⚪️❄️2x vergonha❄️⚪️

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Nem tínhamos notado, mas faz duas semanas que Sayuri está aqui. Estamos na penúltima semana do mês com o nosso chefe podendo retornar.

Tivemos missão na segunda, tivemos que nos reunir com os inferiores para brigar com eles na terça, quarta Sayuri ficou com a gente (ainda bem, senti a falta dela), quinta ela foi para o distrito do entretenimento e hoje Kokushibo estava amarrando seus cabelos enquanto eu e Douma ficamos olhando e aproveitando de sua companhia.

- Você fez um coque em mim! - Exclama ela contente.

- Noto que seu cabelo te atrapalha. - Diz ele simplesmente.

- Obrigada! - Diz ela o abraçando.

O penteado ficou bem nela, mostrava sua nuca, o que me agradou mais do que devia.

- Até que eu gostei, mostra sua nuca. - Comenta Douma.

Bato em sua cabeça e ele apenas ri.

Sayuri sorri para nós e abraça Douma.

- Mesmo? Bom saber, já sei que penteado usar no casamento.

Ela vem a mim e me abraça também.

- Pela sua ração você também gosta desse penteado, só não falaria da maneira que Douma disse.

Eu ri constrangido enquanto Douma ria de animação. Kokushibo apenas olhava tudo com um sorriso no rosto.

Estávamos nos habituando uns com os outros, Sayuri gostava de ver nosso entrosamento. Ela afirmava que era interessante ver o constraste que éramos juntos. Acho que no fundo ela só gostava de nos admirar juntos e nos imaginar em uma família.

Sayuri se levantou e foi fazer um chá para nós, ela dizia que sua mãe Maki lhe dizia que se deve servir chá aos pretendentes por respeito e carinho. Serviu o chá e nos observou.

Sentia que ela queria perguntar algo. Eu, Douma e Kokushibo nos entreolhamos, sentíamos a mesma coisa nesse momento.

Aguardamos ela perguntar o que rodeava sua mente.

- Err..., vocês pensam em ter... filhos...? - Pergunta ela vermelha.

Engasgo com o chá como Kokushibo. Douma cospe o chá sem dó nem piedade do chão.

Ela fica ainda mais rubra. Ela entendeu errado. O motivo dessa nossa reação é que onis são estéril, ou seja, não podemos ter filho... ou pensamos assim. Não sabíamos bem se podíamos ou não.

Eu queria ter, mas não sei se tenho essa capacidade. Mas nunca que iria chegar no mestre e perguntar: "Posso fazer relação com uma humana e ter filhos? Tava afim."

- Não sabemos se podemos ter filhos. - Diz Kokushibo rubro.

Ela sorri.

- Ah...

Douma pigarreia.

- Mas eu gostaria de ter, se pudesse. - Diz ele.

- Eu também gostaria. - Digo.

- Eu também. - Diz Kokushibo.

Sayuri sorriu, mas logo suas sobrancelhas se uniram.

- Se vocês puderem... de quem eu teria primeiro?

Ficamos em total silêncio.

Era uma boa pergunta.

- Acho que todos podíamos tentar, quando um tiver o filho abre espaço para os outros, sei lá. - Digo.

Kokushibo e Douma fazem que sim.

- Mas será o filho de todos nós, será como você e suas mães. Só que no nosso casa será uma mãe e três pais. - Diz Douma.

Pódio com o mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora