Capitulo 17 - Prazerosa Viagem de Barco

6 2 0
                                    

Depois de um dia e meio viajando, Zarto e seus companheiros chegaram ao Rio Amã. Onde teriam de mostrar a permissão de passagem. Após os documentos serem bem revistados pelos magos responsáveis, eles atravessaram o rio. Pararam ali perto para acampar e dormir.

Em volta da fogueira à noite com Ganer fazendo a comida. Lart avisou que parariam na cidade comercial de Nauta. Ganer disse.

-Senhor Lart eu gostaria de não sair nas ruas da cidade. Não quero causar problemas a ninguém. Sou um hibrido, podem acabar querendo fazer algo comigo. – Lart concordou com o menino e para alegrá-lo disse.

-Esse cheiro esta uma delicia. O que esta cozinhando? – Ganer sorriu e respondeu.

-Verduras e legumes senhor. – Lart com um rosto meio decepcionado disse.

-Estou ansioso para comer verduras e legumes de novo. – Zarto, Luna, Lita e Juno se entreolharam e riram do rosto contrariado do mago. Mas também não conseguiram impedir o rosto de desapontamento. Afinal era a quinta refeição em que comiam apenas verduras, legumes e pão. Luna não se conteve e perguntou.

-Senhor Ganer porque não faz carne? Tem um monte na última diligência. – Ganer olhou pra ela e fez uma cara nojo que a própria menina se sentiu mal por ter perguntado. Depois de perceber que era uma dúvida todos tinham, ele respondeu.

-Bom deixe-me explicar. Pensem que a carne que comemos, vem de animais. Esses animais têm suas vidas boas e comendo e criando seus filhotes, não é porque são animais que não possuem sentimentos. Já viu como uma mãe protege o filhote? Nós não temos o direito de chegar e matá-los para comer. Podemos comer outras coisas. Como legumes, verduras, pão, frutas, leite. Há muitas coisas que podemos comer além da carne. Isso sem contar que escutei falar que ao comer carne ela fica anos e anos dentro de você apodrecendo e pode acabar matando-os por dentro. Duvido que desejem isso. – a cara de todos era de nojo absoluto. – E também tem outro motivo pelo qual não poderemos comer as carnes da diligência. Ao descobri-las lá no primeiro dia de viagem para cá. Dei tudo a Gyar. Sabe como é ele é um animal que só come carne. Ele deve ter recursos orgânicos que impeçam a carne de apodrecer dentro dele. – quando ele disse o último motivo, ninguém acreditou que ele realmente tinha dado toda carne ao tigre dentes-de-sabre, só comeriam verduras e legumes até chegarem à cidade de Nauta.

A história da carne estragada dentro das pessoas ainda ecoava na mente de Lita e Luna, que resolveram dormir sem comer. Lart morria de rir, Zarto e Juno não sabiam se discutiam ou se choravam pela falta da carne. Até que discretamente Zarto disse a Juno.

-Pois eu não me importo nem um pouco. Prefiro morrer com carne estragada dentro de mim e morre feliz por ter comido bem minha vida inteira. A comer capim o resto dos meus dias. – Juno riu e terminou de comer seu jantar e foi fazer o primeiro turno de vigia da noite, o resto foi dormir.

No dia seguinte seguiram viagem até Nauta. O treinamento de Zarto no lançamento de adagas o havia feito evoluir muito e agora dependendo da dureza da superfície do alvo ele conseguia uma penetração considerável. Lita também havia evoluído muito também nas artes da espada. Juno sempre a treinava em todos os momentos que paravam para comer, descansar ou simplesmente admirar o visual. Pois Lart sempre dizia.

-De que adianta vivermos se não podemos admirar a beleza da natureza a nossa volta. – isso fez com que parassem mais do que o resto do grupo gostaria.

Toda noite Zarto meditava durante horas sem parar. Juno dizia que quando ele conseguisse meditar durante um combate, estaria pronto para a próxima fase do treinamento final dele, mas afirmava também que a evolução dele estava deixando a desejar ele havia evoluído muito pouco nos últimos dias. O jovem espadachim ansioso por isso meditava sempre que podia. Ele deveria alcançar um estado de meditação em que ele era dividido, metade se mantinha consciente e metade meditando. Juno dizia que o objetivo de se combater neste estado, era o de aumentar a intensidade do espírito de combate na hora do golpe.

Guardiões do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora