Capitulo 5 - Lita

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Apesar do ruim local para venda de produtos e os problemas iniciais, a renda ganha foi boa, e valeu à pena. Zarto trabalhou a maioria do tempo como segurança dos estandes de venda. Quando já estavam desmontando tudo para partirem até Nurador, a capital do Império, o espadachim foi liberado naquele dia para conhecer a cidade, Gyar ficou com Cortes para evitar qualquer problema.

Zarto andou pela cidade, admirado e admirando, a enorme arquitetura da cidade e as beldades lindas e bem vestidas que passavam de um lado ao outro da cidade. Reparou no número de soldados espadachins que preenchiam a cidade eram muitos, a maioria bem jovem, mas o que mais lhe chamou a atenção foi a variedade de armas diferentes que possuíam e como cada arma era perfeitamente escolhida para cada espadachim. Um grande homem e muito musculoso carregava uma espada de proporções colossais nas costas, outro andava com uma lança também presa as costas, havia também espadas como as dele. As mulheres espadachins em sua maioria carregavam floretes, e espadas mais leves e flexiveis. Aquela variedade de armas era impressionante e Zarto tinha certeza que deveria existir outros tipos armas que ele ainda não vira. Praticamente todos os habitantes de Lus Canac carregavam armas, ele percebeu que alguns espadachins realmente eram mestres nas armas que portavam. Enquanto que outros apenas tinham elas no corpo para pose. Muitas pessoas ao verem suas espadas o olhavam com respeito outras com medo, algumas até paravam para cumprimentá-lo. O que mais lhe chamou atenção foi à falta de bainha das armas, não viu nenhuma espada na cidade com uma bainha.

Voltando para a parte sul da cidade, Zarto foi a um dos bares para tomar alguma coisa e ver como era lá dentro. Ao entrar reparou em uma bela mulher que se sentava numa mesa com vários homens tentando cortejá-la, ela dispensava a todos, com seu olhar frio e simples movimentos de mão. Neste bar ele percebeu o quanto era mais novo que todos ali, apenas a bela mulher deveria ter sua idade. Ele foi direto ao bar e pediu um copo de água. Após o pedido houve um mar de sussurros correndo o bar. A bela mulher apenas escutou e do canto dos olhos rapidamente sondou o rapaz que bebia água. A mulher pagou sua conta e saiu, xingando uns homens que tentavam ainda agarrá-la. Zarto também não demorou. Ao terminar sua bebida, pagou e saiu.

Logo antes de chegar ao terreno destinado às caravanas, o espadachim escutou os berros histéricos de uma mulher. Rapidamente foi em direção aos gritos. Vinham de um beco onde a sombra reinava. Havia três homens tentando agarrar uma mulher. Quando seus olhos se encontraram, ele viu que era a bela mulher do bar e alguns dos homens dispensados por ela no momento em que ela partira. Ao ver o desespero nos olhos dela, uma fúria sem precedentes cresceu dentro dele, ele sentiu um calor vibrando por cada pelo de seu corpo, parecia que uma porta desconhecida estava prestes a ser aberta, e ele sabia que não poderia controlá-la. Ele sentiu a Céu Vermelho, vibrando, chamando-o para dilacerar todos aqueles homens. Mas se lembrou de sua mãe dizendo para não matar com aquela espada. Controlando-se tirou o pano que cobria a Pratinha e disse em tom ameaçador.

-Saiam de perto desta mulher, ou morram. – os homens só o perceberam nesta hora e viraram com um susto, soltando a mulher no chão. Ao verem a espada empunhada e outra embainhada. Rapidamente trocaram sussurros e com medo do espadachim que os ameaçava partiram correndo.

A mulher tinha machucados nos braços, um hematoma na coxa esquerda e o pescoço marcado pelas mãos e dedos dos agressores. O, sobretudo que ela usava, estava jogado em um canto perto do espadachim quando ele foi pegar pra entregar a ela, um berro estridente saiu da boca da assustada mulher. Ela estava nervosa, por isso em um primeiro momento não deixou Zarto chegar perto. Ele ficou ali parado uns instantes esperando ela se recuperar. Aos poucos ela se recuperou e vestiu o sobre tudo preto que vestia por cima de sua roupa. Eles foram se sentar em um banco próximo onde ela sentou e agradeceu dizendo.

-Muito obrigado senhor espadachim. Posso saber como se chama meu salvador? – o espadachim estava vidrado nos olhos negros e profundos da mulher, por conta disso nem escutou quando a pergunta foi repetida. Somente na terceira vez gaguejando respondeu.

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