⚫️🌙Mestre🌙⚫️

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Sayuri estava passando muito tempo com a gente em nossos curtos momentos de folga. Todos nós tivemos que voltar a trabalhar por causa da volta iminente de Muzan. Um oni veio e contou que o mestre logo estaria de volta.

Isso me encheu de ansiedade. Não poderia mais pensar tanto como venho pensado, se pensar acabarei pensando em Sayuri e daria a ele a humana por quem me apaixonei.

Sayuri tem trabalhado muito no distrito do entretenimento. Mas ela sempre consegue tempo para ficar com a gente e nos encher de sua calma.

Douma deitava muito em seu colo e Akaza a abraçava de lado, eu fica atrás sentido o cheiro do cabelo dela enquanto conversarmos sobre diversos assuntos e falávamos sobre nosso dia.

Porém eu sentia que o mestre logo chegaria e acabaria com tudo. Ele não permitiria uma Marechi entre nós.

Sayuri costurava muito e fazia diversas coisas. Um dia ela me fez um manto para me proteger do frio, para Douma fez um brinco azul escuro e para Akaza fez pulseiras aonde ele colocou no pé. Douma se achou com aqueles brincos, mas a Sayuri ficou bem feliz com a felicidade dele é nossa.

Me sentia bem, era incrível como me sentia seguro e quente com aquilo

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Me sentia bem, era incrível como me sentia seguro e quente com aquilo. Poderia matar muitas pessoas e até me ver relembrando do passado, mas eu sentia como se Sayuri estivesse comigo. Akaza falou que se sentia assim também e até mesmo Douma.

Um dia Douma voltou chorando, um caçador tinha estragado seu brinco. Sayuri ficou triste pela tristeza dele e logo fez novamente um brinco da mesma cor. Douma relaxou e a abraçou.

Meu manto também já se rasgou, as pulseiras de Akaza já se soltaram, mas ela sempre volta ao antes das coisas nos relaxando. Eu me senti desesperado ao notar que meu manto tinha sido rasgado por um caçador. Akaza voltou desesperado com os restos das pulseiras que ele conseguiu achar.

Ela ria de nossas reações e consertava sempre. Era legal a ver trabalhar manualmente enquanto ela cantarolava.

Um dia Akaza questionou sua capacidade e ela sorriu e respondeu olhando-nos.

- Eu fazia isso diariamente em casa, meus irmãos viviam perdendo as coisas e descosturando outras. Aprendi a ter uma reserva para retocar.

Quanto mais demorávamos para achar o Tengen, mais agoniado eu ficava. Queria me casar logo, queria a prender logo a mim, acho que podíamos até pular a parte do noivado, já nos conhecemos bastante.

Meu corpo também tem querido outras coisas, coisas que não me orgulho. Eu nunca pensei que teria essa necessidade tão cedo. Porém eu sabia que íamos noivar, passar pela fase de cortejar e casar.

Um dia ouvi Douma e Akaza discutindo. Eu cheguei e logo em seguida chegou Sayuri.

- Isso só ocorre após casar, Douma! - Exclama Akaza impaciente.

- O que? - Pergunto.

- Beijar e relações...! - Começa Douma se parando vermelho ao contemplar Sayuri.

- Só após o casamento. - Confirmo.

- Concordo, desculpe, Douma, mas só após ter um anel em meu dedo.

Ela levou com leveza e até graça. Douma pediu desculpas a ela que riu e disse que era normal isso que ele estava sentido, mas que devia ser paciente.

Sentia que tudo estava bem e perfeito..., devíamos respirar bem fundo e aproveitar bem a oportunidade longe do mestre.

Até que um dia o toque da Biwa é tocado e percebo o mestre de frente a mim.

Um certo desespero me come por dentro. Me curvo e espero os outros aparecerem.

Mestre estava com seu chapéu de sempre e a aparência humana que ele criou para a sua nova esposa. Um terno elegante era usado por ele. Seus olhos me analisavam e com toda certeza ele lia minha mente.

- Muito bom, Kokushibo. Mas você está pensando mais, por que isso?

- Muito tempo em pensamentos, senhor.

Ele confirma em compreensão.

- Noto que não mudou sou relação com os outros.

- Isso mesmo, mestre.

O mestre se vira a Nakime que treme diante o olhar dele. Minha curiosidade grita, mas tento a conter, se mestre não comentou não devo saber.

A biwa é tocada novamente e Gyokko aparece. Ele se escondia no vaso. Hantengu aparece seguido de Gyutaro e Daki. Logo Akaza chega com Douma aparecendo e irritando Akaza como sempre.

- Akaza-dono! Quanto tempo! Tive medo de ter morrido...!

- E vejo que você está vivo. - Diz secamente Akaza.

Nada mudou por aqui.

- Parem de fingir! - Manda Muzan.

Logo todos se curvam.

- Quem é que trouxe uma humana para o castelo do infinito? Enquanto andava pelos corredores a achei costurando. Ela me deu isso. - Mestre mostra um lenço bem decorado.

Sayuri...

Me repreendo.

- Sayuri Uzui Ito?! - Branda mestre.

Sinto sangue escorrer de minha boca e meu corpo tremer.

- Ela é uma Marechi!!!! Como não comeram ela?!

- Não tem muito Marechi nesse mundo..., é melhor deixar ela se reproduzir. - Sorri Douma. - Pensamento a longo prazo.

Mestre o olha com nojo.

- Você sabe bem que não é assim que funciona! Qual o verdadeiro motivo?!

Daki se curva mais e diz.

- Mestre, ela é minha maquiadora do distrito do entretenimento, pedi para que ninguém a comece para eu puder me maquiar aqui e já ir pronta. As vezes levo ela comigo, as vezes não.

Muzan para de nos machucar e olha a Daki.

- Peça permissão da próxima vez. Agora sobre as missões.

Cada um recebeu um recado sobre matar um menino com brincos de hanafuda com cabelos vermelhos e uma marca. Me lembrou Yoriichi.

Após isso fomos liberados.

Fui mandado ao meu quarto e lá vi Sayuri. Douma e Akaza foram mandados para cá também.

- O mestre voltou. - Dizemos juntos.

Sayuri parou de costurar e nos olhou preocupada. Seus cabelos estavam num coque que eu amarrei hoje de manhã, suas mãos tinham calos se formando pelo esforço de costurar.

- Isso é bom? - Pergunta ela.

- Isso é péssimo. - Diz Douma se sentando. - Já temos missões a fazer, não iremos mais parar quietos.

- Mestre odeia a gente de corpo mole ou sem obrigações. - Diz Akaza. - Teremos que ir em missão todos os dias.

- Isso vai ser um longo até logo. - Digo.

Já me sentia deprimido. Mesmo assim tentaria de tudo para me agarrar a esperança de ver Sayuri. Eu tinha o manto que ela me fez, tudo ia dar certo.

A porta se abre e Nakime aparece. Ela parecia nervosa e apreçada. Acho que ela desobedeceu o mestre nos mandando para cá. Eu estava grato por isso.

- Se despeçam de Sayuri, vocês tem missões a fazer.

Demos um beijo em sua testa em despedida. Ela por sua vez nos abraçou. Depois de um até logo, que seria longo e demorado para acabar, fomos mandados para as missões.

Me sentia deprimido e impaciente. Já queria terminar isso logo para voltar para minha futura noiva.

Pódio com o mesmo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora