Vinícius Junior ʳᵉᵃˡ ᵐᵃᵈʳⁱᵈ

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— Você quer terminar? — sua cabeça foi erguida em minha direção, seu olhar penetrante foi de encontro com os meus e senti-me perdida

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— Você quer terminar? — sua cabeça foi erguida em minha direção, seu olhar penetrante foi de encontro com os meus e senti-me perdida.

Eu fechei os olhos por alguns segundos tentando reformular uma resposta a altura para sua pergunta, mas não consegui.

O mesmo aproximou-se e perguntou novamente:

— É isso que você quer?

Meu peito começou a arder e eu tentava prender a respiração para normaliza-lá, mas não era o suficiente.

Meus olhos já estavam marejados, e eu nem havia aberto a boca.
Senti seu olhar sobre mim apreensivo.

— Não... — respondi baixo, quase em um sussurro.

— Mas é o que parece! — sua voz estava embargada assim como a minha.

Eu não conseguia olhar-ló nos olhos.

— Rodrygo... — eu olhava para todos os cantos do quarto, procurando alguma resposta, mas aquilo parecia apenas me desesperar mais — Nós precisamos de um tempo.

Todo o meu desespero aumentou. Podia sentir meus olhos encherem d'água. Minha respiração ficou presa na garganta.

— Está terminando comigo? — perguntou. Seus olhos estavam semi serrados, quase incrédulos.

— Estou pedindo apenas um tempo para que possamos pensar. — meu coração estava acelerado com um rapidez surreal, era como se ele fosse a qualquer momento sair pela boca.

Eu queria sair correndo, para qualquer outro lugar que me fizesse esquecer seu olhar de reprovação sobre mim.

— Se é isso que você quer, então ótimo! — a resposta saiu tão rápida que me impressionei quando ele simplesmente saiu do cômodo e me deixou sozinha.

Eu precisava chorar, precisava colocar tudo para fora, todo choro, toda mágoa, toda raiva.

Meus olhos arderam e logo senti as lágrimas rolarem sobre meu rosto.
Abraço minhas pernas num grito mudo e sufocante.

— Isa?

Senti as mãos frias de alguém tocar de leve meus ombros. Levanto o olhar e vejo o semblante de Vinícius Júnior encarando-me preocupado.

Suas mãos passeiam pelo rosto delicadamente limpando qualquer lágrimas que faziam questão de cair.

— Vem! — diz ajudando-me a levantar.

Ele me abraça, demoro alguns segundos para processar o que estava acontecendo e finalmente envolvo meus braços em sua cintura.

Na manhã seguinte, sinto antes mesmo de abrir os olhos, estou em outro lugar.

Levanto e caminho pelo apartamento, observando os porta-retratos e percebendo que estava no quarto de um dos melhores amigos do meu namorado.

Rapidamente as lembranças da noite passava rodeiam a minha cabeça e sinto vontade de esconder-me de vergonha para não vê-lo.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐉𝐎𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑𝐄𝐒 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora