O capital Nurador andava muito agitada. Assim como as grandes cidades de Lus Canac e Nirandor. Os patrulheiros se uniam sob seus comandantes, recrutando soldados das vilas e pequenas cidades afastadas do centro imperial. Em Nurador acontecia uma reunião.
-Soubemos que houve um ataque a uma instalação de fronteira dos magos. Quero saber exatamente o que aconteceu. Quem ordenou o ataque? – disse Perdor o antigo Conselheiro de Guerra e atual Imperador Regente. Todos os generais na mesa estavam petrificados, o ataque não havia sido permitido e tal atitude seria punida com a morte. Até que o Imperador Regente sentou na sua cadeira na ponta da mesa entrelaçou os dedos de suas mãos apoiando a cabeça nelas e com um olhar feroz falou de novo.
-Muito bem. Vou refazer a pergunta para ser mais claro. Vocês são generais e cada um é responsável por suas tropas. De quem foi à tropa que atacou a o forte dos magos? – um murmúrio soou na sala e um homem levantou o braço, era Darfo.
-Foi a minha tropa senhor. – sons surpresos ecoaram por toda a sala.
-E o que levou o senhor a ordenar tal ataque?
-Eu não ordenei senhor. É uma desonra tomar uma atitude de guerra sem antes avisar o governo à central que esta para ser atacado sem dar a oportunidade de rendição e um combate entre os melhores guerreiros de cada lado, para definir o combate sem derramamento de sangue. – incrédulo Perdor olhava ao homem com simplicidade.
-Senhor Darfo. Sua lenda é longa, mas me responda a uma pergunta sinceramente. Quais são as chances dos seus homens atacarem algum lugar sem suas ordens diretas? – o general orgulhosamente respondeu.
-Impossível senhor. – era o que Perdor queria ouvir, ao escutar o que ele disse o antigo Conselheiro de Guerra fez um sinal com a cabeça para espadachins que estavam na porta. Que vieram e se puseram atrás do general.
-Senhor Darfo, ex-general do Primeiro Exército do Império Espadachim o senhor esta preso. Será julgado amanhã pelos generais aqui presentes o Imperador Regente e o Conselheiro Imperial sobre a sua pena. – disse um dos homens que parou atrás do ex-general, que levantou de cabeça erguida e saiu do recinto ostentando no olhar ódio e orgulho na direção de Perdor, que devolveu com um sorriso simples e irônico.
A reunião prosseguiu assim que as portas foram fechadas. Todos os generais na sala ainda estavam assustados com o que tinha acontecido. Mas não ousaram tocar no assunto na frente do Imperador Regente.
-Muito bem, senhores. Voltando ao assunto mais importante. Como vão os preparativos e os intensivos? – perguntou Perdor com interesse.
-Tudo dentro do programado senhor. Cada vez mais aparecem jovens de todos os cantos do império querendo se vingar da covardia que se abateu sobre o nosso imperador. – disse Yolaco, o general do segundo exército do império. Era um homem de média altura, porém muito musculoso carregava sempre com ele a lança com o brasão de sua família gravado na parte final da lança, era um brasão de uma lança atravessando o sol. Era o clan mais poderoso no domínio das lanças.
-Muito bom saber. O trabalho de Kilan foi muito bom. Em quanto tempo os senhores consideram que tudo estará pronto? – perguntou o antigo conselheiro de guerra. Quem respondeu agora foi uma mulher.
-Apesar de estar tudo sendo feito no tempo programado, os cálculos indicam que é provável um atraso de, dois meses para termos poder total. – Ela era uma muito musculosa no tronco braços e pernas, com cabelos curtos, olhos vermelhos, com uma estatura baixa. Dominava armas de pouco alcance como tonfas e punhais, sai, pequenas espadas e grandes adagas. O rosto não era belo, mas amedrontador, possuindo um rosto bem masculinizado e com alguns pelos indicando inicio de uma barba. Seu nome é Polia, general do sétimo exército.
-Ótimo, que tipo de informações vantajosas pode tirar do ataque imprudente de Darfo, que nos fez perder bons homens. – agora quem se levantou para responder foi um homem, muito magro seu nome era Gyordo, responsável direto pelos Esquadrões das Sombras e assim como seus subordinados carregava uma espada completamente retilínea cruzada nas costas do tamanho exato da diagonal da mesma. Estava com o rosto completamente encoberto e vestido completamente de negro, mesmo sua voz estava claramente sendo modificada por algo dentro do capuz.
-Senhor as informações que colhemos são de muita utilidade. Os magos dominam agora um tipo de magia que altera a composição corporal deles, fazendo-os combaterem corpo a corpo. A defesa deles é fraca. Apesar de ter sido apenas um pequeno um pelotão de ataque que o ex-general Darfo enviou. Houve muitas dificuldades. Ouso dizer que eles só conseguiram a vitória por intervenção direta do filho da traidora, que combateu de uma maneira extremamente feroz. Eles também tiveram ajuda do antigo mestre da traidora, mas ele chegou ao combate apenas no final. Acreditamos que ele tenha fornecido informações sobre como nos combater. – ao terminar de falar Gyordo sentou-se à mesa.
-Bom ele é irrelevante. Por enquanto vamos o deixar falando o que quiser. Um novo império começará em breve mais poderoso do que nunca. – ao terminar de falar um homem entrou na sala e entregou um bilhete ao imperador regente.
-Senhores. Eu terei de sair. Mas o lorde Raias dará continuidade a reunião com os senhores. Agradeço as informações fornecidas, foram esclarecedoras. – Perdor saiu do salão de reuniões apressado.
Andou até o salão indicado que ele deveria ir no bilhete e lá encontrou Kilan com seu florete fino no pescoço de um homem. Era o responsável pelas masmorras.
-O que acontece aqui?
-Ele deixou o ex-general Darfo escapar. – respondeu Kilan com sede de sangue.
-Me explique o que aconteceu. – perguntou Perdor, e o homem se pos a explicar.
-Um grupo de homens me atacou, estavam todos com os rostos encobertos. Não entendo ainda como chegaram lá. – disse o homem rapidamente tentando evita a lamina de Killan.
-E o que os homens fizeram?
-Eles soltaram apenas o senhor Darfo e me deixaram inconsciente no chão. Quando acordei vim avisar e lorde Kilan depois de me ouvir enviaram o bilhete ao senhor. – a face de Perdor era indecifrável. Com muito ódio saiu do salão dando ordens a Kilan de execução, que foram fielmente obedecidas.
O imperador regente apareceu no salão e acabou com a reunião chamando o conselheiro imperial Raias para se encontrar com ele. Os dois sem demoras foram ao salão onde o guarda das masmorras jazia morto e conversaram.
-Então Darfo escapou facilmente, definitivamente ele não pode nem deve ser subestimado. – disse Raias ao escutar tudo.
-Estou pensando em reintegrá-lo ao império mostrando dizendo que o fato dele não ter soltado nenhum preso alem dele mostra que a lealdade dele para com o imperador e o império estão intactas. E usar seu exército como escudo.
-É uma idéia boa, mas não esqueça que Darfo é o mais honrado de todos os espadachins do império. – respondeu Raias.
-Tem razão, ele não seria bom na frente. Vamos usá-los na segunda linha. – disse Perdor com ar triunfante.
-Meus informantes dizem que eles chegarão à capital da magia em questão de dias senhor. – disse Raias.
-Então falta pouco e assim seremos vitoriosos. Só é necessário matar o Chefe Supremo da Inteligência da Cúpula Consular, e com nosso a gente lá tudo ficará mais fácil. – terminou Perdor saindo da sala.
O imperador regente mandou chamarem Kilan que foi incumbido de encontrar e enviar a mensagem ao general reintegrado Darfo.
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Guardiões do Destino
FantasyHá muito tempo, o Império Espadachim e o Reino da Magia combatem entre si. O motivo para tanta animosidade se perdeu ao longo dos anos. O que resta entre os dois países agora é rancor e ódio. Porém as duas nações concordam em um único ponto, ambos p...