Capitulo 11 - Magia

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No momento que perceberam a aproximação dos Caçadores, já era tarde demais. Um vento começou a circundar o grupo e a velocidade com que o vento os circundava tornava impossível escapar daquele círculo. Juno esticou o braço para tocar com as mãos aquele circulo e quando a mão tocou o furacão que os prendia, ela foi cortada superficialmente. Porém quanto mais fundo ele colocava sua mão, mais profundos eram os cortes que sofria, até que ele desistiu e encolheu os braços.

Quando Juno recolheu o braço dois homens se aproximaram eles riam da tentativa de escapar dos espadachins. Estes homens não possuíam armas ou armaduras. Apenas vários medalhões, pulseiras e anéis. O mais velho entre os homens se aproximou e perguntou.

-Meu nome é Guto. O que desejam ao invadir Reino da Magia trogloditas? – Guto, parecia velho, mas sua voz era de um homem bem novo, forte e decidida.

-Estamos fugindo do Império, não temos e nem queremos voltar para lá. – respondeu Juno. Antes de Zarto dizer qualquer coisa, este olhou a Juno com ar de reprovação.

-Entendo. Serão levados em custódia, até nosso quartel general. Lá vocês serão julgados. Peço para que joguem suas armas fora do circulo. – a contra gosto Zarto e Lita seguiram o pedido do homem. Enquanto eram levados até o quartel general, Juno disse a Zarto.

-Aqui no Reino da Magia, os magos mais poderosos e sábios são os mais velhos, por isso é costume somente os mais velhos, conversarem e decidirem as questões.

-Entendi. Mas dá próxima vez avise-nos antes. – disse Zarto.

Não demorou muito e já chegavam ao quartel general, Zarto ficou impressionado, pois eles tinham voltado no caminho que fizeram e teve certeza que tinham passado por ali pouco antes e nada tinham visto. Chegando ao quartel, foram levados a cadeia onde foram separados um do outro. Apenas Gyar deu problema, pois o círculo de vento só se desfez quando a jaula onde foi jogado foi trancada a cadeado e com mais quatro encantamentos de aprisionamento. Na cadeia, havia um feitiço que impedia qualquer um ali de falar, por isso era impossível, Zarto falar com qualquer um de seus amigos e vice versa.

Durante quatro dias foram mantidos presos naquele recinto mágico, comendo de maneira direita e saudável. Apenas os magos conseguiam se comunicar e às vezes passavam olhavam a todos com olhares curiosos, mas logo iam embora. Eles pareciam ser a atração daquele forte enfeitiçado, pois muitos homens e mulheres vinham apenas vê-los, afinal era raro vir alguma pessoa do Império Espadachim, um grupo então. Zarto e seus amigos esperavam serem recebidos pelo mago líder daquele forte de fronteira, mas ao que tudo indicava o homem andava muito ocupado para recebê-los.

Na madrugada do terceiro dia, Zarto exausto por ainda não conseguir dormir, por causa dos pesadelos. Se mantinha acordado de maneira muito penosa. E se lembrou do que Sarlet dissera e percebeu que ali ele estava em território da magia humana, por isso voltara a ter os pesadelos de antes. Mas algo naquele forte estava estranho, ele não conseguia escutar mais a conversa entre os guardas do turno da noite, a escuridão era maior e mais silenciosa que antes. Até o momento em que Zarto piscou, ele não soube dizer quanto tempo piscou, se foi um segundo ou minutos por seu claro cansaço, mas ele descansou bem.

Neste dia ele ficou rindo de si mesmo, pois gostava das lembranças que haviam sido relembradas. Foi o último dia na prisão daquele forte da fronteira. Na tarde daquele dia foram recebidos pelo mago líder do forte. Apenas Gyar não pode ir e foi mantido na jaula onde ficou desde o inicio.

Como todos estavam com roupas sujas, rasgadas receberam novas roupas para irem e poderem ser recebidos. Ainda sem suas armas. Foram recebidos em uma pequena sala onde apenas o mago líder os esperava. Ele usava uma grande bata que mudava de cor dependendo a fonte de luz que nele era incidida, não havia nunca uma cor fixa, parecia ser uma dança de cores na roupa daquele homem. Seu nome era Lart, tinha cara de ter uns quarenta e cinco anos, apresentava cabelos brancos apenas, na parte sobre a orelha. Ele parecia calmo e sereno, estava de costas quando Zarto e seus companheiros entraram no recinto. Havia cadeira a todos. Com apenas um movimento de mão todos perceberam que era pra se sentarem e obedeceram sem questionar. O homem se virou. E olhou cada um nos olhos, parecia que ele queria adivinhar o que eles pensavam. A única surpresa do homem foi quando olhou Luna. O sustou foi tão evidente que todos repararam menos a menina que envergonhada olhava para baixo. O homem fez um sinal e disse.

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