cap.111

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Cap.111

Ramis acordou bem cedo, Lilith havia dormido profundamente, nem mesmo percebeu que ele dormiu ao seu lado.
Antes de levantar, depositou um beijo na bochecha da menina ainda despida embrulhada no lençol.
Seguiu para o banho e assim que voltou encontrou Lilith já despertando, assim que o viu enrolado na toalha, ela pula da cama assustada com o olhar confuso.
— O que está fazendo aqui? — pergunta assustada.
— como assim? Você tem amnésia?
— não, não é isso… — balbucia segurando o lençol firme contra o corpo.
— ah… está com vergonha por ontem? Relaxa é só o início, agora tome banho, tenho que levar vocês três de volta. — avisa indiferente seguindo até a penteadeira.
Ela enrolada no lençol segue para o banheiro, mas antes que pudesse tocar na maçaneta ramis a abraça por trás.
— Você acorda sempre assim de mau humor? — pergunta curioso.
— Claro que não… — respondeu se encolhendo em seus braços em meio ao desconforto.
— tem certeza? Porque se for assim eu tenho vários métodos para te deixar de bom humor e muitos deles podem envolver coisas parecida com as de ontem a noite.
— Ramis! Pode me levar para casa agora… — balbucia envergonhada, mas ele gira o corpo dela a deixando rosto a rosto com ele e a beija de forma profunda enquanto seus braços estão em volta de sua cintura.
Enquanto isso no quarto do outro casal, Liz ainda dormia com Brady ao seu lado com os braços em volta de sua cintura a acomodando em seu peito, a luz do dia já invadia a janela do quarto com a decoração toda branca e bege que passava uma sensação de paz e tranquilidade.
Mas logo aquela paz foi quebrada por Ramis que parecia querer arrombar a porta, ele havia acordado todos eles bem cedo, não era nem sete horas e já estava seguindo todos para o carro.
— Então… hoje ainda vamos resolver o problema? — pergunta Lilith discretamente a Brady.
— Sim, eu vou te mandar mensagem com os detalhes do plano, mas ninguém pode saber.
— Claro. — concorda enquanto seguem a alguns metros atrás de distância dos outros dois.
Enquanto isso, Ayrlon acorda bem depois de Leydi que dormiu no sofá, ela já estava na cozinha, não voltou mais ao quarto dele depois daquela noite.
Assim que ele entra na cozinha a encontra a beira do fogão, ainda estava usando a mesma roupa de dormir que ele a havia entregue ontem, um conjunto de short doll, Lilith tinha suas curvas acentuadas, mas Leydi era ainda mais madura e parecia ainda mais sensual aos olhos dele.
— Bom dia. — salda a fazendo levar um susto se virando para o encarar.
— Bom dia, pensei que levantaria mais tarde. — comentou bem-humorada.
— Na verdade eu sempre levanto cedo.
— você sai para trabalhar hoje?
— Não… — suspira pesadamente sem seguida correndo os olhos pela vestimenta da menina que percebeu.
— Está muito chamativo? Você poderia me emprestar uma de suas camisas? — pergunta desconfortável.
Ele dá passos lentos em sua direção mantendo o olhar fixo em seus olhos e para a poucos centímetros.
— Está ótima. — murmura pegando uma de suas mãos beijando gentilmente o dorso. — Você dormiu bem? Eu acabei apagando, onde você dormiu?
— Dormi no sofá, foi bem confortável na verdade.
— Desculpa, foi o excesso de analgésico para dor, eles me esfolaram. — brinca sem soltar a sua mão, mantendo seu olhar fixo sobre ela como se quisesse dizer algo
— Não estou reclamando, tive a noite mais tranquila da minha vida, sem nenhuma preocupação, desmaio, ou estresse.
— Você quer que eu te leve ao médico para analisar essas coisas que andam acontecendo com você?
— Se eles tiverem uma solução para meu pai, eu vou ficar bem, ele já me estressa a tanto tempo que meu corpo não aguenta nem um segundo de estresse.
— Eu… se confiar em mim, por que não fica comigo por alguns dias? — assim que faz a proposta ela fica desconcertada ao mesmo tempo que animada.
— Eu?
— sim, quem mais seria? — pergunta franzindo o cenho. — Além disso, podemos passar mais tempo juntos e conversar… — para de falar pensativo.
— conversar?
— sobre ontem, eu falei sério, acredito que já temos idade suficiente para decidir isso sobre as nossas vidas, certo?
— Não sei… — ela comprimiu os lábios apreensiva.
— Eu vou lidar com seu pai, podemos tentar se você quiser, eu quero assumir o risco, isso se você quiser. — pronuncia as palavras demonstrando insegurança.
Os olhos da menina chegaram a brilhar ao ouvir as palavras, apenas envolveu seus braços na cintura dele o abraçando em confirmação.
— isso é um sim?
— isso é um sim! — diz animada com a cabeça encostada sobre o tórax dele.
Sua altura mediana a fazia parecer pequena perto de Ayrlon que beijou o topo de sua cabeça que encostava em em queixo.
— Bom… ninguém vai saber que você está aqui, até quando você achar melhor. — comenta afastando o rosto dela para conseguir a encarar, sem aviso prévio lhe dando um breve beijo que a fez ficar dispersa enquanto o encara. — O Que, você não gostou? — ironiza erguendo as sobrancelhas.
— não é isso…
— ohm… então eu beijo mal? — pergunta segurando em sua cintura a fazendo recuar.
— Não… não foi isso. — sorri desconcertada sem perceber a brincadeira dele até que seu cóccix encostou na beira da mesa.
— Não? Está mentindo? — pergunta aproximando seu rosto do dela, mas ela se inclina para trás tentando fugir, mas ela estava onde ele queria e como queria quando a abraçou e arrebatou seus lábios aprofundando o beijo de forma intensa a fazendo perder o equilíbrio quase caindo sobre a mesa se seus braços não estivessem em volta de seu quadril, as mãos de Leydi estavam sobre sua nuca se entregando ao momento até ele afastar seus lábios inclinando a cabeça beijando entre o decote dela. — eu tenho que sair… — esbafori a equilibrando no chão.
— onde vai?
— comprar roupas normais, essas roupas de dormir são reveladoras demais para passar o dia inteiro com elas. — esbafori desconcertado.
Ramis por sua vez deixou Lilith em casa, sem nem mesmo entrar, apenas lhe deu um discreto beijo de despedida e seguiu para casa.
Essa era a primeira vez que ela estava tão desconfortável ao chegar em casa, abriu a porta de entrada receosa, antes que tivessem qualquer reação já estava presa nos braços de seu pai que a abraçava ansioso.
— por deus Lilith, como pode esquecer de levar o celular? — vocifera Cassius a esmagando em seus braços.
— pai… está me machucando… — resmunga com a voz arrastada.
— Cassius, solte ela, não está vendo que está a machucando?
— Eu virei essa cidade de ponta a cabeça para encontrá-la, é claro que quero abraçar a minha filha!
— Tudo bem, mas não foi nada de mais, ela só esqueceu o celular na casa de Ramis. — diz Laysa percebendo o desconforto da filha, ela já não estava com a mesma empolgação e seus olhos diziam que havia acontecido algo.
— Eu estou cansada, Ramis acordou todo mundo muito cedo, vou subir e daqui a pouco vou para a academia. — avisa desanimada.
Assim que Cassius a libera ela sobe para o quarto em seguida Laysa sobre também e entra no quarto trancando a porta.
— O que aconteceu? — pergunta sem delongas enquanto Lilith separa um conjunto de roupa para sair.
— Eu… não sei como falar… mas me responde, me tira uma dúvida… eu estava pensando demais sobre algo que Ramis fez, mas eu me sinto desconfortável para falar.
— Ok, sabe que eu vou conversar com você sobre tudo, até as coisas mais íntimas. — assim que disse isso, Lilith se sentou ao seu lado a encarando sem nenhuma reação, mas sua face estava corada.
— mãe… — respira profundamente. — eu sempre sou muito direta, mas dessa vez… estou um pouco envergonhada de falar.
— Qual sua dúvida? Algo que ele fez?
— Sim, mas não sei como dizer ao certo. — balbucia envergonhada cobrindo a face com as mãos.
— deixa eu tentar adivinhar… você gostou?
— Sim.
— Então foi algo bom.
— muito bom, bom… — suspira perdendo o fôlego, Laysa arreganha os olhos sua mente veio mil e uma coisas sujas.
— é algo muito íntimo?
— Sim.
— Você ainda é virgem? — pergunta cética.
— Sim, ele não usou aquilo, só a língua… — levou as mãos a boca envergonhada, saiu tão involuntário que até Laysa caiu para trás.
— Você está tão longe assim?
— Não, eu não! Mas foi tão bom, mas a minha dúvida é se eu deveria retribuir isso, eu não sei, acredito que um relacionamento funcione em cima da reciprocidade, certo? Eu posso dá-lo prazer, assim como eu sentir algo tão bom?
— E-eu… nem sei o que dizer, mas… — suspira recuperando a sanidade. — Vocês estão juntos, mas você não é obrigada a fazer nada só porque ele faz, apenas siga as suas vontades e se quiser agradá-lo então você faz.
— Ah! Entendi, obrigada mãe! — diz eufórica beijando a bochecha de Laysa.
— Mas, querida… quando ele vai conversar com Cassius? Acredito que vocês já estão indo longe demais. — comentou insegura.
— Não estamos, eu não quero me entregar enquanto for segredo para meu pai, sei que eu já sou mais velha, ainda assim não quero estragar a boa amizade que temos fazendo coisas por baixo do pano, mesmo que esteja aprendendo algumas coisas, mas disso ele não precisa saber.
— Você está certa, mas espero que ele esteja sendo bem paciente com você.
— Ele está, ramis é um cavalheiro, não vai fazer nada além do que eu permitir e ontem… foi uma noite incrível, apesar de eu ter ficado insegura um pouco, pelo fato de está conhecendo o corpo dele, descobrindo coisas… ah… — suspira bem-humorada.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora