Capitulo 8 - Esquadrão das Sombras

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Com a carroça roubada, Zarto e seu novo amigo colocaram um ritmo pesado, parando para descansarem no começo da segunda noite de viagem. Como estavam sendo perseguidos, pararam um pouco longe da vila Sacanuam. Juno foi à vila comprar mantimentos, para o pequeno grupo rebelde. O filho de Lóra sabia que não ia demorar muito até Lita acordar, por isso pediu para Juno ir à vila enquanto ele ficava no acampamento, para assim conversar com a traidora. Ele esperou até o quanto pode e Lita não acordou.

Quando Juno chegou, ele estava com muito sono, mas não se deixava dormir. Tinha medo de mais uma vez relembrar e sentir os horrores da tortura na pele e sonhar com sua mãe sofrendo por sua culpa. Por isso fez questão de ficar de guarda até o amanhecer. Quando amanheceu, levantaram acampamento e partiram.

O ritmo de novo foi forte e por isso chegaram até a vila Baladur na metade do dia. . Como chegaram no início da noite, não havia muita gente nas ruelas da vila para ver a chegada dos fugitivos. Zarto não foi muito bem recebido na vila, mas não se importou e pediu direto um encontro com Guido, o líder. Rapidamente foi recebido e assim explicou toda história ao idoso homem. Guido disse ao espadachim.

-É egoísmo meu, mas gostaria de pedir um favor ao senhor.

-Por favor senhor é só pedir.- disse Zarto

-Estamos com cinco vigias dos Patrulheiros, para o caso de você passar por aqui a caminho da floresta. Eles designaram alguns homens que não gostaram de você. Eu gostaria muito de pedir, que vão embora e não voltem tão cedo. Desculpe-me, mas todos aqui estamos com medo de represálias. – falou humildemente o líder da vila.

-Mas... mas... Eu entendo. Vamos embora agora mesmo. Por favor, entregue esta pulseira para a Luna. Prometi que entregaria de volta, mas não me encontrei com ela. Agora, depois de tudo isso senhor, para onde devo ir? Aqui no império somos procurados, por tentativa de assassinato ao imperador. O que é mentira. – afirmou Zarto inconformado.

-Vocês podem seguir pro Reino da Magia. Mas é muito difícil chegar até lá. Há apenas dois caminhos. Seguir o Rio Amanuam, ou dar a volta na Cordilheira Noar. – respondeu Guido

-E se nós atravessássemos a Cordilheira cruzando ela até o reino? – perguntou Zarto. Antes de Guido responder Juno entrou na casa e disse.

-Podemos tentar, mas lá é território dos Dragões. Poucos sobrevivem à travessia. Os dragões sempre pedem um pagamento em ouro pela travessia. Não necessariamente segura, pois eles só prometem que eles não atacarão. Se não houver dinheiro o suficiente, é proposto outro pagamento. – terminou Juno. Zarto olhou pra ele surpreso e perguntou.

-Como sabe disso tudo?

-Já tentei passar quando era espião do Império. É impossível fugir de um dragão, ainda mais se você esta nos domínios dele. Na época eles fizeram um jogo de gato e rato comigo, perdi.

-E o outro caminho qual é?

-O outro seria ao sul da Floresta Baladur onde termina a floresta e as montanhas. Realmente por lá, é teoricamente mais fácil. Porém com certeza haverá enormes guarnições, porque é lá onde está a fronteira. Como somos procurados e pelo que o Ryokos disse sobre estarmos a beira de uma guerra, não é uma opção também muito recomendável. – Guido que apenas escutava disse.

-Não são opções fáceis, mas ela precisa ser tomada. O que decide senhor Zarto?

O silêncio era absoluto, Zarto não sabia o que fazer ambas as opções os levariam por caminhos sem volta. Depois de muito pensar disse a Juno.

-Mestre Juno, o senhor que conhece estes caminhos melhor que ninguém. Diga qual é o melhor caminho. – ao que Zarto recebeu em resposta.

-Senhor Zarto, quero lembrá-lo, que posso até mesmo ser o mais velho e experiente que você nesta área, mas não sou eu que estou sendo perseguido, quer dizer agora estou. Todas as informações sobre os caminhos foi devidamente passada ao senhor. A escolha precisa ser totalmente sua. – terminou o sábio homem.

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