FLORESCENDO

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O brilho do mar quebrando na mesma direção que eles se encontravam, só para eles. os dedos de João acariciam os do moreno que o olhava com os olhos cheios, como um dicionário aberto.

O momento em que a lua e o sol piscavam, não dava para ver as estrelas, pois o cacheado estava focado em todas as cores que tinha aquele sorriso em sua frente.

– você quer ser o meu namorado? – Romania quem soltou suas palavras, expandindo ainda mais todos os elementos presentes dentro de Pedro.

O mais velho o abraçou, fazendo carinho em sua perna. Ele sentiu os dedos do mais novo pousarem em sua cintura.

– João Vitor, o meu namorado – ele disse soltou um riso, João sentiu sua nuca arrepiar e suas pernas ficaram quentes, fervendo. – soa muito bem – o moreno respondeu finalmente, tirando um dos cachos de João de sua testa.

– ainda posso tirar toda sua roupa? – o cacheado sussurrou fazendo o mais velho assentir. O corpo de Romania foi puxado para o colo do namorado, e as mãos dele desceram lentamente até a barra de seu short. – hum, Pedro… eu tava pensando – ele parou antes de ser beijado.

– você pensa demais, me beija – Pedro o puxou para selar finalmente os lábios mas foi interrompido outra vez.

– é sério caipira – ele disse soltando um riso frouxo. – e se hoje a gente… tentar uma coisa diferente? – ele apertou a perna de Pedro.

– uma… coisa diferente? – Pedro respondeu nervoso, ele sabia do que se tratava. – você quer que eu te…

– prometo que eu vou ser bem cuidadoso, eu quero te amar inteiro – João se aproximou, olhando nos olhos do mineiro. – mas se você não quiser eu… você pode esquecer que eu te pedi isso e aí – Tófani o calou com um selinho, e segurou sua mão entrelaçando os dedos.

– eu confio em você, meu anjo…nós podemos tentar – com um toque em sua nuca, ele colou suas testas dele.
– eu quero que seja você, só com você – finalizou tendo os lábios puxados pelo cacheado, seu corpo transbordava tantas palavras que não encontrou a ordem em sua mente.

Eles dispensaram as roupas em cima da madeira pesada, o cacheado apoiou o corpo de Pedro na beira e puxou sua nuca  trazendo para explorar as estrelas presentes embaixo de sua língua.
No instante em que os lábios de João desceram ao pescoço de Tófani, ele arfou puxando o cabelo do mais novo. Desceu as mãos até seus dedos pelos seus anéis.

– eu posso? – João sussurrou, Pedro teve seu corpo colado no outro estremecendo naquele instante, segurou a perna do moreno e mordeu a ponta de sua orelha.

– por favor, me toca, meu amor – ele soltou as últimas palavras arfando. João jogou a pressão para o horizonte e se concentrou em todos os sentidos que dominavam seu corpo. Pedro se inclinou para trás quando sentiu abrir para o parceiro. Agora seus olhos se fecharam e cravou suas unhas nos ombros do amado.

– você é tão, tão lindo – o cacheado descansou sua cabeça no ombro do maior, esperando que ele se acostumasse. – eu te amo pra caralho, porra. Sentiu os olhos de Tófani se abrirem devagar, e ele se moveu, guiando as mãos do mais novo à sua cintura.

O outro entendeu o recado, e apertou a mesma. Seus movimentos se normalizaram e seus corpos brilhavam completamente. O toque dos dedos de João por sua cintura subiram por sua nuca agarrando novamente seus cabelos.
As pernas de Tófani agora estavam em volta da cintura do menor enquanto sentia seu corpo inteiro o convidar, ele se rendeu a conexão de imediato agora abrindo completamente seus olhos.

– eu te amo, te amo – Pedro soltou em um pequeno murmúrio, antes de descansar contra o corpo do outro. João se movimentou por alguns minutos até que seu corpo desligasse completamente. Ouviu um canto de longe, a natureza saudou sua entrega, seus corpos eram um do outro e haviam se encontrado.

João sentiu os lábios molhados de Pedro em seu peito, ele deixou ali um selinho antes de soltar um lindo sorriso.

               ꒰⁠⑅⁠ᵕ⁠༚⁠ᵕ⁠꒱⁠˖

O frio estava chegando

Como em qualquer lugar quando seus corpos se encontravam a chuva já estava começando a dar sinais. A garoa começou fina, eles puxaram suas roupas e vestiram rapidamente. mesmo plano, na hora exata correram em direção a areia.
O cacheado entrelaçou as mãos e eles ouviram um apito vindo de trás.

– droga, eu acho que aquele guardinha viu a gente pelado – Pedro aprontou.

– Pedro, apontar pra ele não ajuda nada, sabia? Para de ser burro – ele implicou, parecia assutado.

– você tá com medo do guardinha?
Oh meu Deus, eu preciso salvar o meu boneco de plástico – o mais velho disse antes de se atrever a pegar o outro no colo estilo noiva e começar a correr.

– o que cê tá fazendo? – ele dizia segurando o peito de Tófani enquanto ria alto.

– eu sempre quis fazer isso, parece uma cena de filme clichê – o moreno respondeu ainda correndo.

O cacheado olhava para trás, e avistou o guarda sumir junto com o cais da praia.

– ele sumiu, ufa, e ainda bem que parou de garoar. – João comentou olhando por cima dos ombros de Pedro.

Eles encostaram em uma grande pedra que tinha ali, acabaram por subir em cima dela.

– hum, esse é um ótimo lugar pra um segundo round. – João comentou olhando para o mar.

– tá maluco? Eu não tô acostumado com isso você vai ter que esperar um tempo pra isso acontecer, mas também não vai pensando que eu vou querer fazer sempre – ele respondeu na defensiva.

– para de dar ataque de diva e relaxa vai,  agora é minha vez! – João disse segurando nos ombros de Tófani, o fazendo sentar na pedra.

– dessa parte eu gostei – o moreno respondeu puxando João pela cintura, para o seu colo.

Eles precisavam um do corpo do outro, a luz da lua batia nas costas de João enquanto ele descia olhando os olhos de seu atual namorado.

Lábios de vinho - pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora