UM TÍTULO

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Avisos

Não gosto de interferir na briza de vocês quando vão ler, mas por favor votem e comentem, me ajuda a entender do que vocês gostam:)

Este capítulo conte teor sexual e linguagem imprópria!

(...)

Acordar cedo e abraçar o corpo de João involuntariamente ou “sem querer” era o que ele achava que estava fazendo, mas não, ele já não estava ali, passou o dedo nos lábios lembrando a sensação do sabor do cacheado. Sua mão passeou por onde o outro estava, suspirou fundo tendo pequenos flashbacks da noite passada.
João fumando, cozinhando para ele, o tratando como um verdadeiro príncipe e com muita delicadeza quando descobriu que ele estava doente. os abraços e o jeito como ele não dizia nada, mas demonstrava muito diante de seus gestos.
pensar nele dava uma nova sensação, e essa era tão nova que assustava o mais velho.

já tinha conseguido entender que estava sentindo coisas por João, mas o que se tratava não sabia. Se era apenas vontade de o ter por completo, se era pelo fato de ser o primeiro menino que havia despertado atração de fato, ele não queria resistir a aquela sensação, era como comer o seu doce favorito quando pararam de fabricar, ou ir a praia em um verão ardente.

dois toques na porta, ouviu a voz de Malu pedir permissão para entrar, e ele a concedeu.

– bom dia dorminhoco, você tá melhor? – ela se aproximou da cama, se sentou na beira olhando o amigo com a cara amassada.

O outro suspirou, seus pensamentos ainda estavam longe demais para sentir algo diferente.

– eu tô ótimo, é… quem te contou? – ele jamais perguntaria diretamente se João estava no andar de baixo, apenas jogou um verde.

– O Renan me falou que o João avisou que te viu passando mal ontem, eu vim checar antes de ir para a faculdade. – Pedro quase bufou, só não o fez porque era inadequado.

– e… você e o Renan querem carona pra faculdade? – ergueu a sobrancelha, tentando novamente.

– se você tá realmente melhor, eu aceito. – coçou a garganta. – mas se estiver mal pode deixar que eu me viro!

– claro que não, eu tô ótimo! Desço em 15 minutos.

                   ꒰⁠⑅⁠ᵕ⁠༚⁠ᵕ⁠꒱

“Eu fiz um pé eh, lá no meu quintal”

Pedro cantava a música alto enquanto dirigia, Renan ria com as mãos no rosto e Malu acompanhava.

– você tá animadinho hoje hein? Qual o motivo? – ela riu

– depois eu tenho várias coisas pra te contar – respondeu sorrindo.

– nossa, e é coisa boa pra você estar com essa cara de idiota – Renan foi quem se pronunciou agora.

– você calado é a teoria da evolução, Renan – Pedro disse algo exagerado.

– como se fosse diferente com você – malu comentou, Renan e ela deram um “high five” o famoso “toquinho”.

– traidora.

Estacionou em frente a faculdade, seus amigos saíram do carro depois de pouco tempo. Agora estava a batucar os dedos em cima do rádio enquanto esperava um sinal para que pudesse falar com João. O lugar diminuiu o fluxo de pessoas, ele travou o carro e desceu dele.

Como o ótimo malandro que era, entrou com o print da carteirinha de Malu, circulou por toda a universidade vendo como aquele lugar era tão sem graça, realmente fugia do seu interesse.

Ele sabia qual era o curso do cacheado, e foi direto no campos de direito. conseguiu ver pelo vidro da porta que outro estava ali, mas optou por esperar sua saída.

Tempo depois ele pode ver um fluxo de alunos transitando de uma sala para a outra, e se escondeu atrás de um totem de refrigerante. Quando avistou João, o puxou com tudo e abriu a porta da sala atrás de seu corpo, a fechou e o cacheado tinha o rosto completamente assustado.

– porra, que susto – recebeu um capa no ombro.

– você concentrado me deu muitos pensamentos impuros– ele passou a chave na porta.

– Você está querendo me comer em um quarto de limpeza? – o cacheado cruzou os braços incrédulo.

– quer que eu te peça em casamento e te leve pra gente fornicar em Maldivas? – o mais velho debochou.

O cacheado o encostou na parede – eu tô em aula, e eu vou voltar pra lá – disse se aproximando, colocou sua mão direita na nuca de Pedro e puxou seu cabelo levemente. – É uma pena, vou ter que te fazer passar vontade.

As mãos de João desceram e pararam na coxa do outro, ele desligou ela para dentro da calça do mais velho.

– dá pra sentir que você já tá passando, na verdade – sussurrou no pé do ouvido do outro.

– hummm, fica aqui – Tófani pediu colocando as mãos na cintura do outro.
O formato dela parecia ser apropriado para suas mãos, sempre que o tocava.

– eu não posso faltar aula  – o mais novo respondeu antes de passar os dedos por Pedro ainda com as mãos dentro de sua calça, sentindo a ereção em sua mão.

– porra então não faz isso – Pedro disse fechando os olhos segurando o braço do outro.

– isso o que? – ergueu uma sobrancelha, massageando a base do mais velho ainda dentro da calça. Até mais, espero que arrume um jeito de acabar com isso, a coisa tá séria caipira. – Romania tirou as mãos de dentro da calça do outro e arfou em resposta.

Pedro usou todos os palavrões possíveis em seu dialeto.

– número desconhecido

“Te vejo na minha casa às 19, pula a janela do meu quarto, ninguém pode te ver entrar.
Ah claro, sou eu o Romania mais lindo de todos os outros.
e caipira, isso não significa que nós estamos tendo nada, só pra deixar claro, eu gosto do título de inimizade colorida”






     

Lábios de vinho - pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora