🪭❄️Sentindo❄️🪭

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Assim que Kokushibo sai olho para Ito que me olha com inocência.

- Tudo bem com você, Ito-dono?

Ela sorri.

- Tudo sim, Douma-san, precisa de algo?

Sorri para ela, e para a minha surpresa foi algo natural, nada forçado.

- Nada, só quero sua companhia, sim?

Ela se levanta e arruma a cama. Após isso ela se coloca pronta para me dar atenção. Era surpreendente como eu sempre consigo as coisas que quero.

Coisas que eu quero.

...

Acho que formulei mal a frase. Os olhos dela passaram por meu rosto e sua testa fincou.

- Você não sente emoções...? Perdão, algumas emoções você sente, não é?

Sinto um sentimento novo me percorrer. Suas palavras não estavam fazendo sentido em minha cabeça, me sentia tonto e até confuso sobre isso. Não que o que ela tenha dito era mentira, mas como uma humana poderia perceber isso?! Eu esperaria isso de Kokushibo... até mesmo de Akaza na pior das hipóteses.

- Como...?

Me encosto na parede sentindo meu mundo girar.

Ela pega a minha mão e toca meu rosto preocupada.

- Ei, está tudo bem, isso deve ter sido um choque para você... - Ela tira a mão de meu rosto e tentou me manter em pé.

Choque.

Eu estava em choque?!?!

Recupero os sentidos.

- Eu... estou em... choque?

Ela sorri.

- Imagino que sim.

Sinto um pouco de um outro sentimento me invadir.

- Como soube só de me olhar que eu não sentia?!

Ela tocou meu rosto e outro sentimento me invade ainda mais forte.

- Alguém que não sente pode fingir, mas as expressões vão deixar a desejar aos observadores. Minha profissão é literalmente prestar atenção nos traços do rosto.

Suspiro.

- Entendo.

Ela olha meus olhos e tomba a cabeça para o lado, de certa forma eu sinto outro sentimento novo tomar conta de meu corpo. Nada eu podia fazer quanto a isso ou contra isso.

- Ainda quer minha companhia ou me acha repugnante? - Brinca ela.

Sorri, com um sorriso verdadeiro, pouco usual por mim.

- Não, ainda quero sua companhia. Você é extremamente interessante.

Ela me olha esperando algo, então me lembro que foi eu que a convidei e para onde eu a ia levar.

- Eu tenho um templo..., queria te levar e mostrá-lo.

O rosto dela se contorce em surpresa.

- Você acredita em algo?!

Eu ri.

- Na verdade não, mas lá eu tenho comida de graça.

Ela compreende.

- Em troca dou comida e moradia as moças de lá.

O rosto dela se ilumina de compreensão e deboche.

Pódio com o mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora