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𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐈𝐀𝐓𝐑𝐈𝐒𝐓 𝐎𝐅 𝐀 𝐊𝐈𝐋𝐋𝐄𝐑


𝗞𝗶𝗺 𝗦𝗲𝘂𝗻𝗴𝗺𝗶𝗻.

𝐀cordei com um movimentação excessiva no lado da cama e abri os olhos lentamente. Ao olhar Bang Chan, vi que o mesmo ainda dormia, mas não parecia muito bem. O relógio do quarto marcava 3h30min da manhã. Estava muito cedo ainda. Acordei-me, sentando do meu lado da cama, vendo Christopher suando e com a respiração ofegante. Parecia ter um pesadelo. Vez ou outra virava na cama falando palavras desconexas e cerrava o punho, parecendo querer socar alguém. Comecei a me incomodar com a situação e decidi fazer alguma coisa.

- Ei, Chan - sussurrei deitando-me mais perto de seu corpo e o abraçando - Está tudo bem, eu estou aqui - apertei sua mão para ver se eu conseguia exercer alguma influência sobre o seu sofrimento e vi quando seus olhos se abriram, mostrando o quão sofrido estavam.

Antes que dissesse alguma coisa eu apertei nossos dedos entrelaçados e fiz carinho em seu cabelo. Observei seus olhos me analisando como que se eu fosse uma miragem e sorri feliz por tê-lo acalmado. Foi em um piscar de olhos, que meu paciente voltou a dormi, comigo vigiando-o.

[...]

- Senhor Kim, um senhor que diz ser responsável por seu paciente, espera a sua presença na sala do silêncio - Franzi o cenho.

- Responsável pelo Bang Chan? - No exato momento não me vinha ninguém em mente.

- Ele disse o nome? - questionei a enfermeira a minha frente que havia interrompido meu café da manhã.

- Não senhor, ele não me disse e eu também não perguntei.

Balancei a cabeça entendendo.

- Diga a ele que já estou a caminho. Irei somente terminar de tomar o meu café da manhã.

Com um aceno de cabeça, vi a mulher se afastar. Suspirei e tomei mais um gole de bebida em minha xícara.

Depois que voltei a dormir, após acalmar Chan, consegui descansar somente três horas e meia, sem ter outra opção se não me levantar, trocar de roupa e passar um dos momentos mais vergonhosos da minha vida: Tive que bater na porta do quarto, pedindo para sair, depois de confirmar que era eu e não Christopher. Mas o pior não foi isso. A pior parte foi quando percebi a cara de espanto e curiosidade que tanto os guardas e policiais que estavam ali, quanto os enfermeiros, fizeram. Apenas levantei a cabeça e segui para a lanchonete que havia no manicômio. O bom foi que eu não precisei comer perto dos "presidiários" que moravam aqui. Haviam um lugar separado para os especialistas que como eu, tratavam de seus pacientes.

𝗉𝗌𝗒𝖼𝗁𝗂𝖺𝗍𝗋𝗂𝗌𝗍 𝗈𝖿 𝖺 𝗄𝗂𝗅𝗅𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora