Guardiões do Destino

Capitulo 28 - Desepero e Guerra

Ao chegarem de maneira suntuosa à vila Vogdun, Lart e o grupo foram levados até se encontrarem com Arlock Funbriel, que os recebeu somente após cinco horas depois de começarem a esperar. Em uma clara demonstração de desprezo. Rigo se aproximou e disse.

-Podem entrar. Boa sorte, nunca ninguém passou no teste de lealdade.

Arlock estava atrás de uma mesa com um mapa em cima dela, no mapa havia uma ilusão criada por magia demonstrando a posição de cada batalhão de mago e a posição inicial do império espadachim, onde mostrava qual era o batalhão que faria o primeiro ataque. O mago levantou os olhos e falou.

-Juno quero que me dê uma ajuda aqui. Você fez parte durante muito tempo de grupos ligados diretamente ao exército e sabe das principais manobras. Isso contará pontos no teste de vocês. Sou um homem de palavra. Tudo o que me ajudarem contará a favor de vocês. Estejam certos disso. – Juno pensou bastante, mas ao ver que não possuía alternativa seguiu em frente. Olhou com atenção o mapa da vila Vogdun, a planície até a vila Urnuê. Após observar os mapas mais detalhados da vila disse.

-É muito provável que o ataque inicial seja por ar. Eles usem catapultas com as bolas banhadas em fogo. O ataque começará a noite. – Juno sabia de mais coisa, mas resolveu ficar quieto e ver como o pai de Alana reagiria. A reação do mago foi totalmente sincera, ele soltou um sorriso e disse.

-Gostei disso troglodita. Não mentiu para mim. Mas essas informações são inúteis pra mim, desde que eu já as possuía. Se tiver alguma idéia de movimentos deles que eu não saiba mande me chamar. Podem ir. – terminou o mago mandando Rigo levá-los a uma pequena casa onde ficariam presos. Antes de sair da sala Juno falou.

-Convoque o Nagéia. Por mais que não queiram, são obrigados a obedecer. Provavelmente, não seguirão a risca o código. Mas convoque, mostrando que sabe que eles estão aqui. Assim ficarão mais cautelosos na hora do ataque. Ainda se quem for atacar tem fama de não ter honra. Eles são sempre usados nos primeiros ataques. Para abrirem caminho para os outros. – Arlock o olhou e indicou ao subordinado que o levasse, o que foi feito imediatamente.

Kilan acordou Tunodor e foram conversar. O enviado do imperador regente disse.

-Recebemos um mensageiro de Arlock Funbriel. Ele convoca o Nagéia. – o rosto de Tunodor empalideceu.

-Como assim? Como souberam que íamos atacar? – não foi preciso Kilan falar nada Tunodor continuou. – Um traidor? Mas quem?

-Se Darfo não fosse um guerreiro tão honrado e amante do nosso país, eu diria que seria ele. Mas é muito improvável. Há outro espião, até sabermos quem é. Eu só darei as informações a você com vinte minutos de antecedência. Dá para você organizar seus homens neste período? – Tunodor orgulhoso respondeu.

-Em dez no máximo senhor.

-Muito bem. Agora o que faremos com este mensageiro? Ele pede uma resposta para eu me encontrar com Arlock.

-Temos de seguir o Nagéia senhor. São regras de acordos pré-guerra, definidos por ninguém menos que o Deus-Supremo.

-Então faremos isso. Eu vou me encontrar com ele.

Kilan saiu da tenda e pessoalmente disse ao mensageiro que concordava com o encontro. Ao escutar que o espadachim estava de acordo o mensageiro entregou outra mensagem de Arlock dizendo para que o encontrasse na fronteira. Arlock informou que estaria sozinho e pedia que o espadachim viesse da mesma maneira. Imediatamente pensou. O espadachim convocou dez homens com arcos e flecha. E após meia hora partiu para o encontro.

O ponto de encontro era uma savana, onde havia quilômetros ao redor de mata baixa onde era possível observar alguém que se aproximava de muito longe. Havia poucas árvores ao redor. A tenda que Arlock havia montado era simples e poucas pessoas ficariam ali confortavelmente. Era o suficiente para tentar um acordo ele pensava.