu até o elevador e assim que a porta fechou deixou algumas lágrimas caírem silenciosamente.
Voltou para casa e se trancou no quarto novamente.
Cassius mandou um aviso a Brady, a ordem era para que levasse os três rapazes até o galpão nos limites da cidade, Braston e Frederick não estavam de acordo, mas preferiram não interpor.
— O que é isso! — rosna Ayrlon sem reação ao ler o e-mail de Cassius no celular de Brady, os meninos estão reunidos no estacionamento a van já estava pronta para viagem porém não contavam com esse aviso.
— Eu disse para vocês que isso daria merda, eles querem conversar comigo, mas eu tenho que ir levando os três irmãos, eles não vão querer ir, ainda mais sabendo que eles descobriram o inevitável. — comentou Brady se sentindo sem saída.
— e quando eles querem que você faça isso? — pergunta Brendo.
— Hoje à noite, e quer saber? Eu vou fazer, mas do meu jeito, tenho uma ideia boa para ferrar eles três.
— Como você vai fazer isso, os caras são insanos! — comentou Ayrlon com o olhar de espanto.
— eu sei, mas quem dentre os Seagreme sabe artes da luta mais que todo mundo? — pergunta Brady com mistério.
— Só se for ramis, ninguém na família Seagreme domina um espadachim e você sabe, a yakuza quase matou eles se não fosse uma pistola, eles são fatiados.
— quem não? Estamos falando da yakuza e a sara foi treinada pelos caras e ensinou a ramis, e vamos usar ele para dar uma lição nos adultos.
— como você vai fazer isso?
— Vamos pegar Samir e sandres, vamos levar para eles e entregar localização para ramis, e deixa o resto seguir seu curso, comenta Brady.
— você pode ser considerado pior que Lilith, Ramis não vai aceitar o fato deles terem feito isso.
— Nós conhecemos nossos pais, eles foram feitos para a guerra, mas já vivemos outros tempos, até quando eu não sei, mas estamos um passo à frente, eles vão pensar que estamos levando os três, porém levaremos apenas dois.
— Como vamos fazer isso? — pergunta Brendo.
— eles já estão vindo, vamos tentar eles amigavelmente, mas se não for assim a gente aplica uma dose pequena de tranquilizante só para eles não ficarem muito ativos.
— Foda-se, essa é a ordem e você tem um plano de ferrar eles? Estamos juntos — comenta Ayrlon sério. — E vamos fazer isso bem rápido, porque eu deixei Leydi sozinha em casa, se aquele velho levar ela contra a sua vontade eu tenho outro alguém para ferrar a vida.
— Você já pensou em se casar com ela? — pergunta Brady.
— Não vou mentir, mas… vontade é o que não falta, mas eu e ela começamos a tão pouco tempo e ainda tem aqueles caras loucos, o avô e o pai dela, eu nem sei se eles vão aceitar.
— e isso importa? Mete o louco. — comentou brendo. — assim como você fez quando estava na casa de férias de Lilith
— Não estamos na casa de férias agora.
Lilith por sua vez estava no telefone conversando com fany e Eloy, a confusão estava formada enquanto os pais delas não queriam dar o braço a torcer.
/Então ele já providenciou tudo? — pergunta fany na ligação com Lilith e Eloy.
/Sim, ele já tinha planejado isso muito antes, assim que começou a desconfiar.
/Mas… você acredita que os meninos vão aceitar assim? — pergunta Eloy.
/Ao acreditar nisso, o Ramis ficou muito desapontado com meu pai, acredito que se ele for mesmo se afastar, acredito que ele vá para outro lugar, mas tenho medo, não quero que ele vá para longe… — confessa Lilith apreensiva.
/Nós nem mesmo começamos nossos relacionamentos, sabe, meninas, hoje eu vou sair um pouco, sinceramente, não vou chorar em casa não. — comentou Fany. — Eu queria ver sandres, mas ele não atende o celular.
/Ramis também não está me atendendo.
/Nem Samir, estou… — tenta falar mais sua voz embarga.
/Vamos comigo, Eloy, eu quero sair um pouco. — sugere Fany.
/Por que vocês não me convidam? — pergunta Lilith demonstrando estar desapontada.
/Não é por mal… mas se você quiser vir, só deveria trazer os fones de ouvido, nós vamos sair para ouvir um pouco de música e… beber, sei que não é de nosso feitio, mas… hoje estou com a cabeça cheia demais.
/ Eu quero ir junto, vou levar meus abafadores de som, estou cansada da bagunça de meu pai.
/ok… parece que eles vão chegar tarde hoje, então saímos mais tarde, venham para a minha casa. — avisou Eloy.
Fany e Lilith seguiram para a casa de Eloy e lá se arrumaram, Layane não estava em casa, havia ido até a mansão do pai, assim como Laysa, estavam tentando convencer ao Diego Orlov a deixar as meninas no país.
Assim que Samir e sandres chegaram ao apartamento de Brady, foram avisados pelos meninos sobre o plano de Cassius e o que ele queria, mas discordaram, contudo a opinião deles estava fora de questão e como esperado eles tiveram uma breve briga, porém acabaram sendo dopados pelos meninos e colocados na vá.
— e agora? — pergunta Ayrlon esbaforido após a luta.
— Vou ligar para Ramis, soube que ele está nos limites da cidade.
/O que quer? — pergunta Ramis de mau humor ao atender.
/ Estamos levando seus irmãos até Cassius, vou te mandar o endereço, é uma direção contrária ao que você está, então corra! — assevera e encerra a ligação.
Os meninos não levam quinze minutos para chegar ao local em uma das cidades abandonadas, eles seguem até o galpão indicado e assim que estacionou a van os três irmãos saem do galpão.
Levam os meninos para dentro no ombro e o colocam em uma cadeira, eles estavam atordoados, mas já estavam lúcidos, a dose foi minimamente pequena apenas para conseguir levá-los para aquele lugar.
Os três meninos se retiram, deixando Sandres e Samir, nas mãos de Cassius e seus irmãos.
— Que desgraçados! — rosna Samir tentando se levantar, mas cai de joelhos sentindo seus músculos fraquejar.
— droga! Agora que ele trouxe os rapazes até aqui… me deu vontade de bater em sandres… mas ele também é só um menino, e é nossos irmãos. — comenta Braston virando de costas a fim de não alimentar sua raiva ao pensar no que fany contou.
— Cassius está louco, eu não quero participar disso. — murmurou Frederick.
— então deveríamos tirar eles daqui e acabar com isso, ele já providenciou a transferência dos meninos, porque trazê-los aqui? — pergunta enquanto Cassius usa um produto em cada um para os acordá-los mais rápido.
— Vamos! Eu só quero conversar com vocês. — diz ansioso. — Porque aqueles incompetentes não trouxeram ramis.
— Cassius, afinal… por que de tudo isso? — pergunta Braston ansioso.
— bom… — suspirou se levantando.— eu tenho duas opções hoje para os meninos e para ramis também.
— Cassius… — Samir sorrir de forma amarga sem conseguir o encarar também desapontado. — Qual é o problema, somos tão ruins assim para as meninas a ponto de você nos trazer aqui? Para querer nos mandar embora? — pergunta desapontado.
— Vocês deveriam ter pensado sobre as escolhas de vocês, mas eu trouxe vocês aqui por outro motivo, eu quero que vocês fiquem na cidade. — confessa sério, mas suas mãos tremiam ao encarar os dois meninos, sandres por sua vez nem reagia, mantinha se sentado na cadeira com a cabeça baixa e cotovelos apoiados sobre as coxas tentando esconder o que estava de fato sentindo.
— Mas se quer que fiquemos na cidade, por que nos trazer aqui? — pergunta Samir cético.
— vocês podem ficar na cidade, não querem isso? — pergunta esperançoso.
— Nos nunca pensamos em ir embora, você que decidiu!
— A questão é que vocês podem ficar, mas com uma condição.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora