Guardiões do Destino

Capitulo 27 - Marcha para a Guerra

A marcha até a fronteira durou alguns dias, pois o ataque seria surpresa e era necessário velocidade. As paradas eram apenas durante a noite e duravam a noite inteira, depois os soldados tornavam a marchar. Eram poderosos soldados por isso estavam acostumados ao ritmo puxado imposto pelos comandantes. Na última noite, Kilan veio em seu cavalo até as diligências dos comandantes. Eles estavam chegando e repassaria o plano uma última vez.

            -Senhores. Creio que amanhã ao anoitecer chegaremos ao redor da vila Urnuê. Todos os soldados terão três dias para se restabelecer do excessivo cansaço da viagem. Após este período nos preparemos para atacar. É imperativo que todas as catapultas sejam lançadas ao mesmo tempo, digo todas as catapultas de todos os três exércitos que estão aqui. Será uma chuva de fogo. Quando os magos se organizarem para se defenderem já será tarde demais. – Polia e Tunodor só olhavam o representante de Perdor com atenção. Eles sabiam que se tudo saísse perfeito em duas semanas poderiam estar em frente às muralhas de Trinodor.

            Arlock saiu da capital do reino com seus melhores caçadores em direção à fronteira. Ele tinha enviado vários mensageiros às tropas do norte e do oeste, para elas se concentrarem na vila Linir, a ordem era de lá partir para a vila Vogdun, a mais próxima da fronteira entre o império espadachim e o reino da magia.

            Quando o chefe da inteligência consular chegou ao ponto de encontro, só faltava a tropa de gelo, que vinha do extremo oeste do reino, da Floresta Congelada Kriok.

            -Algum mensageiro da tropa de gelo, chegou com algo? – Arlock se dirigiu ao seu subordinado que estava na vila há mais tempo esperando por todos.

            -Sim, senhor. Veio esta carta do comandante da tropa, ele escreveu com os próprios punhos. – Arlock pegou a carta, era muito raro um comandante escrever a própria carta o mais comum era ela ser ditada a um escrivão. Arlock pegou a carta e a leu, lá dizia que por ordem direta de Vordor Funbriel, seu pai a tropa de gelo deveria se dirigir à capital.

Arlock pegou papel e caneta e de próprio punho escreveu uma carta ao comandante da tropa de gelo, dizendo para que dissesse aos anciões que tudo que havia feito eram treinamentos e movimentação de rotina. Colocou o selo da família Funbriel na carta e entregou ao seu mais veloz mensageiro dizendo.

-Se necessário leve quatros cavalos e apenas uma pequena carroça, mas preciso desta carta entregue em mãos à Lorde Kree em até seis horas, no máximo oito. É o tempo que ele deve demorar a chegar à capital. Caso entregue depois disso, considere-se um homem morto. Entregue esta carta à Rigo ele saberá como proceder, ele também esta na capital procure na zona de prazer, ele costuma ir pra lá. Mesma urgência da carta anterior. – mais do que veloz o homem saiu em disparada e partiu com muito medo, mas bem rápido.

O mago dispunha de apenas duas tropas de magos e seus melhores homens. A tropa das bestas e a tropa das magias mentais. No total eram poucos homens e não o necessário para fazer frente a três exércitos de espadachins fortemente armados e treinados, o espião de Arlock o havia informado de quase todo o plano dos espadachins, mas os detalhes dos planos eram difíceis, de saber pois somente o imperador regente e seu homem de confiança sabiam, as informações seriam ditas na hora do ataque iminente, as informações eram levadas ao chefe da inteligência da magia quase que imediatamente pois eles usavam magia telepática para isso e como ficava cada vez mais fácil manter a conexão isso mostrava que a distância diminuía.

Arlock sabia que magos só têm vantagens contra espadachins quando há certa distância entre ambos, para poderem recitar encantamentos. Por isso ele sabia que o ataque viria de forma próxima. Mas como e quais pontos seriam usados para o ataque inicial, era um detalhe muito importante para deixar passar. Por isso, mesmo arriscando a vida de seu informante Arlock pedia relatórios todo dia de seu homem mais confiável.