CAPÍTULO 8

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Ali dentro sem ter para onde ir, me vi encurralada pela pressão que exercia sobre mim, não era de opressão, mas de intensidade

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Ali dentro sem ter para onde ir, me vi encurralada pela pressão que exercia sobre mim, não era de opressão, mas de intensidade. À medida que ele se aproximava, sentia um frio crescer em meu estômago, minhas mãos lembravam dois cubos de gelo, meus pensamentos pareciam sem embaralhar em minha própria mente.

Não sabia como tinha ido parar ali, e nem onde as pessoas estavam, as pontas dos meus dedos estavam frias, meu interior parecia se aquecer lentamente, o mais bizarro era que tudo isso acontecia ao mesmo tempo. Quando saí daquela confusão de ideias, os olhos daquele cara se conectaram com os meus, como um fio invisível. Prendendo-me a ele, e quando pisquei, me vi sentar rapidamente em minha cama, completamente atordoada, com o que quer que tenha sido aquilo.

Respirei fundo levando a mão ao peito, tentando acalmar meu coração que batia acelerado, alguns instantes depois percebi a luz pálida da lua atravessar minha janela discretamente, revelando que ela não era a única ali... Uma sombra cresceu junto a luz me assustando, porém, era apenas a sombra projetada do gato que crescia de forma assustadora, seus olhos dourados estavam pousados sobre mim.

O estranho vazio pareceu retornar, suas garras frias brincaram sobre minha pele me causando um estranho calafrio, joguei os lençóis para o lado e sorri para o felino.

— Sabe... Acabei de ter o sonho mais estranho da minha vida. — Tentava me distrair conversando com o bichano. — Fazia tempo que não tinha um assim.

O gato miou, saltando do batente da janela, traçando uma linha reta em minha direção com suavidade, com apenas um salto se colocou sobre a cama, deitando em meu colo. Aquele pequeno gesto me pareceu ser sua maneira de me confortar, acariciei sua cabeça, tocando suas orelhas. Fechando seus olhos, me deixou afagá-lo por longos minutos. Seu corpo amolecia ao meu toque à medida que ronronava ao meu carinho.

Olhei para as horas em meu celular, logo o dia iria amanhecer e sabia que iria ter mais uma manhã difícil no colégio, pois lidar com olhares, sussurros e comentários velados era irritante, desgastante e acima de tudo frustrante, pois não conseguia apenas ignorar.

Mesmo após vários meses, ainda sentia que era o assunto do momento, acho que isso só vai acabar quando terminar o ensino médio, e ir para algum lugar onde possa assumir outra versão de mim mesmo, que não conheçam a dor, ou a tragédia que se abateu sobre mim. Tinha pouco mais de umas duas horas antes de ter que me arrumar, para uma semana de martírio, tendo que ver o dia não passar enquanto esperava com todas as fibras do meu corpo que o tempo apenas acelerasse.

Sei que isso pode parecer contraditório, mas me sentia um pouco melhor, após passar um tempo com a minha avó e com meus pais, parecia que uma luz começava a ameaçar surgir no fim do túnel, e aquele gatinho parecia ser uma das peças que iriam me ajudar nesta jornada. Percebi que não conseguiria dormir novamente, me levantei e tomei um longo banho e me arrumei com tranquilidade, organizei minhas coisas na mochila, além de conferir os horários que teria naquele dia...

Começaria com biologia, em seguida português, história, literatura e por fim matemática, um dia bastante agitado e desgastante me aguardava, mas não iria me esconder, mesmo com minha popularidade baixa. A mesma havia caído igual a bolsa de valores, onde a oscilação era uma constante frequente.

Sentei no canto da cama pegando meus tênis, vi o gato se enrolar nos lenções da minha cama, como se estivesse em um SPA, com seus olhos serenos os fechou com certa sonolência, o que deixava difícil saber se estava com sono, ou não.

— Tenho inveja de você... Ter uma vida tranquila e sem preocupação, era tudo que queria! Porém, não tenho este luxo. Já que vai ficar, aproveite a cama por nós dois. — Completei pegando minhas coisas e deixando o felino para trás em minha cama, olhei as horas no celular já eram seis e meia.

 — Completei pegando minhas coisas e deixando o felino para trás em minha cama, olhei as horas no celular já eram seis e meia

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Este capitulo tem: 713 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSU (!!CONCLUÍDA!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora