Durante a caminhada, voltaram ao assunto que mais interessava a ambos, a história de seus respectivos países. Zarto contou a história do Guardião de Liotan que Alana escutou com muita atenção, quando terminou ela falou.
-Essa lenda eu também conheço, tem alguns estudiosos que até afirmam que ela pode ser verdadeira. Já imaginou se fosse que incrível né. Nossa como seria legal enfrentar exércitos de jupotis abrindo caminho até se encontrar com o grande Liotan. – Zarto percebeu que ela era como ele, gostava de imaginar mil aventuras, onde salvava a tudo e a todos. Seus corações tinham objetivos semelhantes. Apesar da alegria que sua companhia lhe dava Zarto ainda apresentava certa tristeza Seus treinos de meditação apesar de intensos não rendiam quase nada. Percebendo a tristeza que se abatia sobre ele Alana perguntou.
-Desculpe ser intrometida de novo com o senhor, senhor Zarto. Mas percebi que seu olhar não esta aqui, mas em um lugar longe e aparentemente inalcançável. Algo o perturba? – o espadachim deu um sorriso triste e disse.
-Se me incomoda? Sim. Mas não há muito que fazer. – a mulher o levou a um canto e ambos sentaram para conversarem melhor.
-Não interessa se há ou não como melhorar ou mudar. Conte-me, se você se sentir melhor tirando esse peso, já é um ganho. – terminou a mulher com um sorriso amável. Então Zarto contou os acontecimentos da aparição explosiva e estranha desse poder secreto dele e a roupa de reconhecimento a magia que ele usou no forte e completou dizendo.
-Ai você entende. Por eu ser o único espadachim, que apresentou características de magia. Eu sempre me imaginei como alguém mais ou menos especial entre magos e espadachins, até por causa do lacre de magia, que não se aplica a mim. Acho que isso deve ficar em segredo, você guarda? – a mulher concordou com a cabeça.
-Sabe eu sonhei minha vida inteira em ser um grande herói reconhecido por todos. Agora veja como começou minha jornada ao heroísmo. Fui acusado de traição e sou perseguido em meu próprio país. Acho que sempre serei um ninguém.
-É tão ruim assim ser um ninguém? Veja bem. Você e sua mãe viveram durante anos como dois ninguém dentro da floresta. Tenho certeza que você adorava morar com ela. Veja o seu mestre Juno. Até encontrá-lo no templo de Liotan, ele também era um ninguém. – Zarto levantou a cabeça e respondeu.
-Mas eles já foram alguma coisa dentro do império. Tem muitas histórias, para contar eu quero ter aventuras, quero viver, quero poder olhar para os meus filhos e dizer que fiz a minha parte e que ela foi importante. – a mulher sorriu ao escutar ele dizer isso e completou.
-Então lute com todas as suas forças, para mostrar ao império que esta certo que você não é um traidor. – o espadachim tomou um susto. Não esperava escutar uma coisa daquelas. Ao terminar de falar, Alana se levantou e estendeu a mão para ele, ele a segurou.
Após a conversa voltaram direto ao barco onde Zarto foi visitar Gyar e Alana retornou ao quarto dela. Enquanto estava com tigre, Luna apareceu.
-Oi. – disse a menina em tom triste.
-Oi, esta tudo bem? – a menina andava de um lado ao outro com as mãos entrelaçadas. Percebendo o nervosismo dela Zarto perguntou de novo.
-Luna esta tudo bem com você? – ela parou e olhou nos olhos dele.
-Quem aquela mulher que você esta andando agora? – o espadachim se sentou no chão e puxou a menina para se sentar no lado dele.
-Ela é uma amiga minha. Eu a conheci aqui no barco. Quer conhecê-la? – a menina fez uma careta e respondeu.
-Você não sai do lado dela só quer saber dela. Hoje disse que ia ficar com o Gyar, mas na verdade saiu com ela pra ir à cidade. Eu vi ta. – ela parecia muito ofendida e Zarto não sabia o que dizer então piorou ainda mais a situação.
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Guardiões do Destino
FantasyHá muito tempo, o Império Espadachim e o Reino da Magia combatem entre si. O motivo para tanta animosidade se perdeu ao longo dos anos. O que resta entre os dois países agora é rancor e ódio. Porém as duas nações concordam em um único ponto, ambos p...