Kokushibo voltou cheio de brilho e animado, que nem o Akaza. Olho o teto e tento pensar em algo legal para mim e Sayuri fazer, ou um lugar para mim poder abrir meu coração.
Abrir meu coração. Nunca fui disso..., pelo menos até hoje.
Suspiro cansado, já tinha se passado 2 semanas deste Akaza e 1 deste Kokushibo. Não tenho nada para fazer com Sayuri.
Me lembro de algo que me faz levantar-me rapidamente. Era isso, eu precisava a levar para o meu templo novamente e mostrar aquele lugar.
Eu não mostrei a ela por ser algo que não gostaria que ninguém soubesse e que eu próprio escondo de mim mesmo. Todos acham que aquele lugar é abandonado e que não tem nada.
Para ela entender minha alma precisa ir para aquele quarto e ver as coisas que abriga aquele interior.
Me levanto determinado. Minha alma é muito vazia para eu tentar levar ela a algum lugar bonito; já que eu não vejo beleza, só a dela; em algum evento; já que nada me diverte além de irritar o Akaza e sentir ela comigo; tentar procurar algo emocionante; já que só ela me emociona.
A única coisa que sei que deveria mostrar é o auge de minha falta de emoções e empatia, o que me torna um monstro pior do que qualquer um. O que faz Muzan parecer um coitadinho, o que faz ele me odiar a ponto de querer distância de mim e só me usar por conveniência...
Olho a janela agoniado, não sabia como fazer isso direito, só sabia que se contasse a Akaza e Kokushibo eles não iram me ajudar, já que isso vai além da humanidade que os dois tem e que eu nunca tive.
Pulo a janela e vejo que o sol se punha, a noite sempre combinou mais comigo. Ando lentamente até a casa de Sayuri me sentindo cada vez mais impelido a voltar e esquecer essa súbita vontade de mostrar minha alma imunda.
Paro e pego uma flor, me lembro de poucas coisas que me diziam, mas uma sempre me marcou: sempre leve flores a moça querida.
Nunca tive que me esforçar para ganhar algo e em minha cabeça jovem não entendia o motivo para ter que me esforçar para ter uma garota. Agora eu vejo que nunca é pra ter o que quer e sim para mostrar o carinho de forma correta; outra coisa que eu nunca soube fazer.
Me paro na entrada e olho a porta, sentia sentimentos me encher e pouca compreensão deles me fazia sentido, não consegui entender o que estava acontecendo comigo. Me sentia ainda mais intimidado pela porta a minha frente.
Abaixo a mão com a flor me sentindo de repente como se fosse burro. Isso é um erro, não devia ter vindo até aqui.
Tombo para trás e acabo derrubando um vaso. A porta se abre mais rápido do que imaginava e vejo Sayuri.
Me lembro do motivo de ter vindo até aqui e sinto um rubor me subir até as raizes do cabelo.
Ela olha que o vaso que tinha caído e sinto uma vergonha maior me consumir.
Acho que não é a melhor maneira de chegar na casa do tutor da minha noiva. Ainda se conseguisse pegar o vaso a tempo..., mas o pior é que deixei cair.
- Douma?! Que surpresa boa..., mas... você caiu ou algo assim? - Diz Sayuri com tom de graça.
Nego.
- Eu tombei para trás e... - Digo de repente me sentindo pior ainda.
Ela ri e olha a flor em minha mão.
Estendo para ela meio sem jeito.
- É para mim? Obrigada! - Diz ela com um sorriso lindo no rosto.
Me sinto melhor e até meio abobado.
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Pódio com o mesmo amor
Fanfiction"- Espera. Não quer ficar mais um pouco? Tenho a eternidade para treinar... e pouco tempo com você. Akaza" "E é esse egoísmo que não vai me fazer desistir de Ito, disso eu tinha certeza. Kokushibo" "Eu preciso de Ito, ela tem se tornado um alento...