CAPÍTULO 57

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A Mãe de Kim se virou em sua direção com aquele ar inocente, como se não tivesse culpa de nada

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A Mãe de Kim se virou em sua direção com aquele ar inocente, como se não tivesse culpa de nada.

— O que foi? Apenas estou dizendo a verdade, você sempre fala dela nas cartas, estava curiosa para conhecê-la. — Se virou para mim. — Me chamo Miranda, pode ser a primeira vez que estamos nos vendo, mas é quase como se já a conhecesse de tanto que minha menina fala de você. Não sou apresentada a muitas amigas dela, acho que entende, o porquê. — Conversava tranquilamente, não parecia possuir nenhum tipo de problema, talvez aquele fosse um daqueles chamados "dias bons", que vejo muitas pessoas comentarem, onde as coisas podem mudar em um instante, como um dia ensolarado que de repente fica nublado sem qualquer aviso.

— O prazer é todo meu. Devo dizer que a senhora tem uma filha incrível! Tive muita sorte de poder conhecê-la, acredito que somos mulheres de sorte.

— Com toda certeza! Não sei o que seria de mim sem tê-la como filha. — A voz da mãe de Kim era afetuosa e carinhosa.

Pude perceber o rosto de Kim ficar vermelho de vergonha, talvez fazia muito tempo que não era elogiada, ou tinha alguém para colocar isso em palavras, porém deveria, pois a cada nova parte que conheço de sua vida e história, tenho mais certeza do quanto é uma garota sem igual, agraciada com um coração bondoso e justo para os que julga merecer, além de uma personalidade autentica.

Pensei que Miranda, teria problemas para reconhecer sua filha, mas não era o caso, pelo menos não naquele momento, Miranda demonstrava seu amor para com sua filha nos pequenos gestos. Apenas não tiveram a sorte de aproveitar esta conexão, estava me policiando todo o tempo para não falar besteira, ou perguntar algo que não era apropriado para o momento que nos encontrávamos, pois tudo o que não queria era causar qualquer desconforto.

Acho que podemos nos sentar. — Apontou Miranda para uma mesa com algumas cadeiras.

Em silêncio concordamos, a acompanhando, sentei ao lado de Kim que ficou de frente para sua mãe, quem quebrou aquele silêncio que começava a se formar foi a própria Kimberly.

— Como estão as coisas aqui? — Os olhos afiados de Kim, observavam com atenção sua mãe, e percebi que não era apenas comigo que usava aquela sua habilidade de farejar as coisas no ar.

— Estão bem. Não precisa se preocupar... A nova medicação está me ajudando, há muito tempo que não me sinto tão bem.

As palavras de Miranda pareciam ser verdadeiras, pois não conseguia notar nada de errado, nem sequer um sinal, mesmo que tivesse acabado de conhecê-la, mas me perguntava se estava realmente tão bem como tentava parecer. Entretanto, guardei aquele questionamento apenas para mim, pois queria que aquele momento delas fosse o melhor possível, não apenas para Miranda, mas para Kimberly também.

— Isso é muito bom de se ouvir, está sentindo algum efeito colateral? — Minha amiga estava sendo bem cautelosa, como se quisesse desenterrar alguma coisa que estava escondida.

— Até o momento, não. Mais algumas pessoas sentiram algumas reações adversas, mas não é nada sério, são apenas sintomas pequenos, é passageiros, como náusea, dor de cabeça, coceiras, diarreia, coisas bem comuns para medicamentos experimentais... Mas deixemos isso de lado, como está sua tia? — Parecia que Miranda não queria falar muito sobre aquele assunto, e estava querendo mudar de tema.

— A senhora conhece minha tia, como sempre viaja bastante, o trabalho dela exige muito isso, talvez seja por esta razão que esteja sempre ausente, ou não tenha tempo para aproveitar a vida. Mas pediu para se desculpar por não vir. — Justificou a ausência, mas acho que não foi exatamente o que sua tia disse, estava apenas tentando não deixar um clima estranho, foi a impressão que pesquei nas entrelinhas daquelas palavras.

— Entendo. E suas aulas como está indo? Conseguindo se adaptar bem desta vez? — Aquelas palavras me fizerem questionar o quão complicado poderia ter sido nas outras escolas.

— Está tudo indo bem. — Respondeu Kim sem grandes detalhes.

— Me alegra muito saber disso, estava com medo que se sentisse excluída, ou deixada de lado, esta época da vida pode ser bastante complicada, é uma transição bastante difícil, ainda mais se levar em conta tudo que passou e as mudanças que teve que enfrentar. — Miranda virou sua atenção para mim. — Sabina, quero que cuide da minha filha por mim, até que possa fazer isso eu mesma.

— Mãe, eu não sou criança! Eu sei me cuidar sozinha. — Argumentou minha amiga, enquanto notava aquele misto de pesar e determinação na voz da mãe de Kim, como se realmente estivesse convicta a tonar aquelas palavras verdadeiras, e aquilo me fez me sentir bem.

— Sendo bem sincera com a senhora, acho que sua filha cuida mais de mim, do que eu dela, mas prometo que darei o meu melhor em ajudar no que for possível. — Fui sincera em minhas palavras, pois tê-la em minha vida era quase como se tivesse ganhado uma irmã... Claro que aquilo não era uma substituição ao Sam, mas sim uma aquisição que veio quando mais precisava, se aquilo era coincidência ou não, para mim não importava.

Kimberly interrompeu. — Não é bem assim as coisas.

— Fico mais aliviada de saber disso, sempre me atormentou saber que minha menina poderia estar passando por tanta coisa sozinha, pedi muito para que alguém legal aparecesse em seu caminho, e me alegra saber que Deus me escutou, pelo menos com isso. — Sentiu uma nota amarga em suas palavras, não sabia se era minha imaginação aquilo, mas não disse nada.

— Estamos cuidando uma da outra. — Tranquilizei Miranda.

— Então, Sabina, me fale de você, apesar de saber bastante pelas cartas de Kimberly, nada melhor do que ouvir as informações direto da fonte. — Sorriu de forma afetuosa.

Realmente não conseguia imaginar que Miranda tivesse algum problema, e se teve, se encontrava muito bem controlado, não conseguia perceber nada de estranho, fora é claro as marcas nos pulsos, ou unhas ruidas. Além do cabelo um pouco mal cuidado e olhos sem tanto brilho, acredito que isso se deva ao fato de estar em uma clínica.

— Acho que não tem muito para dizer, estou no último ano do ensino médio, meus pais são médicos e penso em seguir a carreira, mas continuo avaliando minhas opções. — Falei omitindo o fato de que tinha um irmão, é que o mesmo faleceu em um acidente.

— Entendo... Essa fase é bem complicada mesmo, uma mistura onde tudo acontece ao mesmo tempo, e poucos parecem entender. — A mãe de Kim falava com propriedade genuína como se compreendesse daquela fase, porém aquilo não se aplicava inteiramente a mim.

— Mas estamos dando nosso jeito. — Sorri,olhando para Kimberly.

 — Sorri,olhando para Kimberly

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Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSU (!!CONCLUÍDA!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora