cap. 42 e 43

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Cap. 42: Cronometrado para te salvar.

Lilith irrompeu do quarto como um raio, seus pés descalços batendo contra o chão frio do corredor com urgência . O vestido de festa, antes impecável, agora se amassa em seus quadris enquanto ela corre em direção ao elevador usando uma mascara para conservar seu anonimato, ao mesmo tempo que tinha em uma mão um relógio de bolso com um cronometro digital contando o tempo, aquilo parecia significar algo importante, ela tinha ao menos cinco minutos para resgatar ramis como estava contabilizado.

Ela mantinha a pistola escondida sob o vestido até a porta da cabine se abrir. Espiou cautelosamente, certificando-se de que estava sozinha. Em seguida, correu em direção ao quarto, nem mesmo se dando ao trabalho de bater. Girou a maçaneta com força e entrou como um furacão.

Felicity estava sentada ao lado de Ramis, segurando sua camisa ensanguentada. Ele jazia caído na cama, respirando com dificuldade.

— O que? — Felicity indagou, recuando assustada enquanto Lilith avançava, apontando a arma para ela.

— Você não tem nenhum respeito, não é? Já esqueceu que ele é casado? — Lilith questionou com a voz fria e cortante, seus olhos fixos na pistola com uma mistura de raiva e decepção.

— Eu realmente queria te matar agora... — Ela suspirou, desanimada. — Mas sei que não posso. Matar você colocaria todos os planos do meu pai em risco.

— Não faça nada, Lilith — Ramis implorou, fraco e sem forças. — É muito arriscado.

— Eu sei, Ethan... — ela respondeu com tranquilidade. — Mesmo que eu já esteja cansada dessa mulher tentando interferir entre nos dois.

Lilith observou a cena com um sorriso sombrio se formando em seus lábios.

— Claro que você não pode me matar — Felicity disse com ironia. — Mas eu vou te dizer o que eu vou fazer!

E, com um movimento rápido, avançou contra Felicity. Antes que pudesse ela pudesse lhe tocar Lilith disparou, atingindo-a no estômago.

Felicity a encarou com surpresa, sem entender o que havia acontecido. A dor a fez cambalear para trás, e ela caiu no chão lentamente perdendo a consciência.

— Você realmente achou que eu não faria nada? Pelo menos quero ter esse gosto de saber que você estava na palma da minha mão. — Lilith zombou, caminhando em direção a Ramis, que a observava com preocupação. — Se um dia esse acordo acabar, eu vou ver você morrer na minha frente, da mesma forma que você deseja a minha morte.

Ela colocou a máscara de volta no rosto, escondendo sua expressão cruel, e jogou a camisa ensanguentada de Ramis sobre seu ferimento.

— O que aconteceu? — Ramis perguntou, fraco, enquanto Lilith se preparava para sair.

— Depois, temos que sair daqui! — Lilith respondeu ansiosa, o arrastando para fora. Já haviam passado pela quarta porta daquele corredor quando dezenas de homens apareceram, seguindo até o quarto onde Lilith estava.

— Querido! — gritou Lilith fingindo manha. — Eu já te disse para não beber tanto! — resmungou, na intenção de enganar os homens que passavam por ela, observando-os com desconfiança. Pareciam um casal fantasiado que se divertia, já que Ramis estava sem camisa. Lilith apenas se certificou de cobrir o ombro com o curativo para não levantar suspeitas.

Assim que entraram no elevador, as pernas de Lilith bambearam. Ramis se sentou no chão, sentindo cada vez mais a fraqueza e a dor o consumindo.

— Céus... você está queimando tanto que chega a ser difícil encostar em você. Se eu não chegasse a tempo... — resmungou ela apreensiva, colando a testa no espelho e observando Ramis com preocupação.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora